uma festa e uma musica sobre uma garota

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POV: Percy

Ele estava terrivelmente entediado. Não é como se esperasse que tivesse muito o que fazer em uma quarta-feira à noite num colégio mas tudo parecia tão calmo que chegava a ser preocupante.

   Então, como qualquer ser humano sensato nessa situação desesperadora, prontamente decidiu ouvir a seus discos ridiculamente gastos enquanto finge que tinha a pretensão de arrumar seu quarto.

Começou por: rebel rebel do Bowie, depois should i stay or should i go do the clash, depois bad reputation e depois...ah, dá para ter uma ideia. (claro, era incomum um garoto de 15 anos querer ouvir discos de vinil, porem ele adorava como soava e estava longe de ter dinheiro o suficiente para um comprar um discman)

"já está muito tarde para tocar, já está muito tarde para tocar, já está muito tarde para tocar... ah! esquece!" foi o que passou em sua cabeça antes de se levantar para pegar sua guitarra.

Sabia perfeitamente bem que não tinha a mínima força de vontade para se impedir de fazer qualquer coisa quando estava inspirado, então aproveitou que já estava de pé e também pegou um refrigerante juntamente com um bloco de notas. o que significava que ficaria ali por um bom tempo.

O moreno logo estava dedilhando as cordas de seu instrumento enquanto cantarolava tentando achar o tom da música, Vienna do Billy joel nesse caso. Por algum motivo a letra lhe lembrou um pouco de Annie... o que era completamente ridículo considerando que mal conhecia a menina! mas... talvez... devesse escrever algo parecido.

"the girl with the old bed sheets filled with memories of lives she never lived.

in a house that was never hers, with pictures of someone she's never met

so wise but so desperate for someone see her as such

maybe one day she will realize that she has an ambition too big for her own strength of mind." - "Não era tão ruim" pensou. depois de passar 2 horas bolando e rabiscando os versos.
(N.A. tradução nas notas finais)

Percy estava em estase, era a primeira vez que tinha um espaço tão grande só para si, podia tocar o quão alto quisesse e nenhuma única alma viva reclamaria. No final do seu surto de criatividade ele estava: dopado de coca cola, com seus dedos em carne viva e estava suado fazendo com que seu cabelo levemente comprido grudasse em sua testa.

(N.A sim eu fiz o Percy ser um cabeludinho guitarrista, me processem)

    Seu telefone tocou, ele se levantou para atender tirando suas mechas da frente dos olhos.

"ham... alô?" o som era um pouco chiado.

"alô? quem é?"

"sou eu o Grover. lembra? eu li aquele documento para você, seu número estav..."

"menino bode! diga-me: a o que devo a honra de sua ligação?" - o garoto dos olhos verdes sorriu expondo suas covinhas.

"ham... primeiramente desculpa te acordar..." - o universitário estava claramente nervoso, mal sabia que seu amigo nunca nem havia ido dormir. - "...e que você meio que deu a intender que poderia me ajudar no futuro e... eu preciso que venha a uma festa!"

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