Quando somos crianças
Tudo vira música
Inocentemente a gente canta
É para os mais velhos desarmónica
Sabedores que mais tarde no passado desencanta.“Deixem–nas cultivar esperanças
Não podem conhecer tão cedo a vida”
Dizem eles para nos poupar de suas notas soltas.E do dia para noite a gente cresce
Tudo vem à tona
E aquela lacuna
De que tudo é música desaparece
E ali sentimos na pele
Os desígnios da vereda.E lá vamos nós, cansados de muita idade
Desdentados, e tentando recordar aquela música
Mas já passou o vento sobre nós, e não se sente
Porque crescemos e não se pode mais alimentar de chupa–chupa
Porque nessa altura causa diabete.E queremos nós ainda, com lágrimas nos olhos
Que fazem–nos criança voltar
Ao princípio de que tudo é pela primeira vez
Se a gente erra não há que se preocupar
Porque certamente não se vai desaparecer.Quando estamos velhos
Somos que nem arvoredos
Que a vida arrancou seus maiores galhos
E espera–se serem ainda mais novos.
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AUSÊNCIA
PoetrySINOPSE * Ausência * Sob um ritmo melódico com traços de melancolia a voz do poema faz prevalecer em aventuras, sentimentos que fazem ver a vida nos seus desencontros, mas como tão bela não deixa de ser perto da manhã algo de bom ensina. A obra "Au...