Capítulo 7

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Capitulo sete

Você se atreve a olhá-lo bem nos olhos?

Sim

Oh, porque eles vão te atropelar, até o escuro

Sim e eles vão te atropelar, até você cair

E eles vão te derrubar, descer até você ir

WAY DOWN WE GO_ KALLEO

Romeo

Bato impaciente, pela segunda vez, na porta do apartamento que Evangeline.

Olho no relógio, e vejo que estou aqui a exatos um minuto e dezesseis segundos.

Odeio pessoas que me façam perder tempo.

Pretendia ter vindo vê-la ontem, porém alguns assuntos importantes precisaram da minha atenção e só pude vir na noite de hoje.

Matteo me contou, que a garota aparentava estar tão mal que quando a viu achou que a menina tinha morrido a uns 3 dias e a tinham esquecido de enterrar. Palavras dele e não minhas.

Evangeline finalmente abriu a porta, num rompante.

Não esperei que me permitisse a entrada, apenas passei por ela.

A ragazza me fuzilou com olhos, e minha vontade era de sorrir.

Ela parecia gostar de me tirar do sério, então nada mais justo que eu fizesse o mesmo. E ver essa carinha de quem quer me matar, me traz imenso prazer.

– Bom dia, tudo bem? Estou bem, e você? Estou muito bem, obrigada por perguntar. Entre e fique à vontade – Dialoga, sozinha, sarcasticamente.

Ignoro e aceno para o médico, que pedi que me acompanhasse e examinasse Evangeline.

– Entre doutor Bianchini – Digo.

Admito que a declaração de Matteo me preocupou um pouco.

Não queria que a garota morresse. Pelo menos não por uma infecção ou algo do tipo, pelo menos.

Eu mesmo a mataria se fosse o caso. Mas por enquanto, não é.

– Quem é o cara? – Perguntou, encarando Bianchini com nítida suspeita.

– Matteo me informou do seu estado e pedi para que o doutor viesse examinar você. – Informei.

– Aquele enxerido de merda, não sabe o que está falando. – Falou com uma careta e cruzou os braços.

– Se tivesse se olhado no espelho não diria isso – Murmuro.

Evangeline olha para mim com um ódio tão grande, que agradeço por ter uma distância grande entre nós.

– Vai se fuder! – Grita.

Descarto com um gesto de mão, e indico para que o médico prossiga.

– Onde posso te examinar? – O doutor pergunta a Evangeline.

– Na puta que pariu! – Se exalta e sai andando para a cozinha.

– Ah, pelo amor de deus. – Resmungo – Você está mancando! Pare de ser tão cabeça dura! – Exclamo.

– Cabeça dura não! Eu estou bem... AAAAAAAAAA

Jogo aquele pequeno corpo sobre minhas costas e caminho até o quarto.

– EU VOU TE MATAAAAAR! – Grita, esperneando.

– Se não vem por bem, irá por mal. – Afirmo, deitando-a na cama.

SartariOnde histórias criam vida. Descubra agora