THUNDER (Novas Espécies)

Capítulo 2 - Desejos

CAPÍTULO 2

POV THUNDER

5 anos antes

-É isso que você é apenas um animal - Eles diziam quando me jogavam na minha cela, em cima do colchão fino e gelado

Estou sem camiseta, vestindo apenas uma calça rasgada. Estou trancado nessa cela mais uma vez, as vezes a noite penso que deve existir outra vida em outro lugar, mas eu não aguento mais essa vida de testes e humilhações.

Sou uma cobaia de testes de medicamentos, sou mais forte e resisto a diversos tipos de drogas. As vezes divido a cela com outros NE, mas na sua grande maioria não. Sou canino, sei que tem felinos e já encontrei um primata, uma vez, vivo aqui desde sempre e imagino que isso não vai mudar.

Uma explosão se faz ouvir, começo a chacoalhar as grades e os alarmes soarem, so vejo uma fumaça entrando pelas frestas e sei que esse é o meu fim.

DIAS ATUAIS

São 17:00h estou quase entregando o meu turno para os outros guardas, mas sei que dia é hoje, hoje faz 5 anos que fui liberto e vi a noite pela primeira vez, por isso escolhi meu nome Thunder ou trovão, tanto pela minha voz grossa, como pelos trovões e raios que podiam ser ouvidos de longe no céu.

- E aí cara, vai no bar hoje- disse Book, gosto desse macho, não estávamos na mesma instalação, mas fomos libertos e nos adaptamos no mesmo período – Eu estou louco para compartilhar sexo.

- Não sei Book, estou cansado hoje – Como eu vou explicar para o meu amigo que o que eu procuro não está lá – Mas eu vou pensar com carinho.

- Que história é essa de carinho – ele disse em um clima leve.

- Você quem disse que estava procurando alguém para compartilhar sexo – Ri em uma gargalhada, que chegou a subir e descer o meu tórax.

- Você anda muito engraçadinho – ele disse em tom de brincadeira – eu sempre estou procurando compartilhar sexo, enquanto não acho a minha fêmea, minha companheira e quero que ela seja humana.

Diferente de Book eu não conto para ninguém o meu desejo secreto de ter uma companheira, uma fêmea e não falo que desejo que ela seja humana. Quando sai estava tão revoltado que apenas rosnava para qualquer humano e teve uma situação que acabei fazendo isso para uma companheira acasalada, e iniciei uma briga enorme com o macho dela.

Eu não sabia que NE podiam ter companheiras e nem que eram compatíveis. Depois em explicaram e eu disse em bom tom que nunca teria uma companheira humana, mas isso durou apenas até eu ver um dos filhotes, eles são tão lindo, tão maravilhosos e me imaginei vivendo aquele momento, me imaginei tendo um filhote e isso só seria possível com uma companheira humana.

- Vou pensar nos seu caso Book- digo sem prestar muita atenção enquanto caminhamos para o Jipe.

- Que pensar no meu caso, você vai – ele diz com toda a convicção que apenas ele pode ter – passo as 20:00h no seu apartamento, esteja pronto.

Me despeço dele assim que chegamos ao alojamento, vou para os elevadores que me levam para o meu andar. Pela janela do meu pequeno, mas organizado apartamento posso ver uma parte de uma floresta e outros prédios de Homeland e ainda penso em minha cabeça – será que minha fêmea está em algum lugar me esperando.

O meu celular toca e é Fury, marcando uma reunião para amanhã bem cedo em sua sala, me diz algo sobre mudanças no trabalho apenas concordo, mas sinto uma pouco ansioso não sei porque, mas vou tomar um banho e me trocar logo Book estará aqui para me chamar.

Talvez amanhã seja um novo dia.

Pov MEG

Um mês antes

- Oi linda, está doente? O que aconteceu – Pergunta Paul, parecendo realmente atencioso e que se preocupa comigo.

- O QUE ACONTECEU – já digo totalmente alterada – Eu já sei de tudo, na verdade eu vi tudo, sei que você tem outra pessoa, e que você estava me traindo com ela eu vi – digo com lágrimas nos olhos.

- Eu não queria que nosso fim fosse assim, mas não tem uma maneira fácil de fazer isso, então lá vai – disse se sentando no nosso sofá – Eu estou sim com a Brenda e na verdade, eu estou é traindo ela com você, meus pais a amam e aceitaram, ela é filha de um casal de amigos do meu pai e nos já namoramos, depois ela foi afzer uma especialização na Alemanha e nos afastamos – ele diz isso em apenas um folego.

- Eu gosto de você, mas essa coisa entre nós nunca daria certo – ele diz – eu nunca pensei em realmente casar com você ou te dar o meu sobrenome, você foi apenas um caso de sexo gostoso e que foi ficando, ficando e ficando, eu realmente não queria continuar com você, apenas fiquei por pena e dó.

Eu já não sei mais o que falar eu apenas existo.

- Nos estamos há 2 anos- Digo completamente alterada – 2 malditos anos e você e diz que está apenas comigo por pena e por dó? È isso que tem para me dizer.

- Exatamente – Paul diz com a maior cara de pau – Não vou nem pedir desculpa, porque acho que não cabe isso, mas é verdade, você é um sexo bom, mas não posso tornar uma qualquer, sem sobrenome como minha esposa – ele diz – sou um médico de renome, famoso e ainda vou crescer muito.

- é apenas isso que você tem para me dizer, depois de me humilhar e me tratar como um nada- pergunto, e o pior vem agora.

- Não – ele diz – O aluguel deste mês está pago, você tem até o final do mês para deixar o apartamento, vou deixar um valor para você pagar as despesas desse mês e comprar comida e acho que você vai ter que procurar um novo emprego – ele diz – o tio de Brenda é o dono do hospital, ela é muito ciumenta e não vai permitir que eu tenha um ex casinho, trabalhando lá, já que vamos no casar no começo da Primavera.

Era realmente o que faltava para me destruir, e agora?