No presente momento, eu olhava pela milionésima vez o meu guarda-roupa enorme que cabia eu dentro. As roupas eram lindas, mas tinham muitos panos de baixo indecentes, nada da minha casa tinha vindo comigo, e eu não tinha contato com minha mãe para pedir a ela. Eu tentei usar aquelas peças íntimas, mas eram pequenas e indecentes, a peça de baixo ficava entrando no meu bumbum e incomodava, então desisti de usá-las. Haviam muitos vestidos exatamente do meu tamanho, como saias e blusas elegantes, também muitos saltos e poucas sapatilhas.
Eu dormia sozinha em uma cama grande e em um quarto igualmente grande e bonito, tudo era muito delicado e aconchegante. A Raira, que era uma senhora que trabalhava para Maxuel, tinha virado uma amiga e confidente, eu passei a confiar nela por sentir que era uma boa pessoa. Ela cuidava de mim, me ajudava a escolher uma roupa e ficava comigo no quarto enquanto eu comia. Maxuel tinha deixado eu comer no quarto, na verdade ele me deu as duas opções e eu escolhi comer no quarto, não nos víamos desde o casamento, tudo ele passava para Raira me falar. Ela dizia que ele perguntava se eu estava bem e se estava me alimentando, também pedia para eu avisá-la se precisasse de algo.
— Ele disse que você pode andar pela casa e pelo jardim também. Como estão casados, essa casa também é sua — Raira comentou comigo, no terceiro dia em que eu estava na casa de Maxuel e casada com ele.
— Me sinto uma intrusa aqui — eu disse a ela, sentada em minha cama e puxando um fiapo solto do meu short de dormir.
— É assim mesmo, uma hora você vai se acostumar — ela sorriu, amorosa, me lembrava muito a minha mãe, só que ela era ainda mais doce e sincera.
— Quantos anos ele tem?
— O senhor Caltton?
— Sim.
— Ele tem 33 anos, mas nem parece, não é? Ele é muito jovem e bonitão, a senhora é uma mulher de sorte!
— Não me chame de senhora, Raira, só tenho 19 anos.
— É assim que chamamos uma mulher casa... — ela não terminou a frase pois tinha sido interrompida por uma batida na porta.
— Pode entrar — eu disse. Raira tinha me ensinado que eu tinha que permitir que alguém entrasse no meu quarto, se fosse o meu desejo. Mas eu nem estava na minha casa, sentia que a qualquer momento voltaria para o velho quarto da minha pequena casa.
Raira e eu ficamos surpresa ao ver o Maxuel entrar no meu quarto, ele pediu licença para sua funcionária, que logo saiu do quarto, nos deixando a sós. Eu puxei o lençol até o pescoço e fiquei esperando para ouvir o que ele tinha a dizer.
— Você vai dormir comigo a partir de hoje — ele falou de uma vez, sem enrolar. Sua roupa estava um pouco fora do lugar, o casaco aberto e a gravata, acho que chamavam assim, estava em volta de seus ombros, uma ponta de cada lado.
— Por que? — eu estava bem dormindo sozinha, como vinha fazendo a minha vida inteira.
— Porque é a minha esposa agora e não quero que ninguém fique falando ou pense o contrário.
— Entendi — eu engoli em seco, o que poderia dizer? Tecnicamente, eu pertencia a ele agora, estávamos em um comprisso igual era com os meus pais.
— Venha — ele esticou a mão e eu hesitei bastante antes de pegá-la e sair da cama, Maxuel me olhou da cabeça aos pés e depois me levou para o seu quarto. A casa dele era muito bonita, mas os corredores eram vazios e frios, me perguntei se o restante da casa seria assim também.
— Só tem uma cama? — eu reparei logo que entramos no quarto e ele fechou a porta.
— Sim, você não entende o conceito de casados? — ele tirou a gravata e o casaco. Dei dois passos pra trás, provavelmente seria agora que ele me tocaria, eu temia por esse momento.
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CASTIDADE [DEGUSTAÇÃO]
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