O sucesso agridoce de um plano

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Os dias que se passaram após o fatídico jantar na casa de Madara foram tranquilos e rotineiros. A semana antecedente ao feriado foi ocupada por muito trabalho e atendimento, mas também por almoços regados a conversas proveitosas pelo walk talkie na qual os dois veterinários conversavam sobre curiosidades dos irmãos. Eram nesses momentos em que a criatividade sempre fluía e os dois organizavam todas as ações que deveriam tomar principalmente durante aquela viagem que seria decisiva. A estratégia focava em maneiras que irritassem Madara, pois ele era o elo mais instável do casal e possivelmente se desenvolveria em algo que acarretarasse em brigas. Izuna, de início, não havia concordado, mas Tobirama o convenceu quando afirmou que Hashirama já seria afetado com qualquer suspiro diferenciado de seu amado.

Com isso em mente, os mais novos propuseram aos irmãos que eles fossem juntos para o hotel fazenda, pois assim eles já poderiam realizar alguma ação que deixassem Madara estressado. O plano seria Izuna distrair os noivos enquanto Tobirama furava os pneus do carro, o Uchiha mais velho não gostava de dirigir, mas possivelmente estariam em seu carro o que causaria um estresse sem tamanho no irmão de Izuna que provavelmente colocaria a culpa em Hashirama que estaria dirigindo. Eles brigariam e consequentemente não iriam querer mais passar o feriado juntos. Isso daria o pretexto necessário para Izuna e Tobirama começarem a influenciar a discórdia entre os irmãos, com conselhos certeiros que acabariam por influenciar no cancelamento do casamento.

A ação planejada e totalmente instruída no almoço daquela quinta-feira foi encarada como bem sucedida para os olhos de Izuna e Tobirama. Após finalizar o expediente daquele dia e com as malas prontas, os veterinários se encaravam esperançosos aguardando seus irmãos na frente de seus respectivos estabelecimentos. Hashirama e Madara combinaram de pegá-los naquele fim de tarde e os quatro aproveitariam o hotel que seria o local da cerimônia até domingo. Ambos se sentiam confiantes e imaginavam que com todo o final de semana planejado eles finalmente conseguiriam o que tanto desejavam. O momento era tão relaxado e tranquilo que Tobirama até mesmo ousou ao mostrar um sorriso pequeno e discreto para o outro rapaz, demonstrando que até ele mesmo havia ficado satisfeito com o trabalho em equipe. Após se encararem por algum tempo, eles passaram a se atentar aos carros que trafegavam pela movimentada rua procurando por um específico que ainda não havia aparecido.

Os minutos passavam como lentas e tortuosas cenas em câmera lenta e Izuna, numa postura ansiosa, cruza seus tornozelos suspirando baixo enquanto passava a mexer em seus próprios cabelos. Madara geralmente não atrasava, ainda mais quando estava com Hashirama e isso fez com o que o rapaz passasse a se intrigar desejando saber o que havia acontecido. Estava prestes a questionar Tobirama se ele sabia de algo quando o carro preto de seu irmão foi avistado na esquina o que o fez suspirar relaxado e confiante. Entretanto, sua postura logo se transforma novamente ao perceber que o outro Uchiha estava sozinho, o que fez questionar o paradeiro de Hashirama. A resposta para a indagação do moreno podia ser respondida pelos olhos surpresos do Senju do outro lado da rua que observava o carro do irmão seguindo logo atrás de Madara estacionando assim como o outro fazia. Izuna e Tobirama assistiam em confusão os mais velhos saírem de seus respectivos carros e fazendo sinal para que o outro Senju atravessasse a rua.

— Mudança de planos, pessoal! — Hashirama disse animado assim que seu irmão pisou na calçada — Eu e Mad pensamos melhor e como faz tempo que não passamos um tempo com vocês. Decidimos ir em carros separados. Então, Tobi, você virá comigo. Estou com saudades de você. Izu, você vai com Madara.  Nos vemos lá!

O Senju de cabelos longos se empolga despedindo-se do noivo com um selar carinhoso nos lábios de Madara.

— Mas… — Izuna sussurra olhando para o outro veterinário que o encarava com o extremo pânico no olhar. Ainda que permanecesse sério e inexpressivo nas demais partes de seu rosto.

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