Dia seguinte.
— Então Nicolas.. sabe o que é? que meio assim, eu gosto de você, gosto de verdade. Eu amo seus olhos verdes, eles.. — faço careta olhando para meu reflexo no espelho com uniforme da escola. — Ah não! Assim não, está super careta.. então Nicolas, eu estou super caidinha por você — rir com "caidinha". — Que horrível — cai na risada
— Você não é muito boa com isso — ouvir a voz do meu pai e me virei rapidamente vendo ele de braços cruzados apoiado na porta do quarto. Engoli seco.
Não íamos ter essa conversa agora não né?
— Pai..
— Só vim avisar que hoje vou deixar você e sua irmã na escola — ele diz simplesmente vindo até mim e beijando minha testa como uma manhã normal.
— Não vai perguntar sobre o Nicolas? — pergunto e vejo ele fazer careta, mas depois fica bem.
— Está pronta para conversar sobre isso? — nego. — Eu também não. Então conversamos quando tivemos prontos — meu pai Caio diz e eu concordo enquanto o mesmo se vira.
— Pai? — o chamo e ele me olha novamente.
— Sim filha?
— Quando percebeu que estava gostando da mamãe de verdade? — pergunto e o mesmo me encara por um momento e depois cruza os braços.
— Quando meu coração começou acelerar por ela com atos simples que a mesma fazia, por exemplo.. — ele fica pensativo, mas sorri parecendo se lembrar de algo. — Ela tem a mania de fecha os olhos para rir e uma vez eu me peguei observando isso.. e meu coração simplesmente acelerou por isso. Foi quando de fato percebi, que já estava mais do que gostando dela, mas loucamente apaixonado — meu pai sorri e eu rir.
— Entendi — me viro de voltar para o espelho.
— Devo me preocupar? sabe.. sobre você e o Nicolas? Isso vai ficar sério de verdade? — ouvir ele perguntar e olho seu reflexo pelo espelho aguardando a resposta tenso.
— Não tenho resposta ao certo para isso, mas..
— Entendi. Vou me preocupar — meu pai abre porta do meu quarto. — Senhor! Quando minhas filhas cresceram e eu não vi — o mesmo resmunga saindo do meu quarto batendo a porta e eu acabei sorrindo.
Só meu pai mesmo..
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Horas depois.
Na escola...— Então ele confessou que gostar de você? — minha melhor amiga pergunta no exato momento que dá uma mordida na sua maçã. Estamos na arquibancada da escola, vendo o Augusto jogar com um meninos, corrigindo, conversando sobre o Nicolas.
— Sim.. — digo a olhando.
— E você, senti o mesmo? —seus olhos castanhos me olham com uma certa curiosidade e eu suspirei, não podia mentir para ela e nem para mim.
— Sim — confesso e Luna dá outra mordida na sua fruta preferida.
— Eu já sabia — minha prima deu ombros e eu sorri. Ela sempre sabe. — Mas, ele é um cara legal. Acho que deveria dá uma chance para o mesmo — ela diz e olha para frente. — Falando nele — a mesma aponta com a cabeça e vejo o Nicolas cumprimentando os meninos e olha de relance para o Augusto jogando com outros meninos que estão ali.
— Ele acha que eu enxergo o que vivemos em Fernando de Noronha como algo momentâneo — olho para Luna de novo.
— Era de se espera né Annie.. você beijou o menino e depois sumiu — a mesma diz simplesmente e eu respiro fundo.
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For a Wait: O Presente Inesperado de Deus.
RomanceAssim como o céu está muito acima da terra, assim os meus pensamentos e as minhas ações estão muito acima dos seus. Isaías 55:9 Depois de passar dois anos nos Estados por um trauma que foi causado por um relacionamento antigo que ela viveu, a garota...