NINGUÉM ME NOTIFICOU NADA QUE VIRIA

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Ninguém me notificou nada que viria
Dê–me da tua Lua
Que eu te darei da minha nua Poesia!

Sou o astro mais distante do Sistema Solar
O mais ínfimo de todos os mundos
Por minha pequenez inexistente fui dado
E eu estive sempre do vosso lado
Não me destes vida, não sou um planeta mais.

Dias percorridos,
Sem alma nem sorriso
Quero me abster de tudo
Portanto, vivei felizes em vosso cosmo
Que eu já morri como um morto.

Não sinto os prazeres humanos nessa minha terra
Meu coração gelou em fogueiras
Que tanto eu procurei por conforto
Confiando em seus abraços amigáveis
Sou calmamente extinto.

Nada mais eu quero
Atingi a excessividade elevada
De não querer mais nada
Senão girar em minha órbita a tempo inteiro.

Adeus, mundo gentil, que me partiste
Que volte eu tão cedo dos sentimentos que me induziste
Mas já não sei mais se eu volto
Desta caminhada ilusória
Que estou bem e não sofro
Se já estou persentindo que morto perdi a vida!

AUSÊNCIAOnde histórias criam vida. Descubra agora