— Ivete, se algum dia eu tiver filhos, eu quero ser uma mãe igual a senhora! — Você exclamou feliz enquanto segurava sua glock.
— Que isso, guria? Eu só me preocupo muito com vocês. — Ela respondeu, fazendo carinho em sua cabeça. — Nós já perdemos muita gente...
— E você cuida da gente como se fosse nossa mãe. — Você respondeu sorridente. — Até me ensinou a atirar!
— No que eu puder auxiliar vocês, eu irei fazer. Tudo para proteger meus meninos. — Ela falou com um tom triste, apesar de seu sorriso no rosto.
— Acredite, a senhora 'tá sendo incrível! — Você exclamou novamente. — Eu nunca havia visto uma mulher tão forte, integrante de uma gangue de motoqueiros e que sabe atirar ainda! — Ivete apenas sorriu em sua direção e, após isso, falou para você se concentrar em mirar e atirar.
Você, quando ingressou na Ordem, não sabia como ajudar em praticamente nada. Na verdade, você só conseguia auxiliar com pesquisas e informações que conseguia coletar com outras pessoas, devido ao seu carisma. Fora isso, até sua mira era ruim e, todas as vezes que entravam em combate, mais errava do que acertava os tiros.
Isso lhe deixou um pouco incomodada no começo, então resolveu pedir ajuda à vendedora de armas — mãe de Arthur — da Ordem. A senhora, que parecia conhecer bastante sobre armamentos, aceitou lhe orientar, mesmo aparentando estar cansada.
Após alguns dias de treino, você notou que ela parecia cada vez mais cansada, com grandes olheiras abaixo dos olhos e sempre bocejando — seja atendendo os membros da Ordem, seja lhe treinando. Isso te preocupou, pensando que estaria atrapalhando ela em alguma coisa. Com isso em mente, você foi conversar com Arthur.
— Eu 'tô preocupada com a dona Ivete... Acho que eu deveria parar de importunar ela com esse treinamento... — Você desabafou com a voz preocupada.
— Ela te falou alguma coisa sobre? — Arthur perguntou enquanto comia um pedaço de pizza.
— Esse é o problema. — Você começou a explicar: — Mesmo aparentando estar cansada, ela nunca me dispensou ou negou me treinar...
— Então 'tá tranquilo, [Nome]! Minha mãe é assim mesmo. — Ele explicou sorridente. — Estamos com um problema de goteiras em casa, então isso não 'tá deixando a gente descansar de noite.
— Ela deveria descansar um pouco enquanto pode, então.
— [Nome], se você estivesse atrapalhando, ela com certeza falaria. A Ivete fala na cara quando não 'tá gostando de alguma coisa.
Depois dessa conversa, você passou a observar mais a Ivete e percebeu que ela tratava todos bem, como se fossem de sua família. Você acabou vendo nela a mãe que sempre quis ter: durona, atenciosa, gentil, auxiliadora. Com isso, você acabou se apegando a ela e em todas as missões que retornava, corria para a lojinha de armas para falar com ela, contando como foram as lutas e dificuldades. Ivete sempre a ouvia e lhe dava sermões quando achava algo perigoso demais.
Conforme o treinamento avançava, você ficava cada vez melhor nos tiros. A glock parecia um brinquedo em suas mãos agora, de tão fácil que era manuseá-la. Você ficou tão animada que abraçou Ivete de felicidade. A senhora, igualmente feliz, retribuiu seu abraço enquanto a elogiava.
— Muito obrigada, mãe! — Você exclamou feliz e, um segundo depois, viu o que falou. — Quero dizer... muito obrigada, dona Ivete! A senhora é incrível!
— Deixa disso, guria, apenas não pare de treinar a mira. — Ela respondeu rindo.
— Pode deixar! — Você respondeu rindo também. — Hey, Ivete, pode me ensinar a atirar de metralhadora depois? — Você perguntou animada.
— Mai' nem terminou de treinar com a glock ainda, guria! — Ela respondeu dando um peteleco em sua testa. — Quando você 'tiver melhorado mais na glock eu te ensino.
— Obrigada, Ivete! Você é demais!
— Que isso, fia, só toma cuidado para não acertar ninguém do seu time!
— Pode deixar, irei me esforçar para ajudá-los ainda mais! — Ivete sorriu enquanto via você se afastar dela.
Você foi em direção ao Arthur, que conversava descontraído com Kaiser e Joui. Os três se assustaram com sua chegada repentina, mas logo se acalmaram. Kaiser se afastou um pouco para fumar, enquanto você contava para eles sobre sua nova habilidade.
— Arthur! Eu finalmente aprendi a atirar! — Você exclamou feliz.
— Aeee! Parabéns, [Nome]! Minha mãe é incrível né? — Ele respondeu igualmente feliz.
— Parabéns, [Nome]! — Joui falou alegre.
— Incrível é apelido né? A mulher é foda pá carai! — Você disse animada.
— Ela é sim. — Arthur concordou. — Estávamos comentando sobre suas aulas! Você melhorou bastante depois que começou a treinar!
— Meu Deus, eu fico feliz em ouvir isso. Eu tenho medo de acertar vocês todas as vezes!
— Calma que esse posto é do Kaiser. — Joui comentou em deboche.
— Oloko, Joui, guardar mágoa é feio. — Kaiser respondeu se virando para os três.
— Sabe que é brincadeira, né? — Joui falou indo em direção ao amigo e, chegando perto, lhe deu um tapa nas costas enquanto sorria.
Você observava a situação ao lado de Arthur — os dois rindo muito —, se sentindo muito bem acolhida por eles. No começo, você estava com medo desse novo mundo que entrou, mas eles tornavam toda a situação muito melhor do que realmente era. Nesses momentos — que não estavam lutando com monstros —, você se sentia como parte daquela família que eles se tornaram.
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Imagines Ordem Paranormal
Fiksi PenggemarImagines de ordem paranormal feitas pelo projeto "ImaginesLand"