Não importa o que aconteça (Imagine Arthur Cervero)

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Enquanto o resto da equipe estava se preparando para sair em missão, você ficou conversando com Ivete, mãe de Arthur, sobre tudo o que estava acontecendo. Você estava preocupada com ela, Arthur e Kaiser, que acordavam todas as madrugadas com sons de goteiras e, para piorar, enxergavam um olho de duas pupilas os observando o tempo todo.

Era nítida a expressão cansada que Ivete carregava, pois há duas semanas não dormia direito. Essa expressão podia ser notada em Kaiser e Arthur também, mas com todo esse mistério, o tempo de descanso era praticamente nulo. Você tentou fazer algo para ajudá-los, porém nada adiantava, pois nem o encanador conseguiu encontrar a tal goteira.

Mesmo cansada, Ivete cuidava da loja de armas da loja, vendendo equipamentos para os membros da Ordem saírem em missões. Era um trabalho cansativo e, mesmo assim, ela gostava de fazer. Uma ex-integrante de uma gangue de motoqueiros era perfeita para o serviço.

— Ivete... Como você e o Arthur vieram parar em São Paulo? Em Carpazinha parece ser tão mais tranquilo. — Você perguntou curiosa. Sempre quis saber mais sobre Arthur e Ivete, mas nunca teve a oportunidade de conversar sobre isso.

— Longa história guria. — A senhora respondeu. — A verdade é que perdemos tudo o que nos prendia a Carpazinha.

— Sinto muito por entrar nesse assunto... — Você desculpou-se, reparando na feição triste que se formou.

— Não se desculpe. Eu e Arthur perdemos a gangue por causa do paranormal. O líder do grupo era Brúlio, seu pai.

— Você era casada com ele?

— Claro que não guria! Eu era a dona do bar onde eles se reuniam. Arthur é como se fosse meu filho, porque eu o vi crescer naquele lugar.

— Entendo... A senhora é bem forte por aguentar tudo isso. — Você comentou, sorrindo para ela.

— Quando se é integrante de uma gangue, a gente precisa ser forte.

— Eu admiro vocês dois. Eu vou fazer de tudo para ajudar a acabar com esse mistério! — Você exclamou, determinada.

— Só tome cuidado guria. Esse mundo é muito perigoso...

Quando você foi responder, sentiu alguém se aproximar de vocês. Arthur chegou com um grande sorriso. Mesmo cansado, ele conseguia lutar e manter seu jeito animado, que contagiava todos à sua volta. Você sorriu quando ele chegou.

— Oi mãe! Oi [Nome]! — Ele cumprimentou. — Mãe, eu preciso de munição pra minha glock. Vamos sair daqui a pouco.

— Já vamos? Estão todos prontos?

— Já sim. — Ele respondeu olhando para trás, vendo o pessoal conversando.

— Beleza... Eu também estou. — Você respondeu animada.

— Tome cuidado, meu filho. 'Tá levando o kit de primeiros socorros? — Ivete perguntou, entregando-lhe os cartuchos de munição.

— 'Tô sim mãe. — Ele pegou as munições e, antes que Ivete pudesse falar o valor, ele se virou — bota na conta do Kaiser! Ele 'tá me devendo — e rumou em direção ao grupo dando risadas.

— Esse menino — a senhora riu um pouco — tome cuidado você também guria.

— Irei tomar... Quando voltarmos eu venho te contar como foi! Eu vou estourar o bicho que estiver por trás dessas goteiras! — Você exclamou animada e, com o punho direito erguido, foi em direção ao pessoal.

— Tomem cuidado...

Ivete não podia impedi-los de ir, mas seu consolo sempre foi a volta deles, mesmo que machucados e cansados. Naquele momento ela só podia torcer e fazer tudo o que pudesse para ajudá-los. Queria manter Arthur seguro, mas sabia que não importa o que acontecesse, seus amigos e família vinham antes mesmo de sua própria vida.

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