Capitulo 7

3.1K 301 57
                                    

— Sandro, pelo amor de Deus. Para de inventar, vamos almoçar na pensão — Eu tô aqui tem 10 minutos falando pra ele parar de inventar de querer que eu faça comida

— Tranquilo po, bora lá — Ele fez uma cara mas concordou

— Tá, vai lá comprar as coisas logo. Você só inventa cara — Falei me dando por vencida e levantando da cama

Ele cismou que quer comer camarão

— É né, pros' outros você faz comida. Pra mim que é bom nada, tranquilo po — Ele fez drama e eu olhei pra cara dele colocando colocando mão na cintura

— Já foi comprar? Desse tamanho fazendo drama — Falei e ele arqueou a sobrancelhas

— Tu é abusada né o filha da puta. Vamo lá comigo, não sei comprar essas coisas direito não. Vamos lá no mercado, não tem nada aí — Ele falou e eu fiquei olhando pra cara dele

— Eu já tenho nem roupa, ai você só inventa. Vamos fazer assim. A gente almoça lá na pensão, depois vamos no mercado fazer compra pra sua casa. E de noite eu faço janta pra você, tá bom? — Perguntei e ele ficou pensando mas assentiu

Eu me ajeitei e fomos na minha casa pegar roupa pra mim, nem sinal da Laís. Mandei mensagem pra ela e o Sandro mandou mensagem pro garoto também que eu pedi

Tomei um banho e me ajeitei rapidinho e fomos almoçar na pensão

Onde ele vai esses filhotes dele vem também, mereço

Ele perguntou se eles podia sentar com a gente pra comer e eu disse que sim né, oxi

— Para de caô, botou a coroa sem dente pra mamar no final que eu vi — O menino zoando o outro e eles rindo, e eu acabei rindo tambem

— Duvido, tu que pegou aquela pão careca xereca podre — O outro menino rebateu

— Olha o respeito, vocês não tão sozinho não — O Sandro falou e eles pararam de rir ficando sério

— Deixa eles, não se importa com isso não — Falei e ele só me olhou

Mas os meninos pararam e ficaram conversando com sobre outras coisas

— Tu não tem roupa direita não? Só esses pedaços de pano? — Ele perguntou me olhando. Eu estava com um conjuntinho uma saia colada e um crooped tomara que caia que aparecia minha marquinha

— Não, quer comprar pra mim? Eu aceito de bom grado — Falei debochando e ele negou virando o rosto

A comida chegou e todo mundo devorou. Acabamos rapidinho

— Que foi menino? Tá olhando o que? — Perguntei olhando os seguranças dele me olhando, e o Sandro olhou pra eles

— Não, nada... Com todo respeito mano, só fiquei assustado. Ela come mais que a gente — O menino falou e o Sandro riu

— Hm, tu não viu nada. Daqui a pouco ela quer comer mais. Pra onde vai isso aí que é um mistério  — Ele falou negando e me olhando

— Ih, vocês são demais. Eu hein, eu como mesmo. E se reclamar eu vou querer mais — Falei abusada

— Tem que ter três empregos parceiro, tá maluco — O garoto zoou e tudo mundo acabou rindo

A gente chegou no mercado, que era 24h. Vendia de tudo nesse mercado.

— Pega o carrinho aí — Falei pra ele que pegou e veio me seguindo

— Ih, toma isso aqui. Vou ficar carregando carrinho não — Ele me deu o carrinho e saiu andando na frente

RESILIÊNCIA  |M|Onde histórias criam vida. Descubra agora