Capítulo 04

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Jimin

Desde daquele dia que acabei dormindo no colo de Jungkook, alguns dias tinham se passado. E ele e eu estamos bem próximo um do outro.

Jungkook é divertido, e muito carinhoso. Ele não acha estranho e não fica nem um pouco incomodado quando eu o abraço de repente ou quando fico chamando sua atenção toda para mim.

Na verdade, sempre que eu faço isso ele sorri igual um coelhinho e me dá toda a atenção que eu quero, e o carinho também.

Como agora que eu estou abraçado ao seu braço enquanto estamos sentados no sofá assistindo um filme qualquer na TV.

- Meu filho, solta o garoto coitado. – Falou Senhora Park, se sentando na poltrona olhando para nós com um sorriso no rosto. – Você grudou nele pior que carrapato.

- Não grudei, não. – Neguei com a cabeça, fazendo um bico emburrado. Agarrei com mais força o braço de Jungkook, não querendo o soltar por nada. – Kookie-ah não liga.

- Não tem problema, senhora Park. Deixe ele. – Falou Jungkook, rindo baixinho, me fazendo soltar seu braço para que ele pudesse me abraçar pela cintura. – Jimin parece um ursinho, é gostoso de abraçar.

- Bom, se você não liga para o grude dele, quem sou eu para reclamar. – Falou Senhora Park sorridente.

Voltei minha atenção para Jungkook, me deitando em seu peito, abraçando sua cintura. Para que a posição ficasse mais confortável para nós dois, Jungkook deitou no sofá, me fazendo ficar em cima dele.

Eu praticamente ronronei como um gatinho quando ele começou o carinho na minha cintura. Desde que ele fez isso pela primeira vez, sempre que posso eu peço para que ele faça.

Outras vezes, eu não preciso nem pedir que ele já faz naturalmente, como se a gente fizesse isso a anos e não alguns dias.

Os senhores Jeon's sempre sorriem quando eles encontram nós dois juntinhos, e minha mãe ás vezes fica tirando fotos minhas e do Jungkook. Segundo ela, ela quer ter recordações da pessoa que estava fazendo seu filho tão feliz em pouco tempo.

Eu sempre fico envergonhado quando ela fala isso, ainda mais quando o Jungkook está perto.

A única pessoa que não está contente com isso é meu pai. Ele sempre fica com a cara amarada, e os braços cruzados olhando para mim com raiva. Mesmo que ele consiga disfarçar dos outros, eu sempre consigo sentir seu olhar raivoso sobre mim.

Quando ele está perto, eu sempre tomo cuidado para não ficar tão grudado no Jungkook para que ele não me olhe daquela maneira assustadora.

- Mochi? – Sai dos meus pensamentos com o chamado do Jungkook. Ele olhava para mim preocupado, e eu tombei a cabeça para o lado não entendo seu olhar.

- O que? Desculpa, eu não prestei a atenção. – Falei, olhando ao redor, notando que minha mãe não estava mais ali.

- Sua mãe falou que eles vão dar uma volta na cidade e que vão voltar tarde. – Falou Jungkook, acariciando minha cabeça. Deitei em seu peito, olhando para a TV.

- Mamãe vai fazer a festa então. – Comentei baixinho, já imaginando as inúmeras sacolas que ela traria com ela. – Sempre que ela vai dar uma volta, ela me traz alguma coisa diferente apenas porque aquilo fez ela se lembrar de mim.

- Sua mãe é legal, eu gosto dela. Ela até me ensinou a fazer o bolo que você gosta de comer. Mas eu acho que seu pai não foi muito com a minha cara. – Falou Jungkook, e eu olhei para ele querendo dizer que não bem assim, mas eu conhecia meu pai melhor que ninguém.

- Eu peço desculpas por ele. – Falei, fazendo desenhos imaginários em seu peito. – Papai é uma pessoa um pouco complicada.

- Eu percebi. Mas não tem problema, eu não gostei muito dele também. – Falou Jungkook, dando de ombros. – Você não quer aproveitar que eles saíram para usar sua chupeta?

Olhei para ele sorrindo, acenei com a cabeça me levando empolgado. Quando ia me levantar para ir pegá-la, Jungkook me segurou pela cintura.

- Deixa que eu te levo. – Falou Jungkook, se levantando do sofá me pegando no colo.

Rodeei sua cintura com minhas pernas, abraçando seu pescoço. Outra coisa que se tornou comum entre nós dois, é que em todo a oportunidade que Jungkook tem, ele me pega no colo.

O que eu gosto bastante, já que eu não tenho que ficar andando pelos lugares. Sou um pouco preguiçoso para andar, confesso.

Ele me levou para meu quarto, onde minha mochila com minha chupeta e paninho estavam.

- Vai dormir comigo hoje, Kookie-ah? – Perguntei, me deitando em seu ombro, sentindo seu cheirinho gostoso.

Durante esses dias, como eu ainda não conseguia dormir bem de noite, Jungkook sempre me fazia companhia até que eu dormisse. Ele até mesmo chegou a dormir junto comigo, porque eu não queria ficar sozinho.

E confesso que eu queria poder sentir seu calor e cheirinho durante a noite.

- Você quer que eu durma? – Perguntou Jungkook, me colocando no chão ao que chegamos em meu quarto.

- Uhum. – Acenei com a cabeça, entrando no quarto indo direto para minha mochila.

A abri, pegando minha chupeta e meu paninho. Não resisti e coloquei a chupeta na boca, me sentei no chão, esfregando o paninho em minha bochecha.

Eu sentia uma forte vontade de regredir, mas não sabia qual seria a reação de Jungkook se eu realmente o fizesse.

- Kook-ah... – Chamei, olhando para ele em pé encostado na porta.

- O que foi, bebê? – Perguntou Jungkook, se aproximando de mim, ficando de joelhos em minha frente. – Bebê quer carinho?

- Não... quer dizer, sim! Mas não é isso. – Falei, me embolando nas palavras. – Eu quero regredir.

- Oh, é isso? Tudo bem, bebê. – Falou Jungkook, levantando as sobrancelhas bonitas. – Eu cuido de você.

- Mesmo? Você não liga? – Perguntei, apertando o paninho em minhas mãos um pouco ansioso.

Seria a primeira vez em semanas que eu iria regredir. E eu sei como meu eu pequeno pode ser bem grudento quando quer.

- Claro que não, Mochi. Confesso que estou doidinho para vê-lo pequeno. – Confessou Jungkook, rindo baixinho coçando a nuca. – Não me julga, você é tão fofinho normalmente que me perguntei como seria você little.

- Tudo bem, Kookie-ah. – Falei, me aproximando dele. – Provavelmente vou grudar ainda mais em você quando estiver pequeno.

- Eu não ligo, eu gosto do seu grude. – Falou Jungkook, retribuindo o abraço.

O abracei fortemente, sentindo que já estava à beira de escorregar. Então eu apenas relaxei em seus braços, me deixando cair em meu lugar confortável.

Eu irei aproveitar que nem meus pais e nem os dele estariam em casa para brincar com o Jun. Meu lado pequeno vai ficar contente em ter alguém para brincar, ao invés de ficar brincando sozinho.

Meu eu pequeno sempre quis ter alguém que cuidasse dele, que zelasse por sua segurança e bem-estar. E agora ele vai ter alguém para fazer tudo isso.

Isso me deixa contente.

[...]


Bebê MochiOnde histórias criam vida. Descubra agora