Como ele podia sentir aquela incrível atração por Kushina quando a detestava?, Minato perguntou-se furiosamente. Seu cérebro reconhecia que ela era imoral, mas seu corpo reagia à fragrância delicada do perfume dela. Por que não conseguia tirar os olhos daqueles lábios carnudos e tentadores? Seu desejo por Kushina era uma complicação inesperada que o preenchia com auto-desgosto, mas nenhuma quantidade de racionalização conseguia diminuir a força de seu desejo de tomar-lhe a boca na sua.
Minato ia beijá-la. Kushina viu a intenção nos olhos azuis antes que ele abaixasse a cabeça, e ficou atônita ao perceber que queria ser beijada por ele. Minato acreditava que ela dormira com o marido de Ikumi e deixara claro o que pensava a seu respeito, mas, por razões que ela não podia entender, esperou, com o coração disparado, que ele clamasse por sua boca.
O primeiro roçar dos lábios dele a fez tremer, mas o orgulho de Kushina veio em seu resgate, e ela manteve a boca fechada, lutando contra a enorme tentação de corresponder. Se cedesse, apenas confirmaria a crença de Minato de que era a mulher imoral que ele a acusara de ser.
Mas reconhecera a química sexual entre os dois na galeria de arte, e agora esta química estava saindo de controle, consumindo ambos. Ele pegou-lhe a mão e ajudou-a a se levantar. Agora eles
estavam muito perto, e, embora não se tocassem, seus sentidos, inflamados pelo calor que emanava do corpo másculo, a fizeram desejar que Minato a abraçasse e fechasse espaço entre os dois.
Os lábios dele se tornaram mais firmes e mais insistentes, e, incapaz de continuar resistindo, ela abriu a boca. Minato imediatamente inseriu a língua e iniciou a exploração com incrível erotismo, enquanto a abraçava pela cintura e a pressionava contra o corpo sólido.
A paixão dele era diferente de tudo o que ela experimentara antes, e Kushina se esqueceu de onde estava, esqueceu que ele era o dono de Vantage Investments e que tinha se recusado a salvar Uzumaki Gems da falência. Só tinha ciência dele, do beijo erótico e maravilhoso.
Estava ciente do calor entre as pernas e da prova da excitação masculina pressionada contra sua barriga. Com um gemido, levou as mãos aos ombros largos. Teria lhe circulado o pescoço, mas Minato interrompeu o beijo abruptamente e afastou-se, olhando-a com desdém.— Qual é o problema, Kushina? Hizashi recuperou o bom-senso e dispensou-a em favor da esposa? Certamente você não vai me achar um bom substituto para aliviar suas frustrações sexuais, quando só sente atração por homens casados? — provocou ele, o tom repleto de sarcasmo.
Agindo puramente por impulso, Kushina ergueu uma das mãos e o esbofeteou.
— Seu cretino arrogante! — exclamou ela, tremendo de raiva e humilhação. — Você me beijou. O que estava tentando fazer... provar que é irresistível?
— Eu certamente provei alguma coisa. — Minato atravessou a sala, inclinou o quadril contra a mesa, cruzando os braços contra o peito numa postura indolente. — A química sexual entre nós é potente e inexplicável, e admito que a beijei por estar curioso em ver qual seria sua reação. — Ele
estreitou os olhos. — Bata em mim novamente e prometo que vai se arrepender.Kushina olhou para a marca vermelha no rosto dele e sentiu-se envergonhada por seu comportamento violento. Nunca tinha batido num ser humano em sua vida, mesmo que Minato tivesse
merecido o tapa.
Ele a estudou, imaginando se as lágrimas brilhando nos cílios bonitos eram destinadas a fazê-lo sentir remorso ou piedade. Minato não sentia nenhuma das duas coisas. Ela merecia perder sua companhia, e nem assim sofreria uma fração do trauma que sua irmã tinha sofrido.
Ele havia planejado a ruína de Kushina durante os dias e noites que passara ao lado da cama de Ikumi, esperando que ela recuperasse a consciência. Minato, que nunca temera nada antes, que tinha saído da pobreza para conquistar o auge do sucesso, temera perder a única pessoa no mundo que
verdadeiramente amava. Agora, Ikumi estava fora de perigo, se recuperando lentamente, mas ele nunca esqueceria o acidente que quase lhe tirara a vida... e não perdoaria as duas pessoas responsáveis por isso.
Na atual crise financeira, Kushina nunca encontraria outro comprador para Uzumaki Gems. Mas nem tudo saíra conforme seus planos, pensou com irritação. Não podia se lembrar da última vez que desejara tanto uma mulher como desejava Kushina, e isso o enfurecia. Sabia que ela era uma mulher igual à amante de seu pai, entretanto se consumia com o desejo de possuí-la.
Talvez devesse obter o que quisesse, pensou. Tinha planejado a vingança levando Kushina a acreditar que sua companhia compraria a Uzumaki Gems, e então retiraria sua oferta de apoio financeiro no último minuto. Não tinha interesse em salvar as três joalherias, mas aquelas lojas estavam
em excelentes localizações de Londres. A recessão alta significava que o mercado de imóveis estava em
baixa; ele sabia que Takuma Uzumaki havia tentado, sem sucesso, vender as lojas, e que agora os credores
estavam sem paciência, mas, quando a crise financeira acabasse, as lojas seriam investimentos lucrativos.
Minato sabia que seria um tolo se perdesse a oportunidade de enriquecer ainda mais... e sua vingança não seria mais doce se ele a tornasse pessoal? Comprar Uzumaki Gems salvaria Kushina de uma ruína financeira, mas ele exigiria o pagamento... em sua cama!
O silêncio aumentou os nervos de Kushina, e sua pele formigava sob o olhar intenso de Minato. Ela deveria reunir o que lhe restava de dignidade e sair dali.
Pegando a pasta do chão, virou-se em direção à porta.
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Orgulho & Lealdade
FanfictionSomente a vingança manterá aceso o fogo do desejo... Minato Namikaze observa a deslumbrante Kushina Uzumaki como um lobo à espreita de sua presa. Ela manchou o nome Namikaze e, por isso, será castigada... Firme e orgulhoso, Minato busca conquistar s...