23 de maio de 2020 - Atlanta, Geórgia
Hailey p.o.v.Sai andando entre as pessoas e senti vários olhos sobre mim, a maioria homens. A roupa e a peruca usadas na performance tinham sido substituídas por um mini dress preto e o meu próprio cabelo solto.
Cheguei ao bar e me sentei no mesmo lugar em que conheci o homem loiro que eu estava procurando, pedi um drink e antes mesmo que ele ficasse pronto, senti duas mãos na minha cintura.
— Parece que alguém aqui não brinca em serviço — Ele sussurrou no meu ouvido.
Senti o meu corpo todo se arrepiar e lutei contra a vontade de me virar. O Justin saiu de trás de mim e se sentou no banco ao meu lado, o sorriso sagaz presente.
— Aproveitei o show? — Perguntei com uma falsa inocência, dando um gole do meu drink.
— Acabei de virar o seu fã número um — Brincou, piscando para mim — Queria saber quando vou conseguir um show particular.
Soltei uma risada abafada, não demorou muito para ele botar as garras para fora.
— Achei que tivesse sido clara sobre a parte de não tirar a roupa por dinheiro.
— Eu não falei nada sobre dinheiro — Levantou uma sobrancelha e abriu ainda mais o sorriso.
O cafajeste não refutou a parte de tirar a roupa, mas é claro que não.
— Você se acha muito, Bieber.
Deu de ombros, a pose relaxada e arrogante ao mesmo tempo.
— Não se pode culpar um homem por tentar a sorte — Respondeu.
Observei ele beber o uísque e vi os músculos tensionarem quando ele levou o copo a boca, aquilo desviou a minha atenção rapidamente. Atrás dele, vi o grupo de amigos reunidos na mesa de sempre, rodeado por seguranças à paisana que eu notava apenas pelo meu olhar muito bem treinado.
Está na hora da primeira jogada.
— O Drake está com os seus amigos? — Perguntei casualmente, vendo os seus olhos me avaliarem — Eu queria dançar um pouco, mas não queria ir sozinha — Continuei, fingindo inocência — Ele foi um bom parceiro na outra noite.
Foi só por causa do bom treinamento que eu tive no FBI que eu não ri naquele momento. O homens são naturalmente territoriais, mas os homens da máfia ou de organizações criminosas são ainda piores. Quando existe o desejo ou fetiche sobre alguém, eles viram predadores e querem defender o que querem a todo custo.
Provocar o Justin com a citação do amigo, que ele sabe que eu já me envolvi, fez com que todo o desejo dele sobre mim se acenda e faça com que ele precise demonstrar superioridade. Absolutamente previsível e manipulável.
O maxilar travado dele foi um grande sinal de que eu estou indo na direção certa ao provocá-lo, fazendo com que ele queira o que não tem.
— Não se preocupe, Kath — Ele se levantou e se aproximou de mim, me puxando pela cintura e fazendo com que eu escorregue do banco — Eu vou ser o seu parceiro essa noite.
Não consegui sorrir pela conquista. A voz dele estava grave e baixa, causando um efeito que não devia no meu corpo. Por um segundo, eu fiquei sem reação e esqueci que aquele era o meu objetivo. Pareceu que ele tinha vencido a rodada, e não eu.
Me recuperei depois de alguns segundos e concordei com a cabeça, o deixando me levar até a área inferior e depois nós entramos no meio da multidão.
Algum remix qualquer começou a tocar e as suas mãos foram até a minha cintura, guiando um ritmo que acompanhava a música. Justin e eu começamos a dançar e eu deixei o momento me levar, dando o meu melhor e usando do corpo musculoso como um acessório para a minha dança.
Em algum momento, ele me virou e me fez dançar olhando para os seus olhos. O seu cabelo já estava molhado de suor e, em um movimento fodidamente sexy, ele o penteou para trás, liberando o rosto para uma visão completa.
Nós dois já estávamos suados após três músicas seguidas, o ritmo parecia fluir entre nós dois e eu sabia que ele estava no limite, eu conseguia até ver.
— É melhor você parar de olhar, ou vamos ter um problema — Ele falou para mim, trincando os dentes e me puxando para perto.
— Eu não estou olhando — Menti, eu estava.
Ele sorriu abertamente e gargalhou no meu ouvido, se enterrando no meu pescoço antes que eu conseguisse reagir.
— Então como sabe sobre o que eu tô falando? — Travei, ele tinha me pegado nessa — Você faz de propósito, não é?
Me afastei o máximo que eu pude e voltei a encarar ele.
— Faço o quê?
Mais um sorriso sacana.
— Me provoca e depois finge que nada aconteceu. Ou então vai embora e me deixa com vontade — Mordi o lábio, como se tivesse sido pega em flagrante — E depois aparece, falando coisas que me deixam sem palavras ou dançando de um jeito que me faz perder o fôlego — Ele aproximou o rosto do meu e apenas centímetros nos afastam agora, a última frase foi sussurrada sobre a minha boca — Você me intriga de um jeito que me deixa louco.
Isso, era isso o que eu queria.
Sorri, vitoriosa, e recuei um pouco. Passei a língua entre os lábios e senti o aperto dele na minha cintura, esperando por uma resposta ou atitude minha. Resolvi fazer exatamente o que o deixava louco.
— Eu estou com sede, vou pegar um drink — E sai andando até a área superior, vendo ele me observar de boca aberta.
Ponto para mim.
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digital lover
FanfictionRickthesizzler é um dos hackers mais procurados pelo FBI, ele também é a nova missão da agente Baldwin, que deve atrair e capturar o criminoso. Porém, a interação pode ser perigosa para ambos... segredos, amor, crime e traições vão mover essa jornad...