The Perfect Plan

Primeiras ações e desafios de um plano

Tobirama encarava Izuna perplexo enquanto repercutia os últimos acontecimentos. Para o Senju, ainda era inacreditável todo o movimento que o menor havia feito, se disfarçando de maneira ridícula e utilizando de um nome genérico que não faria ninguém o levar a sério. A insana proposta também o fazia acreditar na possibilidade de que o outro havia enlouquecido e isso fez com que ele observasse Izuna imóvel e sem reação por um longo período de tempo. Contudo, a aparente demora de resposta fez o veterinário da clínica concorrente suspirar impaciente mexendo em seus cabelos longos e aparentemente macios.

— Então, Senju… Vai executar o plano comigo? —  Izuna insiste retirando Tobirama de sua bolha de distração.

— Eu não sei como isso pode ser possível, Izuna. Não se pode simplesmente acabar com uma cerimônia de casamento de forma tão simples assim — O maior assume uma postura cética encarando o visitante com seu típico semblante sério e intimidador que, como sempre, não fazia efeito no outro rapaz.

Dessa forma, o Uchiha logo passou a dar mais detalhes de seu plano mirabolante enquanto acariciava o cachorrinho que já parecia estar alheio a tudo que ali passava. Tobirama, no entanto, apenas assistia sem qualquer reação Izuna dramatizar seu esquema ardiloso na tentativa de o convencer, ao mesmo tempo em que seu rápido raciocínio tentava encontrar alguma lógica nisso. O veterinário, então, continuou a observar em silêncio o visitante argumentar por vários e longos minutos até que sua paciência chegasse no limite o fazendo dar suspiros entediados. Logo o sorriso vitorioso do outro rapaz era exibido assim que ele terminou seu monólogo, parecendo esperar por alguma resposta empolgada do dono da clínica que obviamente não veio.

— Eu não sei o que você espera que eu diga. Mas, essa foi a coisa mais infundada e idiota que eu já ouvi em toda a minha vida. Como você acredita que isso pode dar certo?

A sinceridade cortante de Tobirama fez Izuna suspirar irritado e seus lábios logo formaram um bico, ao mesmo tempo que ele assumia uma postura emburrada. Poncho reclamou quando as mãos que o acariciavam pararam, mas o visitante agora as mantinha ocupadas cruzando seus braços em uma postura mimada.

— Nunca espero nada vindo de você, mas custava perceber que essa é a nossa única chance para que um desastre não aconteça? Tobirama, nós não podemos deixar que nossos irmãos se casem. Você quer me ver todos os domingos em um almoço de família? Eu claramente não quero!

— Eu estou sendo racional aqui, esse seu plano não vai dar certo. Hashirama e seu irmão vão desconfiar dessa nossa aparente união, eles jamais vão acreditar nisso. Eu mesmo não acreditaria — Suspira resignado ouvindo um gritinho baixo de indignação do outro rapaz como resposta. Aquilo era tão irritante!

— É a nossa única chance, cabecinha de neve. Põe esse cérebro tão evoluído para funcionar. Você tem mais alguma ideia? Quer mesmo deixar isso acontecer e nunca mais ver seu irmão direito? Porque sim, eles provavelmente vão se afastar da gente por causa dessas brigas. Nós precisamos acabar com esse casamento logo!

Izuna responde fazendo uma careta e era perceptível o quão desgostoso ele estava com aquela situação. Já Tobirama revira os olhos e resolve desviar o olhar para o cãozinho no colo do Uchiha desejando ser um animal para não ter que passar por aquela situação. Sabia que aquele plano ridículo era impossível e com altas chances de dar errado, mas era a melhor chance que tinha. Não podia simplesmente dizer que não aprovava o casamento do irmão porque sabia que mesmo assim ele se casaria e nunca mais voltaria a vê-lo se dedicando apenas ao recém marido. Talvez agir às escondidas fosse a melhor maneira de atrapalhar aquela ideia dos irmãos mais velhos e assim fazê-los refletir da loucura que eles estavam cometendo. Odiava ter que trabalhar com Izuna, mas precisava fazer sacrifícios para que tivesse seu irmão de volta e livre das garras de um Uchiha.