🌹OL: 15🌹

112 10 6
                                    


  Em um domingo tortuoso na casa das majestades, um sentimento de desconforto transbordava pelo ambiente.
  Severus tomava seu café da manhã quieto em seu canto, sentindo o conforto de estar sozinho até Lídia decidir aparecer.

  Faziam dias incontáveis que ela era hóspede do palácio, as escondidas, os empregados reclamavam do comportamento impiedoso da jovem mulher.

  Severus sabia que a jovem dama não era flor que se cheirasse, a conhecia desde a infância, e por ser filha de um homem que era amigo de seu pai, não duvidava que ninguém da família da mulher prestasse.
  Ele não dera chance alguma dela se aproximar desde que chegara, sabia que ela tentaria, então fugia o máximo que pudia, contudo, aquele momento ele tinha certeza que não teria escolha.

— Bom dia Severus. — disse seca, odiava o chamar daquela forma, mais ele a repreendera por chamá-lo pelo apelido que o dera.

— Bom dia!

  Não precisava ser inteligente para saber que Snape não iria falar nada naquele momento, seu simples e seco bom dia já bastava para que ela entendesse que ele não queria conversa, porém ela sabia bem como o tirar do sério.

  Enquanto se servia da refeição posta a mesa, ela pôs a falar:

— A senhorita Granger parece ser uma jovem estonteante. — comentou de forma simples. — Está a cortejando?

  Severus não pretendia responder nenhuma pergunta que ela fizesse sobre Hermione, mais queria mesmo saber onde  aquele assunto levaria.

— Creio que é mais do que óbvio que estou a cortejando. Mas não vejo motivos para que isso seja de sua conta.

— Ah não? Pois bem, deixe-me refrescar sua memória Severus. Ou não se lembra do acordo que nossos pais fizeram?

— Qual? Aquele em que eles trocaram terrenos, dotes e trataram um acordo de junção de dinheiro e famílias contanto que os filhos se casem? Me desculpe, mas não me lembro de ter concordado com tal situação.

— Nossos pais juntaram posses, ergueram basicamente um império, depois que o meu pai morreu o seu desfrutou de toda a fortuna que o meu ajudou a conquistar, agora esta fortuna lhe pertence, e eu por ser mulher não tenho direito de tomar conta de minhas coisas. Eu quero o que é meu. E isso incluí você.

  Uma gargalhada sem ânimo saiu dos lábios de Severus, ele não podia acreditar no que ela dizia, só podia estar louca.

— Se é dinheiro o que quer, não vejo motivos para lhe dar, afinal, não tive participação nesta loucura que Tobias e seu pai criaram, mais jamais ouse em pensar que eu farei parte deste pacote.

— Você foi prometido a mim desde criança. — disse grossamente. — Eu te amei desde então.... Agora você terá de honrar a palavra de seu pai.

— Tobias não prestava mesmo não é? Sempre pensando somente em si e esquecendo das pessoas a sua volta. Mas deixe me lembra-la senhorita. Ele não me considerava seu filho. Então não tenho nenhum compromisso com a senhorita ou o que seja lá o que ele tenha prometido.

— Ah mais terá sim.

— Ou o que? Espero que isso não seja uma ameaça.

— Pode acreditar que é. Você não me conhece, não verdadeiramente. Eu quero o que por direito é meu, e se você não está incluso, creio que não estará para mais ninguém. Ou melhor, ninguém estará para você.

— Não ouse me ameaçar ou ameaçar a senhorita Granger. — esmurrou a mesa se levantando num rugido alto.

— Cumpra o seu dever, e verei se pensarei em seu caso. Acho que a garota não irá gostar nada de saber que é comprometido com outra mulher.

𝙾𝚖𝚎𝚗𝚜 𝚘𝚏 𝙻𝚘𝚟𝚎.Onde histórias criam vida. Descubra agora