Capítulo 02🔗

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Chegando na precária enfermagem do presídio Jacinto fez uma lista dos medicamentos e materiais de enfermagem que faltavam.

O relógio mostrava 3 da manhã dali a pouco os presos seriam acordados.

_ Gente quanta precariedade. _ Jacinto falou ao se encaminhar pelo corredor da enfermaria daquela cadeia.

Se deteve na frente da porta da salinha de atendimento escutou dois enfermeiros rindo e comentando :

_ A Regininha mô safada cara ela já foi logo mamando e pediu para eu gozar na cara dela.

Explodiram risadas masculinas, Jacinto sentiu náuseas pelo comentário escroto e machista.

Jacinto entrou de supetão foi se apresentando : _ Boa noite. Me chamo Jacinto Diniz o novo chefe da enfermaria.

Os dois enfermeiros fitaram Jacinto com cara de deboche. Eles seguraram o riso deixando Jacinto embaraçado.

_ Vou promover algumas mudanças conto com a ajuda de vocês.

Os dois enfermeiros riram na cara de Jacinto.

_ Cara, que mudança tu quer fazer num presídio imundo desses, só quero vir aqui sentar fumar meu cigarro e pegar meu cheque no final do mês, quero mais é que estes animais morram._ Um deles respondeu rindo.

Jacinto ficou estupefato o outro foi logo dizendo : _ Pelo jeitinho sensível e o português correto tu é boiola, tu não vai durar um dia neste caldeirão do inferno.

_ O fato de ser homofóbico não me diminui como profissional, só acho que vocês tinham que fazer valer o salário de vocês.

_ Se manca cara ninguém liga pra essas merdas aqui não kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Jacinto Diniz saiu daquela sala enojado com tanto descaso.

Ele não veio ali pra ganhar seu salário sem fazer um bom trabalho  ......

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Sol da uma da tarde no pátio do presídio Ramiro Parra Nunes uma roda de homens gritavam e se manifestavam.

Blade olhava pra seu adversário que tinha a cara toda arrebentada, mas bravamente estava de pé.

O suor e sangue brilhavam nos músculos e tatuagens de Blade. Suas costas tinha cicatrizes.

Cicatrizes essas causadas ali mesmo na penitenciária.

Blade usava sempre a mesma técnica pra liquidar seus oponentes.

Fechava os olhos e imaginava que o seu adversário era o homem que destruiu sua vida.

O homem que estuprou sua mãe  .......

Blade mestre em kickboxing usou a perna elevada acertando a cara do oponente que caiu desmaiado no chão pra delírio dos espectadores. 

Mais uma vez Blade usava seu ódio internalizado pra vencer uma luta. 

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Jacinto estava em choque com o que viu o detento a sua frente estava muito machucado. 

_ Meu Deus o que fizeram com este homem  ?

Quis saber impressionado. O enfermeiro que sentado numa cadeira de plástico mechendo no celular respondeu :

_ Esse fracote ai foi massacrado pelo Blade. 

_ Blade?  Quem é este ? Uma besta fera ? !

_ Pode ser dizer que sim. _ O enfermeiro respondeu com ironia. 

Jacinto foi atender o desafortunado mas um carcereiro apareceu ordenando :

_ Atenda esse bosta ai depois Atenda o Blade na cela dele.

_ Gente mas o estado deste aqui é muito mais grave ! 

_ Ordens do diretor. _ Falou ele categórico e Jacinto suspirou irritado.

Indo junto do gurda rumo a cela do tal prisioneiro selvagem que fez aquele estrago naquele paciente Jacinto se perguntava :

" Que tipo de monstro faz aquilo ? " " Ainda ganha tratamento especial? Absurdo."

Jacinto já antipatizava com Blade antes mesmo de velo. 

Ao se aproximar da cela dele Jacinto sentiu-se trêmulo. Havia livros em uma prateleira. 

Por aquilo Jacinto não esperava. Uma fera indomável gostava de literatura  ? ? ?

O barulho do cadeado fez Jacinto engolir seco.

O prisioneiro estava de costas e Jacinto viu cicatrizes  ...... parecia que ele fora açoitado.

Uma ponta de compaixão mas Jacinto forçou a se recordar do estado em que o outro detento se encontrava. 

Logo a raiva voltava a emergir. 

Repentinamente Jacinto esqueceu do perigo e disparou : _ Você pretendia matá-lo ? Que tipo  de sociopata é você ? 

Ele se virou pra Jacinto de imediato as pernas do enfermeiro chefe bambearam. 

Aquele olhar  ..... Aquele rosto ...... Aquela presença  ........

Blade era um misto de medo e desejo. 

A sensação de querer pular num abismo. 

O desejo de querer botar a mão nas chamas.

Tinha algo naquele homem alto e perigosamente forte que fazia Jacinto ter medo e vontade de querer desvendar todas as sombras daquele olhar .....

Tinha algo naquele homem alto e perigosamente forte que fazia Jacinto ter medo e vontade de querer desvendar todas as sombras daquele olhar

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