Capitulo 24

2.5K 292 106
                                    

Dominick narrando

Baile tava gostosinho, aniversário do Sandro a favela estava cheia. Muita mulher também, uma mais montará que a outra.

— Nick tem maconha aí? — Iago perguntou e eu neguei

— Tu já foi melhor hein, vivia forte — Ele fez cara de nojo

— Se fuder viado — Dei dedo pra ele e rimos

— Olha tua amiga — A Thalita me cutucou e eu vi o Sandro com a tropa dele atrás e a Nicole de mãos dadas com o Be

— Coragem — Falei negando

Passa o pão que o diabo amassou com esse garoto, respeito nenhum por ela. Vive batendo e xingando ela de tudo pelo meio da rua...
Que ela consiga sair disso um dia.

— Cadê ela? — Revirei os olhos ouvindo a voz do Sandro

— Tá com a mãe da Thalita — Falei seca

— Olha essa garota lá Dominick, sabe que ela não fica com ninguém — Ele reclamou

— Ela já tá até dormindo Sandro, o Brayan tá lá também — Falei e ele assentiu passando por mim e me trombando, cheiro dele ficou.

— Me leva logo — Falei e ele riu

Corno, ridículo

— Insuportável esse Sandro — Falei negando

— E você ama ele mona, se manca — O Iago falou e eu neguei

— Para Dominick, todo mundo sabe que vocês ainda se gosta. fica um implicando com o outro — A Thalita começou também

— Ih porra, começou? Vou voltar pra casa — Falei e eles rapidinho pararam

Ih, chatice sempre a mesma coisa.

Meu casamento com ele não deu certo e pronto, ninguém vive só de amor não.

Só sei que desceram vários baseados fumei uns 3 seguidos, estava numa onda muito braba

.....

Doca narrando

Bagulho tava de verdade, cheio pra caralho. Muito bandido, muita mulher. Que isso.

— Parabéns paizão, prosperidade — Um mano de outra favela apertou minha mão

Apertei a mão já de um monte de gente, já tava com a mão doendo já e cheio de bactéria

Mas o bagulho é esse, tudo tranquilo. No fim quase tudo deu certo.

Minha boneca tá aí na pista. Minha casa não caiu, pelo contrário só prosperou. Só meu lar que desmoronou, mas é aquilo. Não dá pra ter tudo. E eu sabia que no fim ia sobre alguma coisa. Mas não me arrependo de tudo que fiz não. Só de ver as duas bem, com saúde e com dinheiro pra se amanhã ou depois eu morrer eu tô tranquilo.

Mudaria algumas coisas, mas faria tudo de novo. Penei sozinho pra deixar essa favela no eixo. Penei sozinho pra reconstruir aliança, pagamento, armamento, droga, segurança. Só eu sei o que eu passei, a pilha que eu fiquei então ninguém pode me julgar pelas escolhas que eu fiz não.

Queria ver se estivessem no meu lugar, se conseguiria conciliar primeiro casamento, ser novo dono de favela, guerra, e administrar tudo do zero. Não tem como, não bate.

SÓ O GRITO DAS PIRANHA QUE VÊ A TROPA DO DOCA E NÃO SE CONTROLA

— Valeu doca, feliz aniversário — o Dj mandou um salve

Quando ela vê a tropa ela não se controla 🎶

Porra ele soltou a braba, balancei só a cintura que tava pesada

RESILIÊNCIA  |M|Onde histórias criam vida. Descubra agora