Capítulo 01🔗

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O carro estacionou em frente ao portão do presídio Ramiro Parra Nunes numa noite fria e chuvosa.

Jacinto Diniz de 25 anos olhou para o lugar que iria trabalhar passar a maior parte dos seus dias.

Ser chefe da enfermaria de um presídio como aquele o mais violento da cidade tomaria bastante do seu tempo.

Toda sua família foi totalmente contra aquele trabalho, vindo de uma família tradicional e rica Jacinto nunca foi compreendido por querer ser enfermeiro.

Jacinto estava entre nervoso e ansioso pra começar a trabalhar. Quando aceitou aquele trabalho já sabia dos boatos sobre o presídio Ramiro Parra Nunes .........

Lutas clandestinas.

Uma imitação deturpada de MMA esporte que virou moda dentro dos presídios. O dinheiro e as apostas correm solto e os carcereiros nem chegam perto.

Quem apostava ? Pessoas da alta sociedade, executivos e até mesmo políticos financiavam a carnificina.

Nestas lutas não há regras. Quando termina a luta? Quando um desmaia. Ou vai parar na enfermaria.

Jacinto Diniz sabia que ali teria muito trabalho. Ele não conseguia acreditar em tanta crueldade.

Existiam os treinamentos, existia a preparação e depois são marcados dias específicos para um torneio.

A penitenciária virou um ringue a céu aberto.

Um relâmpago cruzou o céu noturno fazendo Jacinto tremer no banco.

Ele começaria o trabalho no turno da noite.

O automóvel foi entrando estacionamento, o motorista escutava no rádio do carro um podcast qualquer.

Pela janela Jacinto pode ver as janelas com grandes sentindo-se inquieto.

_ Cara, ainda dá tempo de você desistir.

Avisou o motorista com um sórdido sorriso.

_ Desistir ? Porque? Eu estou apto para exercer minha profissão que amo tanto.

_ Exercer enfermagem num presídio garoto? Nunca está preparado para isso, tu vai virar é mulherzinha nas mãos destes animais.

Jacinto ficou mudo e trêmulo com a frase.

Tremeu ao imaginar vários homens lhe estuprando  .... obrigando ele a revezar chupando vários pênis.

Jacinto tinha pele alva, pele clarinha, boca rósea e de compleição magra esguio.


Com seus olhos castanhos Jacinto examinou o local e indagou :

_ As lutas livres que falam que ocorre aqui são reais ?

O motorista deu uma risada nojenta e respondeu : _ Lutas apostadas no presídio é bem comum, eu particularmente adoro ver este bando de animais se matando. 

_ Nossa isso é tão desumano. 

_ Desumano ? E por um acaso esses vermes são humanos  ? Eu quero mais é que eles morram. Percebe-se que você não irá se adaptar a está selva muleque. 

Jacinto estava indignado com tudo aquilo. 

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Sozinho em sua cela Blade olhava para o teto. 

Ele era um homem totalmente perdido. Sem alma. Frio como o gelo.

Exímio lutador. Invicto nas lutas do presídio Ramiro Parra Nunes. Forte, alto, tatuado e musculoso. 

Uma fera implacável. 

Blade era atormentado por um passado terrível. Ele era um assassino. 

Blade matou com as próprias mãos um homem e depois vieram vários. 

 

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