A Magizoologista

Cap. 11

Nicolas ficou tão atônito que ele não sabia exatamente o que fazer. Ficou perdido quando viu Aruana chorar, seu coração se despedaçou em mil pedaços quando viu o corpo de Potira no chão.

Um comensal atrás de Nicolas apontou a  varinha para suas costas, sem que ele percebesse, e quando o comensal falou as palavras, Nicolas se virou rápido, sem chance de revidar.
Com sorte, um redemoinho passou e levantou o comensal no ar, o fazendo cair de uma altura fatal.
No fim do redemoinho, Saci parou de rodar e olhou para Nicolas.

- Preste a atenção, - Saci diz. - Vá até elas.

Nicolas não precisou de um segundo aviso, ele correu o mais rápido que conseguiu, até sentir seus pulmões queimar.

Ele se colocou em frente a Aruana, que estava agachada ao corpo de Potira, e Iara estava tão perdida no ódio, que não conseguiu sair do lugar.

Quando Nicolas olhou finalmente para aquele que queria Helena, achou que poderia estar louco.

Matthew Riddle olhava com dor para o corpo de Potira, como se aquilo o machucasse.

- Droga, Helena ficará brava. - Matthew diz baixo para si mesmo.

Outro comensal aparatou para perto de Matthew, e diz algo em seu ouvido.

- É o suficiente para atrair ela. - Matthew fala sério, ele leva sua varinha até o pescoço e fala, fazendo todos na escola o ouvir. - Eu sei que Helena não está aqui, estamos indo embora, mas levando duas coisas com a gente, se quiserem de volta, mandem Helena para mim, e eu os devolverei.

Todos os comensais aparataram juntos depois disso, incluindo Matthew.

Um frio na barriga começou em Nicolas, que agora não sabia o que fazer.
Aruana levantou, limpou suas lagrimas e falou sério para todos.

- Por favor, seres que vieram ajudar, - Aruana parecia longe, mesmo assim, falava como sua própria avó. - Reúnam os corpos daqueles que foram fiéis e corajosos aqui, enquanto o restante dos professores, reúnam os alunos e façam uma contagem, eles levaram algo e precisamos saber o quanto antes, o que foi.

Todos em uníssono, seguiram os comandos de Aruana, Nicolas se aproximou, tão preocupado por sua amada, ela o olhou triste.

- Depois, - Ela diz o fazendo parar com um sinal de mãos. - Vamos resolver isso primeiro.

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- Isso é sacanagem Helena, - Carlinhos diz sério. - Você sabe que aquilo mexeu com meu coração.

- Eu só não me importo em fingir ser sua namorada mais um pouco. - Helena responde rindo.

Estavam só os dois no quarto, já que Pérola estava com Hermione e Ginna.

- Você está brincando comigo. - Carlinhos diz fazendo um bico.

Helena se aproximou de Carlinhos, tão perto que Carlinhos sentiu o rosto esquentar e seu coração acelerar.

- Acha que estou? - Helena fala baixo, só para ele ouvir.

- O que está fazendo? - Carlinhos pergunta, a voz mais grossa pelo nervosismo.

- Lhe mostrando que não estou brincando. - Helena responde, logo ficando na ponta dos pés e puxando a gola de Carlinhos.

Ela o beijou, demorou um segundo pra Carlinhos finalmente entender o que aconteceu, e quando entendeu, a puxou pra mais perto, a apertando contra seu corpo.

Carlinhos não se importou com mais nada, naquele momento, o mundo poderia acabar e ele morreria sorrindo.

Helena se separou do beijo, o olhando logo depois, respirando fundo.

Carlinhos estava com os olhos mais escuros, a boca bem rosada pelo beijo, e ele a olhava com tanto amor, que Helena não sabia o que fazer naquele momento.

- É oficial, - Carlinhos diz finalmente. - Eu sou apaixonado por você.

Helena ri, de como Carlinhos falou aquilo.

- Céus mulher, - Carlinhos fala, passando a mão pelos cabelos. - Você me deixa até tonto.

- Carlinhos, tonto você ja é. - Helena fala sorrindo.

- Sim, mas, você me deixa mais. - Carlinhos fala sorrindo também, se aproximando e a abraçando.

Helena ia dizer algo, quando algo entrou pela janela, assustando os dois.

Era um Tucano, em um verde brilhante, com o bico amarelo.

- O que.. - Carlinhos diz se aproximando.

- É o Verdinho, - Helena fala sorrindo. - É o Tucano de Aruana.

- Eles costumam ser dessa cor? - Carlinhos pergunta, encantado.

- Não, só existe ao redor do castelo, longe dos trouxas, - Helena explica. - Aruana encontrou com o Verdinho quando ele era apenas um filhote, ela cuidou e ele nunca mais a deixou.

- Incrível. - Carlinhos diz.

Verdinho então se esticou para Helena e ela viu uma carta presa, ela o tirou e sorriu para Verdinho.

- Obrigada. - Ela responde fazendo um carinho em sua cabeça. - Gostaria de alguma fruta antes de voltar?

Ele fez um barulhinho, e voou para fora da janela, indo embora, simbolizando a resposta.

Ela sorriu para a janela e depois olhou para Carlinhos.

- Nem acredito que ela me mandou uma carta, - Helena fala animada. - Eu estou com tanta saudade.

- Que bom que ela mandou uma carta então, - Carlinhos diz sorrindo com a animação de Helena. - Abre logo amor.

Helena nem quis falar sobre o "amor" de Carlinhos, ela abriu a carta e começou a ler.

Mas seu sorriso foi sumindo aos poucos, e o olhar dela se transformou em um misto de tristeza e horror.

Helena deixou cair a carta, enquanto ia ao chão, chorando em desespero.

Carlinhos ficou confuso e foi ao chão ao lado dela, sem entender.
Foi quando ele pegou a carta e leu.

"Olá Helena, como você está?
Eu não sei como começar essa carta, eu mesma estou chorando tanto que quase não vejo a pena em minha mão.
Helena, não tem um jeito fácil de começar isso, então, lhe direi de uma vez.
A escola foi atacada, alguns dos nossos, que lutaram bravamente e corajosamente, incluindo, minha avó, Potira.
Quero que saiba Helena, que ela morreu por amor, morreu para proteger aqueles que lhe era importante, então, saiba que ela não teve arrependimentos.
A segunda coisa que quero lhe contar, antes de começar, quero avisar que ja estamos providenciando tudo, já estamos trabalhando para resolver, então, por favor, não faça nenhuma bobagem e continue escondida.
Matthew levou Natalia e Caio, como refém.
Por favor Helena, eu lhe peço, deixe isso comigo, eu resolverei, não saia da onde está.
Eu te amo.
Com amor, Aruana."