- Professora Helena? - Natalia a chama, enquanto passavam pelo corredor.
Helena olhou para trás, vendo Natalia sorrindo pra ela.
- Olá Nat, - Helena fala. - Aconteceu alguma coisa?
Natalia correu para ficar ao lado de Helena, e as seguiram andando juntas.
- Só queria saber, - Natalia começa. - Eu ja li todos os seus livros, sou uma grande fã, - Natalia estava tão animada, que não conseguia esconder. - A Iara é tão bela quanto dizem? - Natalia falou rápido. - Qual a diferença dela para as sereias?
- Bom, - Helena começa. - Isso você ia aprender no segundo ano, mas posso adiantar pra você..
Foi quando Helena viu, que ao redor, foi se juntando alguns alunos, que escutaram e se interessaram pelo assunto.
Helena acabou rindo e olhou para todos ao redor.- As sereias vivem no fundo do mar, gostam da água salgada, e como dizem nos livros, cantavam e afundavam navios, mas, precisava de mais de cinco para tal feito, - Helena explica. - Ja a Iara, vive nos rios, gosta mais da água doce, e somente ela sozinha, com seu canto, pode afogar milhares de homens de uma vez, - Helena falava, e os alunos estavam quietos, escutando. - Existem, também, os sereianos, são criaturas mais difíceis de se ver, moram no fundo dos rios em outros países, é diferente da Iara e as Sereias, pois são mais reclusas e quase não é vista.
- São tão belas quanto dizem os livros? - Um aluno perguntou.
- A Iara, é esplêndida, - Helena responde. - Sua beleza chega a ser dolorosa de se ver, você se apaixona quase imediatamente, - Ela faz uma pausa ate prosseguir. - Ja as sereias, são só belas na frente dos homens, pois na realidade, são criaturas assustadoras, e os sereianos, bom, assustam também.
Helena ia prosseguir quando olhou no relógio.
- Agora vão, - Helena fala sorrindo para eles. - Estão quase atrasados para a próxima aula.
Os alunos se despediram dela, até mesmo Natalia, que agora estava desanimada.
Helena foi rindo até sua sala, onde estava o quarto ano, todos esperando pela sua aula.—————
- Acho que seria uma experiência única, - Helena fala para a diretora. - Dragões realmente são criaturas fascinantes.
- Que bom que você concorda Sr. Scamander, - A diretora responde. - A senhorita vai ter que ajudar o Cuidador de dragões, que irá trazer alguns e ficará hospedado aqui na escola.
- Certo, - Helena fala, incapaz de ir contra a diretora. - Ele tem alguma data para chegar?
- Creio que chegue amanhã, - A Diretora fala, fazendo carinho em sua fiel onça. - Hoje irei falar sobre isso no jantar, para os alunos ficarem cientes.
- Claro, uma ótima ideia. - Helena a responde.
Helena pede licença e sai da sala da diretora, meio que feliz, ela amava dragões e viu poucos em sua vida, mesmo que tivesse que lidar com o cuidador, (Os cuidadores de dragões tinham fama de serem ignorantes e brutos, tendo que viver somente entre eles, com os anos, perdiam o tato para lidar com outras pessoas.), Helena estava disposta a lidar com ignorantes, desde que, ele não fosse com seus alunos.
—————
Quando o jantar começou e a diretora falou sobre os dragões, os alunos ficaram animados e inquietos, e quando acabou o jantar, Natalia foi junto com seus amigos, até Helena.
- Professora, - Caio a chama, o inseparável amigo da Natalia. - Acha que os dragões vão ser fáceis de lidar?
- Os dragões nunca são fáceis Caio, - Helena responde sorrindo. - São criaturas muito agressivas.
- Então, não tem chance da gente se aproximar, não é? - Natalia perguntou, chateada.
- Teremos que ver, quais dragões irão chegar primeiro. - Helena respondeu. - Agora, todos vocês vão para a sala comunal de vocês, ja esta na hora de recolher.
Os alunos se despedem de Helena, e ela segue para seu quarto, onde Pérola esperava por ela.
- Oi meu amor, - Helena fala, se jogando no chão, para pegar Pérola. - Sentiu saudade?
Pérola era seu Pelúcio de estimação, Helena era extremamente apaixonada por ela, a carregando em todo canto, em seu bolso, mas naquele dia, Pérola estava com muito sono, e Helena tinha decidido deixa-la no quarto descansando.
Pérola subiu em seu ombro, colocando sua cabeça no rosto de Helena, era o jeito dela dizer que sentiu a falta de Helena.
- Eu também Pérola. - Helena fala, a pegando no colo e fazendo carinho em sua barriga.
Foi quando Helena reparou que Pérola escondia algo e a olhou com a sobrancelha erguida.
- Andou pegando mordas caídas de novo? - Helena pergunta, sem ver o que Pérola carregava.
Quando Helena a pegou finalmente, Pérola dificultando, não querendo entregar, reconheceu o que era de imediato.
Helena conseguia reconhecer aquilo em qualquer lugar, em qualquer distância.
- Onde achou isso? - Helena perguntou para Pérola.
Pérola sabia o que era, ela estava presente à muitos anos na vida de Helena, e sabe o que aquilo lhe trazia.
Pérola sé esticou e colocou as duas patinhas na mão de Helena, que segurava a pequena aliança.- Estava tentando desaparecer com isso? - Helena perguntou, e Pérola fez que sim com a cabeça.
Helena sabia que Pérola queria a ajudar, não sabendo a razão pelo qual, Helena não podia ficar sem aquilo por perto.
- Ele jogou um feitiço. - Helena diz, na parte do "ele", tinha tanto amargor que Pérola se encolheu. - Por enquanto, não posso ficar muito tempo sem isso.
Pérola entendia pouca coisa, mas aquilo, Ela entendeu.
Helena suspirou, e fechou os olhos com força, tentando se controlar, as lembranças da pior época da sua vida, vindo a incomodar.
Pérola sentiu a mudança de humor, e subiu correndo pela sua dona, e quando estava em seu ombro, colocou as duas patinhas em seu rosto.
- Está tudo bem, - Helena a responde. - Ele não fará mais nada comigo, estamos seguras.
Só que Helena não sabia até quando.

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A Magizoologista
FanfictionHelena Scamander, neta do famoso Newt Scamander, não poderia seguir outra carreira, a não ser, ser magizoologista, mas foi sendo professora de criaturas mágicas na grande escola Castelobruxo no Brasil, que a fez realmente feliz. Um dia, a chegada d...