K A L E D
— não pode fazer ligações internacionais. — o policial declarou, quando me viu discar o número que o gêmeos deixaram para emergência.
— e como poderemos entrar em contato com alguém?! — questiono segurando meu último fio de paciência.
Sim, estamos detidos em uma delegacia, porque não sabia que era crime fumar Canabis, e ao que parece nossos documentos não são legalmente conhecido no país, e parecemos indigentes, que cometeram um crime.
— bom, não podemos fazer nada. — o policial deu um sorriso triunfante. — será bom passar uns dias aqui, talvez façam vocês pensarem sobre suas decisões.
A única coisa que penso, é que deveria ter saído antes das garras da minha mãe. Ter conhecido o mundo, e minha Magnólia, enquanto livre, e não com uma forca direcionada ao meu pescoço.
— posso mandar um e-mail? — Kario pede, e vejo o policial pensativo. — já que não podemos ligar, então... — insinua e o homem sai sem nós responder.
— que mal educado. — resmungo inquieto. — não quero voltar para aquela cela fedorenta, e com banco duro. É menor uma mão, do meu tamanho.
Estamos a uma semana nesse lugar, já estávamos quase encontrando nossas garotas, após conhecemos o orfanato que elas cresceram, porém tudo correu contra, e agora estamos aqui.
— a chefe liberou para o e-mail. — paro pensativo, vendo meu irmão empolgado.
Ele pegou o notebook que estava sobre a mesa, e passou a digitar com rapidez, e depois bufou frustrado. Ele me olhou alguns segundos, então voltou a seu sorriso satisfeito. Não faço ideia com quem ele entrou em contato, porém espero que venha alguma ajuda, ou não saberei o que fazer.
— e-mails para Wodala estão bloqueados, então temos que torcer para as meninas não estarem muito brava conosco. — meu irmão murmurou assim que nos encontramos sozinhos. — não estou acreditando em coincidências.
— também não. — pensei na rainha, e seu espírito controlador, que só agora percebo com mais propriedade.
...
Um dia após o email ser enviado, estávamos sentindo-se perdido, com a possibilidade delas não virem em nosso socorro, e quando fomos chamados a sala de visita, para minha surpresa e alegria, vejo Magnólia, ao lado de outra moça. Elas nos olham, e olham! Espero não está tão deselegante, para ve-las, há dias não sei o que é um banho decente. Céus! Estou entrando em confusão de pensamentos ao vê-las, porque não sei o que dizer, vendo que é tão real sua presença.
— Kario! — uma baixinha muito irritada, chama atenção vindo em direção ao meu irmão como uma fera. — eu juro que se não me der uma boa desculpa... — Kario abraça ela e beija sua boca, ignorando os tapas que ela lhe dar.
Ignoro os dois, e vou até minha princesa. Preciso abraçá-la, e saber que é real, e que está aqui, por mim.
— Mag. — chamo suave, e ela suspira me olhando.
— mas que confusão, em?! — sorriu de modo nervoso. — conheci os gêmeos. Entramos em contato com eles, pelo número que Kario enviou, e... — abraço ela, porque preciso disso.
São tantos dias sem sua presença, que sinto como se algo fosse recolocado dentro de mim. Uma peça perfeitamente encaixada, para me fazer funciona com propriedade.
— eu sei que as brasileiras parecem não aceitar muito bem príncipes, mas abdiquei dos meus títulos reais, e vim procurá-la. — confesso, mantendo ela no meu abraço. — não quero mais ninguém, que não seja você. Meu presente.
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O PRESENTE DO PRÍNCIPE |+18|
RomanceMagnólia viaja com a melhor amiga, para uma ilha na costa do continente africano. Desafiada a uma aposta, ela se ver em uma situação inesperada, quando se depara com um lindo homem, que em seu mais puro pensamento, jurou ser algum deus. Príncipe Ka...