4. Quando não escolhi você...

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Era o grande feriado de 4 de julho, todos da universidade estavam contentes em viajar com os amigos, namorados ou apenas os familiares.

E eu, tudo o que queria era ver minha mãe.

Infelizmente, por ser enfermeira, ela estava em um plantão naquele feriado, voltando para casa apenas no domingo à noite. E eu não queria incomoda-la. Logo, quando Meredith trouxe a oportunidade de viajarmos para a casa de praia de seus pais, eu só pude agradecer. Afinal, eu teria praia e tempo para colocar alguns textos em dia, para que assim, não levasse tanta bomba quando as provas chegassem.

Christian e eu nunca tínhamos conversado sobre o dia da festa, onde beijei Mason. Mas pela forma como ele olhava para Mason toda vez que este passava ou falava comigo, deixava claro seu ódio por ele. E, de certa forma, Mason gostava daquilo.

Mesmo que seu percurso fosse longe de nossa mesa, ele sempre aparecia e falava comigo, depositando um beijo na minha cabeça. E o fato de ser tão gentil, fez com que nós dois nos aproximássemos. Não de forma romântica, mas com uma amizade ali.

E o fato de Meredith estar saindo com Eddie, reforçava isso.

Então, agora, Mason dirigia todo contente, com o som nas alturas do carro, tocando Losing My Religion em todos pulmões. Eu não consegui não rir, estava sentada ao seu lado, no carona, acompanhando a letra miseravelmente. Christian estava no banco de trás, com os braços cruzados como uma criança e Mia ao seu lado, lendo um livro sobre sonhos.

Mia Rinaldi, definitivamente, havia se juntado ao bando, mesmo depois de sua conversa triste com Christian sobre o quão idiota ele vinha sendo comigo e com ela. Mas ela estava lidando bem com aquilo. Ela era sempre bem-vinda, até mesmo por Christian.

E, em alguns momentos, eu me perguntava se os dois ainda estavam trocando mensagens e aos beijos pelos cantos. Eu balancei minha cabeça, espantando aqueles pensamentos. Eu não me preocuparia com alguém que me via como uma irmã. Não desse jeito.

Meredith e Eddie estavam no outro carro, o que me trazia dúvidas sobre o porquê de Christian vir no mesmo carro que a gente, talvez por petulância e desejo de se intrometer em uma suposta investida de Mase.

A mão de Mase alcançou a minha, sobre meu colo, apertando-a levemente enquanto ele cantava alto a música. Eu sorri, retribuindo o aperto.

– Não vejo a hora de chegar – Christian reclamou do fundo. Minha atenção foi até ele através do retrovisor do carro. Ele tinha sua boca em uma linha petulante. Eu sorri.

– Eu não sei onde fica, talvez Mase só esteja nos levando para jogar nossos corpos na praia – Mia disse, de forma divertida. Ela estava adorando toda aquela situação afinal.

– Eu, com certeza, tenho ótimos planos para a desova do corpo de vocês dois, mas o de Rose, tenho outros planos – Mase disse, piscando para mim. Eu corei instantaneamente, o que fez Mia e Mase rirem alto.

– Oh, pelo amor de Deus! Esperem até não ter ninguém por perto! – Christian exclamou.

– Se depender de Mason, acho que não vai ser o suficiente – eu retruquei, de forma divertida, me entregando à brincadeira. E aquilo fez com que algo borbulhasse dentro de mim, algo ansioso.

Eu não havia chegado no nível mais avançado em um relacionamento com ninguém. Na realidade, Mase e eu não tínhamos uma relação verdadeira. Talvez, ele só fizesse aquilo para que eu fosse mais valorizada por Christian ou apenas para que eu esquecesse ele. Afinal, o garoto sentado ao meu lado sabia bem os tipos de sentimentos que eu tinha pelo garoto sentado no banco de trás do carro, que me encarava pelo retrovisor, com olhos indecifráveis.

Com Amor, Rose...Onde histórias criam vida. Descubra agora