Capítulo 15

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Quando Guilherme chegara em casa não imaginava que Rose estaria acordada e pronta para uma briga, tudo que o médico queria fazer era tomar um banho e dormir às poucas horas que ainda o restavam Passara direto pela mulher e entrara no banheiro e, aquela ação a deixara ainda mais furiosa.

– Onde você estava Guilherme? – perguntara Rose irritada – Está a semana me evitando, não dorme mais em casa – dizia enquanto ia atrás do marido.

O médico já não aguentava mais tantas perguntas, o casamento já não estava mais às mil maravilhas, não suportava mais ver Rose fingir se importar onde ele estava ou o que estava fazendo. Só queria um pouco de paz.

– Quer saber? – perguntara o homem já irritado com tantos questionamentos. Rose assentira – Estava na Flávia – dissera simplesmente entrando no box e deixando a mulher atônita para trás.

Quando terminara o banho, Guilherme vestiu-se e saiu do banheiro, deparando-se com uma Rose ainda com cara de poucos amigos o encarando.

– Na Flávia? – perguntara com o tom raivoso. Guilherme limitou-se apenas à assentir com a cabeça – Você agora vive atrás daquela garota, né? – dissera Rose.

– Ela é a mãe da minha filha, é óbvio que eu vou sempre falar e estar com ela – respondera o médico já irritado com o rumo daquela conversa.

Antes que Rose pudesse continuar as provocações ele apenas saíra do quarto e fora em direção ao quarto de hóspedes. Precisava de umas horas de paz e principalmente precisava colocar os pensamentos em ordem.

Já acomodado na cama, permitira-se pensar na noite que tivera. Ainda conseguia sentir os beijos trocados, a maciez dos lábios de Flávia que tocara os seus levemente, conseguia sentir o calor de suas mãos em seu rosto. Sabia que era errado, afinal era casado e, por mais que estivesse tendo problemas no casamento, aquilo não era motivo para tal ação. Mas não conseguia evitar, era como se existisse um ímã que o atraia automaticamente para Flávia.

Não entendia do porquê seu coração acelerar as batidas sempre que a moça aproximava-se, o que era irônico, afinal ele entendia de corações...só não entendia o seu próprio coração.

Com tantos pensamentos em Flávia e Alice, Guilherme nem sentira os olhos pesarem e se fecharem, adormecendo em pouco tempo.

Acordara atrasado para a clínica, levantou-se e seguiu sua rotina como sempre, por vezes pensava em como sua vira era monótona, sempre fazendo as mesmas coisas Lembrara-se do dia em que decidira deixar a monotonia por um dia, este que conhecera Flávia.

Descera as escadas indo em direção à sala de jantar, onde a mesa já estava posta e encontrando os pais ainda na mesa, desejou bom dia e sentou-se à mesa.

– Bom dia, filho – dissera o pai – Aconteceu alguma coisa filho? – perguntara preocupado – A Rose parecia irritada antes de sair – dissera Daniel o encarando.

– Não foi nada pai – Guilherme respondeu enquanto servia-se – Ela ficou com raiva porque fui na Flávia – dissera o médico.

Aquilo despertara o interesse da mãe, que até aquele momento estava quieta.

– E o que você estava fazendo com aquela delinquente? – perguntara a mãe Aquilo o havia irritado, largou o garfo e coçara a lateral da cabeça.

– A Flávia não é nenhuma delinquente, mãe - respondera entre dentes – Fui ver Alice, que estava com febre – dissera por fim.

– Mas ela está bem? – perguntara o pai preocupado com a neta.

Guilherme assentira, terminara o café rapidamente e despediu-se dos pais. Saindo em direção ao carro, onde Odailson já o esperava, cumprimentou o motorista entrando no banco de trás. Enquanto seguia para a clínica, Guilherme olhava pela janela e só conseguia pensar nela, Flávia não saia de seus pensamentos

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