Cap. 10

1.1K 131 27
                                        

- Deveria a levar para um encontro, - Ginna diz para Carlinhos, que observava de longe Helena conversando com os outros. - Saírem um pouco.

Carlinhos suspirou.

- Eu queria, - Carlinhos responde. -Mas tem um problema que nos impede de sair por ai.

- O que a impede de sair por ai? - Ginna pergunta. - Por acaso é procurada por você-sabe-quem? - Ginna disse indo brincando, tanto que até riu, mas se calou quando Carlinhos ficou sério. - Carlinhos..

- Olha Ginna, - Carlinhos pede, falando baixo. - Por favor, não conte a ninguém, mas Helena, - Carlinhos fala mas não sabia por onde começar, ate que suspira e olha para Ginna. - O irmão do você-sabe-quem a quer.

Ginna levou as mãos para a testa, mas não fez nenhum som, não falou nada.

- Não só por isso, não é? - Ginna fala finalmente. - Ela é neta do magizoologista que foi o essencial na luta contra Grindelwald, devem achar que ela é algum tipo de risco.

Carlinhos só concordou com a cabeça, na verdade, ele suspeitava que Matthew só se aproximou da sua Helena, somente por saber quem ela era, mas Carlinhos nunca diria isso para Helena, ele não queria piorar.

Ginna e Carlinhos ficaram ali, a tarde toda, olhando para seus irmãos, seus amigos e Helena.

——————————

Caipora foi o primeiro a sentir que tinha algo errado, e assim como todos os seres dali, correu em direção ao castelo.

Ele pulou pelas pedras do rio, quando Iara o chamou.

- O que é isso? - Iara pergunta para ele.

- Algo está indo para o castelo, - Caipora responde rápido. - Algo ruim, talvez seja aquilo de quem Helena estava fugindo.

Iara sentiu o rosto aquecer em raiva, e nadou rápido até as pedras, saindo da água, seu rabo de peixe foi se transformando em duas pernas, e ela marchou em sentido à escola.

- Qualquer um que ameace Helena, - Iara fala irritada. - Vai afundar.

Caipora não disse nada, somente ofereceu ajuda, para chegarem mais rápido na escola.

Quando chegaram, estavam todos os seres da floresta ali, no jardim da escola, junto com os professores e a diretora, que olhavam o céu.

- Queridos amigos, - A diretora fala, sua varinha em seu pescoço para que pudessem sua voz ficasse mais alto. - O que se aproxima agora, é algo alem do mal, por favor, não precisam ficar se não quiser, - Potira parecia serena, mas sua voz demostrava nervoso. - E se decidirem ficar e ajudar a nós, agradeço desde já a ajuda para proteger nossa escola e nossos alunos, que já estão protegidos. - Potira finalmente olha para Iara, sabendo o por que estão ali. - Helena por segurança, foi levada e escondida para outro lugar sigiloso, pois é a ele que a querem. - Potira finalmente sorri para todos. - Se protejam, não morram, e obrigada.

Quando ela terminou de falar, ela e os professores levantaram as varinhas para cima, luz azuis saiu delas, como se fossem uma proteção, uma proteção cobriu a escola, mas eles sabiam que não seria o suficiente.

Nicolas estava ao lado de Aruana, e quando a olhou, ela ja estava o olhando.
Ele estendeu a mão para ela, que o pegou e sorriu.

- Eu te amo. - Ele diz para ela.

E quando ela foi responder, um barulho de explosão alto se foi ouvido e a proteção se rompeu, começando o caos.

————-

- Para onde estamos indo? - Caio perguntou correndo atrás de Natalia.

- Temos que ajudar. - Natalia diz correndo em sua frente.

- A diretora ja está la fora, junto com os professores Nat, - Caio diz assustado, mas incapaz de deixar Natalia sozinha.

- Professora Helena foi embora por causa deles, - Natalia o responde. - Por causa deles. - Natalia diz de novo, apontando para fora, indicando. - Se ganharmos agora, ela volta.

Foi quando ouviram uma explosão e se assustaram, seguidos por vários barulhos.

- Vamos. - Natalia fala, correndo.

Caio a seguiu, mas os dois pararam quando uma figura negra surgiu em sua frente, sorrindo para eles.

——————-

Aruana esticou o braço.

- Bombarda. - Ela grita em direção ao Comensal ali.

Ele voou para longe do Curupira que estava sendo atacado.
Ela correu, procurando algum sinal de Nicolas ou sua avó, mas havia tantas brigas ao redor, que ela estava perdida.

Um redemoinho passou por ela, levando vários comensais juntos. Aruana agradeceu mentalmente pelos seres da floresta que estavam ali.

Foi quando um comensal parou em frente à ela e tirou o capuz.

- Onde minha doce Helena está? - Ele pergunta, fazendo Aruana perceber quem era ele.

- Deveria fazer algum tipo de terapia sabia, - Aruana diz apontando a varinha para ele. - No mundo dos trouxas há algo chamado psicólogo, deveria procurar para ajudar com seu complexo.

Matthew trincou o maxilar com raiva e apontou a varinha para Aruana.

- Cruciatus. - Ele falou.

- Protego maxima. - Aruana diz junto.

Mesmo que fosse o protego maxima, Aruana viu a magia dele empurrar a dela, e ela segurou firme na varinha.
Se fosse para morrer protegendo Helena, ela faria.

Foi quando uma voz ecoou entre os dois, uma melodia.

Matthew abaixou sua mão, o olhar meio perdido.

Iara se colocou em frente a Aruana.
Iara cantou olhando para Matthew, que não ouvia mais nada ao redor.

- Um sol para se aquecer.. - Iara continuou.

Aruana apontou a varinha para Matthew para aproveitar.

- Estupefaça. - Aruana fala.

Mas Matthew levantou sua varinha, e a magia de Aruana desaparece. Iara parou de cantar, sem entender.

- Você atrapalhou o meu momento. - Matthew fala. - Não vê que eu estava aproveitando.

- Isso não é possível, - Iara fala para ele. - Somente aqueles que..

- Amam de toda a sua alma, não cai em seu canto.. - Matthew fala, como se recitasse algo que escutou mil vezes. - Helena sempre gostou muito sobre você, já ouvi ela falar isso mil vezes.

- Mas você não a ama. - Iara falou, totalmente perdida.

- Não? - Matthew perguntou, mas elas sabiam que ele não queria uma resposta. - Tudo isso aqui é por ela, eu farei uma guerra e cavarei cada buraco para encontra-la.

- Isso não é amor, - Iara diz corajosa. - É obsessão. Amor é livre, amor é..

- O amor, é tudo, - Matthew a interrompe. - E se for por Helena, eu acabarei com tudo. - Matthew foi tão rápido que as duas não conseguiram nem agir. - Avada kedavra.

Alguém caiu no chão, Aruana estava pronta para ser ela a atingida, e empurrou Iara pra trás, mas não foi ela.

Aruana sentiu sua perna perder as forças, sentiu todo seu estômago revirar.

No chão, caída.

A diretora Potira, sua avó, sem vida.

A MagizoologistaOnde histórias criam vida. Descubra agora