Capítulo 4

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Capítulo quatro

Minhas palavras são como física

Uma força que eles não podem parar

Eles simplesmente não entendem,

Acho que eles esquecem

Eu não terminei até estar no topo

Eu sei que nasci para isso

BORN FOR THIS­_THE SCORE

Romeo

Saí daquela casa a tempo de ver os carros do Don Mattia fazerem a curva em alta velocidade, o atrito dos pneus no asfalto fazendo um barulho estrondoso.

Procuro meus irmãos pelo lugar, que está um verdadeiro caos.

Vejo uma fumaça vindo do canto sudoeste do casarão. Merda, o carro que levaria Catarina estava lá.

Corro pelo o jardim do local até os fundos da casa e ligo para Filippo.

– Sim Don? – Atende no segundo toque.

– Tudo bem? Catarina está em segurança?

– Ocorreu um pequeno imprevisto com o carro.

– Onde você estão?

Chego no local onde o carro estava e vejo-o em chamas.

– Puta que pariu. – Digo

– É, foi a mesma coisa que eu disse. – Catarina diz da janela do carro preto que parou a alguns metros de mim.

Entro rapidamente no carro, dirigido por Filippo, e me sento ao lado de minha irmã no banco traseiro.

– Meu Deus! Está machucada? Aquele filho dá puta! Eu vou matar ele. – Procuro algum machucado ou qualquer coisa possa ter acontecido com ela. Há um pequeno arranhão no braço.

– Calma, Romeo. Estou bem. – Aperta meu braço para me passar confiança.

– O que aconteceu?

Filippo explica o que aconteceu no corredor do banheiro, e sobre como a filha do Don ajudou para que conseguissem sair vivos.

– Ela salvou minha vida. – Diz Catarina.

– Pode ter certeza que não foi por bondade, querida. Ninguém salva o inimigo com boas intenções.

– Não ouviu o que Filippo falou? – Diz, indignada. – Ela poderia muito bem ter deixado que o pai me matasse, mas não deixou.

– Ah, Catarina, pelo amor de Deus! Não seja ingênua, per dío. – Para evitar a briga que sei que virá após isso, me dirijo a Filippo. – Que merda foi aquela com o carro?

– Depois que saímos pela janela fomos na direção do carro que nos aguardava, assim como combinamos. Mas quando estávamos nos aproximando o carro explodiu.

Por isso que...

– Tudo faz sentido agora! Por isso ele ficava arrumando desculpas para conversamos sobre os termos "depois", "mais tarde", "Depois do jantar". Aquele filho da puta com certeza estava ganhando tempo para sabotar os carros.

– Como é que com tudo que está acontecendo com aqueles merdas russos, o cara ainda se importa mais em foder com a gente? Era muito melhor para ele se aliar a gente – Catarina afirma, e está correta.

– Por que os Russos interferem nos negócios. E nos ferimos o ego dele. Por décadas há Calábria tenta ser a maior máfia da Itália, e nos impedimos que isso aconteça. Somos o completo oposto de tudo que eles acreditam, mas tão poderosos quanto. E faz com que estejamos em primeiro lugar na lista de inimigos, podendo fazer com que deixe a dor de cabeça que a Rússia traz para resolver depois. – Digo.

SartariOnde histórias criam vida. Descubra agora