A calma antes da...

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[N/A: YAY! Voltei! E estamos terminando! Penúltimo capítulo! Na próxima atualização, o final e o epílogo! Espero que curtam e muito obrigada pela companhia até aqui! Amo vocês!]

Três meses depois...

Steve estacionou a SUV na garagem de casa. Tentou respirar fundo antes de desligar a música, mas sentiu os ombros retesados depois de um plantão difícil - a última ocorrência tinha sido um incêndio terrível causado por um ar condicionado numa casa antiga. A criança - uma menina pouca coisa mais velha que Liam - tinha sido a última a ser resgatada. Felizmente estava fora de perigo. Era fim de junho, o que significava que estava particularmente quente, principalmente para Seattle.

Estalando o pescoço, desceu e trancou o carro. Abrindo a porta da frente, notou enquanto a gatinha preta andava devagar até ele com os olhinhos pesados e alongando as patinhas de trás, um miadinho fraco de saudação saindo da pequena boquinha. Liho era capaz de derreter praticamente qualquer tensão.

"Oi, bebê." ele se abaixou para pegá-la. "Onde está Nat?"

A julgar pelo silêncio, a humana não tinha escutado. Andando com a filhote no colo, entrou na sala de jantar. Vários livros estavam espalhados por todo o comprimento da mesa, e Natasha estava adormecida sobre um deles, a boca entreaberta e os óculos tortos no rosto. O cabelo dela caía como uma cascata ruiva na beira da mesa.

Sorrindo, Steve soltou Liho no chão e tirou os óculos da namorada, tentando ser delicado, mas acordando-a mesmo assim.

"Hm?" ela perguntou, os olhos ainda mal se abrindo, mas sorrindo ao notar que era ele. "O calor... me fez cochilar."

Ela deixou a cabeça cair pesadamente sobre o livro de novo, fazendo Steve afastar os fios da testa. Amava a sensação de fazer o coração dele se inchar inteiro que aquela jovem mulher causava.  No instante seguinte, ela abriu apenas um olho e sorriu para ele, que tomou a oportunidade para beijá-la.

"Como foi o trabalho?" Nat perguntou, se levantando e andando até a cozinha, as pernas de fora em uma rara aparição dos shorts jeans.

"Meio merda. O último plantão principalmente."

A rotina de todas as noites em que Steve estava em casa se estabeleceu: ela fazia comida enquanto ele ajudava e conversavam sobre o dia.

Tudo tinha mudado naqueles meses em que estavam juntos - a primeira coisa é que estavam dividindo a casa. Por ocasião, o contrato de aluguel de Steve acabou, e Nat, tendo dois quartos vazios, permitiu que ele deixasse as coisas de Liam lá... na exata configuração do quarto que ele tinha no apartamento. Também permitiu que ele deixasse as coisas dele no outro quarto, mas podia dividir a cama com ela quando quisesse. Demorou uma semana para assumirem para si mesmos que sim, Steve tinha mudado para lá, e estava tudo bem quanto a isso.

Para Natasha, a diferença entre morar com Matthew e com Steve era monstruosa - na segunda vez em que o novo namorado cozinhou para ela, soube que jamais teria dado certo com o ex. Mesmo que os horários não batessem sempre, já que os plantões de Steve revezavam entre diurno e noturno, era muito claro como ela nunca estava sozinha - sempre havia um bilhetinho, um doce, algo assim. Ainda que ele se atrasasse para chegar em casa, o que era muito comum, dada a natureza do trabalho, nunca houve uma ocasião em que Natasha não se sentisse compensada. Tão, tão diferente de todas as vezes em que saía para correr num frio congelante, por sentir que a companhia da neve era mais aconchegante do que a do ex-noivo.

Além disso, tinha arranjado um novo emprego - temporário. Estava em uma clínica pediátrica. Não era bem o que gostava de fazer, amava a vida de hospital, e ainda queria virar professora, mas chegaria lá eventualmente. Até porque a carga horária menor a fazia ter mais tempo para estudar.

Take me home - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora