O casamento.

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Depois daquele dia tudo foi uma correria, voltamos das férias, ele conversou com a agência sobre nosso casamento e estavam resolvendo como soltaria isso para a mídia, enquanto a mim? Eu visitava o Taemoo com frequência no orfanato, tinha conversado com a agente social e ela me explicou para dar início ao processo de adoção depois do casamento. Então eu e Kim resolvemos adiantar o nosso casamento no civil e dar logo a entrada na adoção, mas antes de tudo nós dois conversamos com os pais dele, não queria casar sem a benção deles.

E para a minha sorte a mãe dele me adorava, sempre dizia quando me encontrava que queria uma nora igual a mim, depois de assumir nosso romance para eles, ela confessou que já sabia do interesse dele por mim, o pai dele também não viu problema em nosso casamento, enfim a gente ia casar. Casamos no civil na semana seguinte e demos entrada nos papéis da adoção duas semanas depois, agora só restaria a cerimônia e isso estava me deixando uma pilha de nervos.

Ele viu o meu nervosismo e me ajudou a escolher tudo para a cerimônia, sua mãe também ajudou muito e isso me deixou um pouco aliviada, mas só de pensar em ter que entrar vestida de noiva e ficar sendo observada por todo mundo me deixava nervosa. E para piorar, descobriram do nosso casamento antes da agência soltar a notícia, tive que me mudar às pressas para a casa do Kim, lá a segurança era reforçada e eu não queria deixar ele sozinho, por mas que eu fosse o alvo das ameaças dessa vez, a segurança dele era a minha prioridade, eu não conseguia deixar de ser a protetora dele, era costume, e nunca mais o deixaria sozinho, afinal ele é o meu marido agora.

Era o grande dia, tinha acabado de fazer o cabelo e a maquiagem, só faltava me vestir, olhei para o vestido no cabide, ele era simples e sofisticado ao mesmo tempo, Kim escolheu ele pelo meu corpo, falou que eu tenho um corpo definido e com curvas, ficaria lindo, e não posso deixar de discordar, quando vesti ele pela primeira vez fiquei admirada com a beleza do tecido em minha pele. Ele era de seda, com corte reto no busto e as costas um pouco a mostra, era branco neve, e descia até o chão deixando uma cauda atrás, meu cabelo estava preso em um coque frouxo com alguns fios caídos, e uma flor presa ao lado do cabelo, não usaria véu, queria ser simples sem muito enfeite.

Já estava nervosa e ao me olhar no espelho quis chorar, nunca me senti tão linda como agora, para completar meu filho entra de terninho branco, tinha conseguido a licença para ter ele na festa hoje e ele entraria comigo. Estava a coisa mais fofa, seu cabelinho arrumado, o terninho branco e um colete cinza, queria guardar ele num potinho de tão precioso que estava.

– A nuna tá parecendo uma princesa - sorria com a mão na boca.

– Quer ser meu príncipe hoje? - estendi a mão e ele pegou.

Saímos do salão e entramos no carro que estava à nossa espera, vi o nosso segurança, ele acenou para nós e andamos até o lado de fora, estava tudo normal até vim uma van a toda velocidade e sair três homens de preto armados, deram uma coronhada na cabeça do meu segurança e me pegaram pelo braço, eu ia me soltar e partir pra cima deles quando vi o Taemoo sendo pego também, meu coração apertou, não podia revidar, eles iriam fazer mau ao meu filho.

Entramos na van com ela partindo rápido, tentei chegar perto do Tata mas me seguraram, amarraram meus braços, deviam saber que sou treinada, mas como? Isso era segredo.

– Porque estão fazendo isso? - perguntei calma, não podia me rebelar, a vida do meu pequeno estava em jogo também.

– Fique quieta ou machuco a criança - me calei de imediato.

Colocaram um capuz preto em minha cabeça e escutei o Tata chorar, pedi para deixar ele comigo que ele ficaria quieto, e assim fizeram, mesmo com a capuz e os braços amarrados consolei meu filho, encostei a cabeça na dele e disse baixinho para ficar quietinho, ele logo se acalmou e ficou sentado no meu colo abraçado em meu pescoço. Não sei o que aconteceu, só lembro de sentir um cheiro estranho e cair no sono, acordei, estava com a perna presa em uma corrente, jogada em uma cama, levantei rápido procurando meu filho e ele estava ao meu lado, respirei aliviada, pelo menos ele estava bem, por hora, é agora que começava a parte difícil, como vou tirar a gente daqui? E quem? Quem que nos sequestrou?

Quando é segurança dele.Onde histórias criam vida. Descubra agora