Capítulo 14

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KALED

Dante Salvatore é intimidante, mas me sinto estranhamente confortável. Tive poucas respostas aos meus currículos, mas as tive foram muito bem aceita, e avaliei com carinho cada uma. Estou ansioso, mas igualmente esperançoso, porque já conheço a empresa dele, e sei o quanto é prestigiada em seu trabalho.

— você é um príncipe. — ele bate os dedos em sua mesa, de forma cadenciada, fazendo meu nervoso aumentar.

— fui deserdado por minha mãe. — respondo a verdade, porque omitir esse fato poderá trazer algum problema futuro. — a responsabilidade do reino agora, é dos meus irmãos caçulas.

— a rainha entrou em contato com os parceiros da ilha, para não contratá-lo. — solto um suspiro frustrado, sabendo que vira as seguir. 

Minha mãe não cansa de me perseguir e tripudiar, para tentar me humilhar. Já sabia da sua intervenção, mas as meninas me ensinaram a nunca desistir dos meus desejos, e tudo que quero agora é encontra um emprego, que possa me dar instabilidade financeira para cuidar da minha família, me fazendo sentisse mais útil, mesmo que elas me digam que já sou o suficiente. É minha criação, e meus princípios e tenho que seguir.

— tenho uma transportadora, e por acaso sou o principal fornecedor de bens comuns da ilha. Até visitei, enquanto estava negociando. — comenta de forma casual, porém sinto que estou sendo avaliado.

— você não quer problemas. — adianto, evitando a decepção. 

— não quero, mas aceito bem quando me vem. — me estendeu a mão, e fiquei sem saber o que dizer. — esta contratado. — completou, e aceito sua mão. 

— obrigado. — agradeço sincero.

— olha só, eu preciso de um gerente geral. Com as suas formações, você é bem capaz de cuidar de tudo por aqui, e estou tendo que resolver alguns problemas pessoais, e estou contando com meus funcionários. — ele olhou em direção a porta ao lado, e parou pensativo, assumido uma expressão um tanto assustadora. — tenho algumas regras. Sei que na ilha de vocês, é comum dividirem a esposa, mas nem nos seus sonhos, olhe para minha mulher. Minha aparência gentil, não garante nada, quando refere-se a ela, porque sou capaz de qualquer coisa. — poderia dizer que ele não tem uma aparência gentil, mas considero que também não gosto da ideia que outro homem olhe para o que é meu.

— espero o mesmo do senhor. — exigi, e ele pareceu se agradar de disso. 

— então temos um acordo. — sorriu de lado, com reconhecimento. — vou mandar preparar seu contrato, te envio por e-mail, e se aceitar esteja aqui em no máximo três dias, e estaremos assinando.

— obrigado pela oportunidade. — ele aceita minha mão, e me leva em direção a porta.

— de nada. — declarou, e saímos juntos da sua sala. — Diana, se minha mulher ligar, diga que já estou indo almoçar com elas. — acenou para a moça.

— certo, mas ela já vem chegando aí. — apontou em direção ao elevador, e vejo uma mulher baixinha, de curvas acentuadas e olhos verdes brilhantes, destacados em sua pele cor de amêndoa, que me lembra muito as mulheres da ilha.

— se continuar olhando para minha mulher dessa forma, eu juro que jogo você desse andar, e não me importo se é um príncipe ou o caralho. — a voz do homem soou tão áspera, que me fez olhar rapidamente para ele. 

— não estava olhando com desejo, apenas admirando. — declaro, não sabendo se é totalmente errado isso.

— você! — ele parecia ainda mais furioso, e a mulher entrou na sua frente.

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