Capítulo 04🔗

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Clovis levantou perguntando : _ Com que audácia me ordena isso  ? Quem pensa que é frangote  ?

_ Posso não ser ninguém pro senhor mas essas lutas clandestinas violam todos os direitos humanos.

Clovis Macedo fechou os olhos e gargalhou.

Sua risada de escárnio irritou Jacinto que apertou os lábios em desagrado.

Clovis limpou a lágrima de risada no olho direito e voltou com seu charuto a boca.

_ Direitos humanos  ? Quem te disse que eles são humanos  ? Eles são meus escravos que uso a meu bel prazer. Ganho grana as custas do sangue desses infelizes e continuarei fazendo isso você gostando ou não.

_ Existe justiça senhor Macedo isso não é terra de ninguém.

_ Até mesmo juízes participam das apostas, a corrupção aqui começa de cima seu imbecil então não venha me dar lição de moral pois aqui não tem nenhum santinho.

_ Diretor o que acontece aqui é injusto, vil e muito desumano. É contra meus princípios.

_ Infelizmente há momentos em que a violência é a única forma justiça social. Tá com peninha ? Leve um desses bandidos pra casa ou renucie o seu cargo.

Jacinto respirou fundo e respondeu :

_ Vim pra ficar e fazer meu trabalho com empenho mesmo que não concorde com essa barbárie. 

Clovis assoprou fumaça na cara de Jacinto dizendo : _ Então seu pedaço de merda dê o fora do meu escritório  . . . Já. 

Ao sair Jacinto escutou a risada asquerosa de Clovis pelo corredor. 

Era impossível parar com aquilo. Jacinto sentiu-se impotente e amordaçado. 

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Certa tarde durante o banho de sol dos prisioneiros da janela Jacinto notou um jovem loiro, sarado com tatuagens no peito e braço. 

Ele era atraente e estava sentado olhando fixamente pra suas janela. 

Um olhar de interesse um micro sorriso em sua bonita cara. 

" O que um moço tão gato fez pra parar aqui gente  ? Espero que não seja assasinato como o Blade." Pensou Jacinto voltando ao seus afazeres. 

No início da noite um guarda trouxe o loiro pra enfermaria

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No início da noite um guarda trouxe o loiro pra enfermaria. 

_ Esse otario conseguiu se cortar com a mão. 

Avisou o gurda de péssimo humor. O detento tinha um sorriso afavel. 

O gurda ficou na porta conversando com outro gurda sobre futebol. 

Jacinto aproveitou para dizer : _ Este corte foi feito de propósito não foi ?

Ele esfregou a nuca com um sorriso constrangido. Seus olhos eram de azul da cor do céu. 

Seu físico também era muito atrativo. 

_ Bem ...... prescisava arranjar um jeito de falar com você. _ Falou ele. 

Jacinto rubra de vergonha iniciou a esterilização do ferimento. 

_ Bom prazer me chamo Henrique. 

_ Muito bem Henrique. Além de se automutilar qual outra façanha você faz ?

_ Estou aqui por envolvimento com tráfico mas sou rel primario pretendo nunca mais voltar para essa vida. 

_ Hummmmmm isso é bom. 

_ Sua mão é muito delicada, parece que é feita de seda._ Henrique falou mirando lhe com aquele par de safiras que chamava de olhos. 

Sim tinha um presidiário sexy e bonito lhe elogiando, Jacinto não sabia como agir.

Sentia se corar diante de Henrique. 

Henrique viu as faces coradas de Jacinto enquanto riu ao dizer : 

_Porque está assim corado  ? Por acaso nunca lhe falaram o quão suas mãos são macias. 

_ Porfavor Henrique está me deixando embaraçado. 

Henrique gargalhou. Ele era o oposto de Blade. 

Blade era másculo, sombrio e misterioso.

Henrique era transparente podia-se ver sua alma pelos olhos azuis. 

Terminando o curativo Jacinto comentou :

_ Nunca o vi participar das lutas no pátio. 

_ Não gosto. Não sei lutar nem quero aprender. 

_ Pronto e não volte a ser ferir propositadamente. 

_ Não prometo nada._ Falou ele com um sorriso maroto. 

Sorriso este que fez Jacinto sorrir também. 

O guarda arrastou Henrique pra fora da sala. 

Jacinto sentou cadeira rindo da loucura de Henrique. 

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A meditação  de Blade foi interrompida por Clovis Macedo e seu charuto fedorento.

Blade lançou seu olhar mortal para o diretor do outro lado das grades. 

_ O que deseja sua jibóia que solta fumaça. 

Dardejou Blade. 

_ Não fique bravo só vim te avisar que um novo interno chegará em breve, Russo é seu apelido, matador de aluguel. Assassino em série dois metros de musculos seu reinado neste presídio está prestes a terminar. 

_ Esta tentando me intimidar diretor ? 

_ Eu ? Claro que não. Você tá aqui pra vencer todas as lutas pois no dia que perder se o seu oponente não te matar eu mesmo cuidarei pra você encontre o Satanás, não antes de te torturar como muitas vezes eu fiz. 

Blade viu aquele sorriso nojento e sádico do diretor do presídio. 

Estava ali um cara que Blade adoraria esmurrar por horas a fio. 

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Correntes nos pulsos e tornozelos. 

Foi desta forma que Russo chegou no presídio Ramiro Parra Nunes. 

Tatuagens por todo o corpo. Sua aparência amendrontava os outros detentos. 

Jacinto descia as escadas quando viu Russo passar. Um arrepio na espinha fez Jacinto estremecer. 

" Que ser mais sinistro ! " Pensou Jacinto aturdido. 

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