O Juramento (Imagine Erin Parker)

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— Erin, me ensina a atirar uma granada também? — você perguntou animada enquanto a via em ação.

— Claro! Não é muito difícil. É só tirar o pino e atirar em direção ao inimigo! — ela exclamou vendo a sua empolgação.

— Isso parece fácil...! Deixa eu tentar? — você perguntou, dando um tiro na direção de um zumbi de sangue.

— Deixo! — respondeu empolgada, quase lhe entregando uma granada.

— 'Tá louca, Erin? — Kaiser se intrometeu, atirando em um zumbi bestial. — Ela nunca usou isso na vida. Ela pode acertar um de nós!

— Que isso, Kaiser. Como pode saber que nunca vi uma granada na vida? — Você se esquiva de um ataque do monstro que te atacou.

— Me responde então. Você já arremessou uma granada antes? — ele questionou dando mais um tiro no bicho à sua frente.

— ... — Você ficou quieta enquanto finalizava o zumbi de sangue.— Vou tomar esse silêncio como um "não". Erin, granadas só com você.

— Eu nem queria mesmo — você respondeu, fingindo não se importar.— Hey, mais tarde eu te dou umas aulinhas, que tal?— Obrigada, Erin!! — você exclamou, sorrindo.

[...]

Como prometido, Erin te ensinou a arremessar granadas a uma distância que não prejudicasse ninguém, somente os inimigos. Você treinou todos os dias, pois queria mostrar para Kaiser que não era tão difícil assim mexer com o explosivo. Estava determinada a ser a heroína do dia, assim que aprendesse a controlar seus arremessos. Sinceramente? Essa era a parte mais difícil. Você sempre pensou que era apenas tirar o pino e jogar a granada longe, mas isso se provou ser bem diferente do que pensava.

Erin, a cada fim de treinamento, se mostrava bastante orgulhosa de seu desempenho, mesmo tendo começado em tão pouco tempo. Ela sempre a incentivava a continuar, falando que você seria tão boa quanto ela com os explosivos. Isso deu um gás a mais, lhe animando a cada semana de treino. Erin parecia uma irmã mais velha compartilhando as coisas que mais gostava com a irmã mais nova. Esse sentimento estava dentro de você também, então as noites de treino eram bem divertidas.

[...]

— Vai ficar tudo bem, não é Lu? — Erin questionou rindo e chorando ao mesmo tempo, completamente insana. — Vai dar tudo certo!

Lá estava você com os olhos arregalados, mal acreditando na cena à sua frente. Vocês lutaram contra um monstro que sugou grande parte da sanidade de todos, mas a que mais sofreu danos foi Erin Parker. Ela estava completamente ensandecida, rindo histericamente enquanto chorava, dizendo que tudo iria dar certo, que as coisas logo acabariam.

O sentimento de impotência em todos ali era visível, mas os mais atingidos foram você e Luciano. Andando de um lado para o outro, você começou a pensar em alguma forma de ajudar Erin, mas sabia que nada iria adiantar. Ela estava com a mente completamente quebrada, o que lhe causava certo medo, além da preocupação com o bem estar da amiga.

— Erin... Você vai ficar bem, eu juro! — você falou enquanto caminhava até ela, abraçando-a logo em seguida.

— É claro que eu vou ficar! Todos nós vamos, não é [Nome]? — ela respondeu de um jeito que te deixou com medo. Não parecia mais a Erin.

— Mana, eu acho que precisamos te levar embora daqui. Você não vai sobreviver a isso! — Com a voz tremendo, você a abraçou mais forte. Não estava acreditando que aquilo estava acontecendo.

— [Nome], eu tô bem, eu tô bem! Vamos para o orfanato e explodir tudo! A gente vai acabar com isso! A gente vai...! — A voz dela ficava cada vez mais instável, fazendo todos ali ficarem com certo receio.

— Erin, escuta — Luciano começou a falar, ajoelhando-se perto de vocês. — A gente vai te tirar daqui e eu prometo, mesmo que eu morra, que eu vou estourar a cara desses filhos da puta! — A última sentença foi proferida em um alto tom de raiva. — Eles vão pagar por isso.

— Mana... Eu vou lutar para acabar com esses infelizes — você falou com convicção e um pouco de raiva. Você é bem mais controlada que Luciano, então estava esperando a hora certa para usar essa força que provinha do ódio.

— A gente logo sai daqui, Erin. Eu vou chamar o Kaiser e o Arthur. — Luciano levantou-se e caminhou até onde os dois estavam.

Eles haviam chegado perto de um símbolo de transcendência, então resolveram ir mais devagar para lhes dar tempo suficiente. Enquanto isso, você ficou ao lado de Erin o tempo todo, sempre a abraçando e tentando, de alguma forma, deixá-la um pouco mais calma. Você estava nervosa com o que poderia acontecer com ela, afinal, não queria perder mais uma pessoa importante em sua vida.Com isso em mente, você pousou uma das mãos em seu bolso — que havia uma granada — fazendo um silencioso juramento. Você jurava acabar com Kian e destruir a desconjuração, mesmo que você morra.

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