A Magizoologista

Cap. 05

- Então senhorita Helena, - Carlinhos pergunta, enquanto eles andavam pelos corredores da escola. - O que fez para os seres daqui gostarem tanto de você?

- Não fiz nada. - Helena responde.

- Eles só lhe amam?

- Não é assim, - Helena fala. - Não sei o que te faz pensar isso.

- Bom, - Carlinhos diz, prendendo seu cabelo enquanto andava. - Eu vi como todos olham e se comportam perto de você, eles te respeitam, escutam e falam como se lhe amasse.

Helena suspira e para, o olhando.

- Todos eles, - Helena começa. - Aqueles que eram humanos e se transformaram nesses seres, sofreram muito em sua vida humana, - Helena agradeceu mentalmente por não ter um aluno ali. - Não é atoa que muitos tratem tão mal os humanos, eu somente os trato bem.

- É mais que isso, - Carlinhos diz. - Você os ama.

- Amo todos os seres, - Helena responde. - Isso é algo que puxei do meu avô.

- Então, - Carlinhos fala, se aproximando de Helena. - Você me amaria também?

Helena sentiu seu rosto esquentar, mas disfarçou, revirando os olhos.

- Nem em seus melhores sonhos. - Helena fala, saindo de perto de Carlinhos.

Helena escuta Carlinhos rir atrás dela, mas não se vira.

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Um dragão todo vermelho estava sentado, quando Natalia, junto com os outros alunos, incluindo alguns do segundo e terceiro ano chegaram.

A vinda do Dragão demorou uma semana para chegar, fazendo com que Carlinhos tivesse somente que ficar acompanhando Helena de um lado para o outro. Quando finalmente o Dragão chegou, Helena suspirou aliviada.

- Hoje, - Carlinhos fala alto para todos pudessem ouvir. - Vamos falar sobre o grande Dragão-Vermelho Chinês.

O dragão estava calmo, quase adormecido, enquanto Carlinhos falava.
Os alunos nem piscavam, e outros professores estavam ali, para suporte, como a professora Aruana e o professor Nicolas. Helena como de costume, também estava ali, para auxiliar Carlinhos.

- Os dragões costumam ser agressivos, - Carlinhos explica. - De todos, os mais fáceis de lidar, são os Dragões dessa espécie, pois são mais acostumados com as pessoas, mas, se você se aproximar de maneira errada, ele pode ficar agressivo que nem os outros.

Natalia ergueu uma mão, e Carlinhos sorriu pra ela.

- Sim?

Natalia se levanta, o caderno em mãos.

- Até quantos anos podem viver essa espécie de dragão? - Ela perguntou.

- Milhares de anos, - Carlinhos responde. - Podem viver mais que dois mil anos.

- Então, - Natalia continua a pergunta, ja que ainda estava em pé. - Por que não existe uma super população dele, com tantos anos para se reproduzir.

- Dragões são criaturas fiéis aos seus parceiros, - Carlinhos explica. - Eles só tem um na vida deles inteira, e muitas das fêmeas acabam vivendo sozinhas, pois os machos sofrem com a caça ilegal, pela sua pele, que é indestrutível, e seu sangue, que tem uma grande propriedade de cura.

Natalia anotou aquilo no caderno, um olhar triste com o que foi dito, ela se sentou, mas foi a vez de Caio se levantar e perguntar.

- Elas vivem sozinhas até o fim da vida delas?