Capítulo 5

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Após a conversa com meu pai, fui teletransportada para o meu quarto, e ao olhar para o relógio apenas cinco minutos havia se passado, enquanto isso na toca, foi uma tarde. Essa era a magia daquele lugar, ou maldição, dependendo do contesto, no caso como a caverna foi criada para aprisionar o meu pai então era uma maldição. Mas depois dos 50 anos que ele ficou preso, acabou se apegando ao lugar, ainda mais por ser um local fora do mapa e que anula quase toda a magia, permitindo apenas as mais básicas, como teletransporte e iluminação.

Mas isso não vem a questão, depois do meu encontro com meu pai, eu voltei para o castelo, mais especificamente para o meu quarto, de onde eu apressadamente me dirigir a passagem secreta para ir em direção ao antigo quarto dos meus pais, que agora se tornou a sala dos professora. Era arriscado, era, mas precisava ser feito, quanto mais cedo eu completasse a missão mais cedo poderia contar a verdade para o Luca.

Pera aí, Hope, como assim contar a verdade para o Luca, desde quando ele se tornou tão importante para você? Tá que ele é muito gostoso; lindo; fofo; e tem uma luz e energia que me faz sentir mais leve, mas essas coisas são o bastante para torna-lo tão importante para mim a ponto de querer que ele saiba de tudo? E a resposta é sim.

Nestes mil e quinhentos anos eu aprendi a não negar meus sentimentos, pois acaba se tornando algo cansativo e estressante, por isso eu não nego que estou desenvolvendo sentimentos por Luca Riccardo De Angilis, um sentimento que está se igualando ou se tornando superior ao que eu sentir ou melhor ainda sinto pelo Drake, por que querendo ou não meu falecido marido foi e sempre será o meu primeiro amor.

Respirei fundo, balançando minha cabeça para espantar os meus pensamentos, e me foquei a parede a minha frente, que era a única coisa que me separava do meu destino, usei o feitiço pervidere, para ver se o local estava limpo e ao constar que estava entrei no aposento. Ao entrar no antigo quarto dos meus pais, vi o quanto tinha mudado ao decorrer dos séculos, a cama de dossel, que ficava no meio do quarto, não existe mais, a penteadeira onde minha mãe escovava meus cabelos quando criança, também se foi, o impotente divã que se localizava abaixo da enorme janela, também tinha desaparecido.

Na verdade, toda a decoração e pintura do quarto havia mudado, dando lugar a novas cores e moveis de escritório e uma enorme mesa de reuniões no centro. Mas como o destino e bom, ou nesse caso a magia dos meus pais é boa, o local onde os artefatos deles foram escondidos estava totalmente limpo, com livre acesso para que eu pudesse pegar.

Me dirigi naquela direção, totalmente determinada a pegar o medalhão e o anel dos meus pais, que nem me importei em usar audite ultra para me certificar se alguém estava se aproximando, grande erro, porque quando eu estava me aproximando do meu destino, escutei a porta abrindo e uma mulher latina, com belos cabelos cacheados, aparecer, quando ela me viu se assustou, soltando um pequeno grito, enquanto isso eu fiquei tão apavorada, que nem sabia o que fazer, como pude ser imprudente o bastante para não me certificar que alguém estava vindo? Obvio que apareceria alguém a essa hora, sendo que ainda estamos no meio da tarde.

- O que a senhorita está fazendo aqui?

A mulher se aproximou da grande mesa de mármore, colocando os materiais que estava segurando em cima dela, cruzou os braços me olhando brava, esperando uma resposta, que eu ainda estava tentando bolar.

- Ainda estou esperando uma resposta senhorita Pendrago, o que está fazendo na sala dos professores?

Engoli em seco, e quando eu iria inventar uma desculpa, a porta se abriu outra vez, revelando o professor Logan, que olhou para nós duas, fixando o em mim, vendo o meu desespero, enquanto isso pude ver a professora Gonzalez perder a pose por um minuto, ao ver o lindo inglês sorrindo para gente.

Fio do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora