Capitulo 09 - Penúltimo

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O mar estava chocantemente frio na pele quente de Kushina, mas ela continuou andando e mergulhou sob uma onda, de modo que as lágrimas se misturassem com a água salgada. Nadou até que estivesse sem fôlego, então boiou de costas e deixou que as ondas a carregassem. Quando pôs os pés no chão, viu que Minato não estava mais sentado na praia. Ela estreitou os olhos contra o sol, tentando avistá-lo, então arfou quando braços fortes subitamente se fecharam a seu redor.

— Você me assustou! — exclamou Kushina, empurrando-lhe o peito, tentando forçá-lo a liberá-la.

Mas ele meramente a abraçou com mais força, prendendo-a contra seu corpo traidor, que minava sua
determinação de resistir.

— Eu não posso — murmurou ele entrelaçando os dedos nos cabelos e abaixando a cabeça.

Minato capturou-lhe os lábios num beijo possessivo, fazendo-a se derreter instantaneamente.
Kushina de súbito descobriu que o chão do oceano não estava a seu alcance. Não tinha escolha senão agarrar-se a Minato para não cair. E, no momento em que curvou os braços ao redor do pescoço dele, soube que tinha perdido a batalha. Queria fazer amor com Minato, precisava disso. E, quando o beijou
de volta com fervorosa paixão e ouviu o gemido baixo dele, nada mais importava, exceto se entregar ao
momento presente.
Minato levou-a para o raso e deitou-a sobre a areia úmida, cobrindo-a com seu corpo. Kushina era como uma droga em seu sangue, e, como um viciado, ele não podia resistir a ela, pensou, fitando os olhos tão azuis e cristalinos quanto o mar.
O que havia sobre aquela mulher que o fazia desejar mais do que simples satisfação sexual? Já tinha sido um tolo antes, lembrou-se. Konan despedaçara seu coração e Minato jurara nunca mais se abrir para tal sofrimento. Pensara que se cansaria de Kushina com o tempo, e voltaria para sua vida
dominada por trabalho e sexo ocasional. Mas, enquanto observava o brilho de lágrimas nos olhos azuis,
percebeu que estava cansado de sua velha vida.
Ele beijou-lhe a boca, o rosto, o pescoço, então desatou o laço na nuca de Kushina e abaixou os pequenos triângulos do biquiní, seu corpo enrijecendo com a visão dos lindos seios nus.

— Você é maravilhosa — disse ele, e inclinou a cabeça para tomar o primeiro botão, então seu gêmeo, na boca, sorrindo quando ela arqueou os quadris num convite.
— Eu quero você — Minato removeu-lhe a calcinha do biquiní, então sua própria sunga. — Você
também me quer, não é, Kushina? Ambos somos prisioneiros deste desejo poderoso, e esta é a única verdade entre nós.

Ele a penetrou com uma investida selvagem... então parou instantaneamente e praguejou.

— Machuquei você?

Kushina envolveu as pernas ao redor das costas dele, impedindo-o de se retirar.

— Você não poderia me machucar — ela o assegurou, sabendo que, fisicamente pelo menos, aquilo era verdade. Então, beijou-o, dizendo-lhe com os lábios o que não podia falar em voz alta: que era completamente dele, e Minato era o dono de seu coração.

Enquanto eles se movimentavam em perfeita harmonia, as ondas batiam gentilmente ao redor, e
gaivotas cantavam acima, mas Kushina só estava ciente do corpo poderoso de Minato, levando-a ao topo do prazer. Podia ouvir as batidas aceleradas do coração dele em uníssono com as suas, e enterrou os calcanhares na areia, arqueando-se quando os primeiros espasmos de prazer intenso a percorreram. Ele continuou os movimentos, cada vez mais rapidamente, a respiração ofegante, até que, com uma feroz investida final, fez com que ambos tombassem de prazer.
Eu amo você. Kushina moveu os lábios sobre o peito largo e balbuciou as palavras que não podia falar. Logo Minato a dispensaria de sua vida, e ela teria de sobreviver de alguma maneira. Seus dias e noites solitários seriam insuportáveis. Mas ele estava ali agora, e ela agarrou-se a Minato como se pudesse imprimir a sensação daquele corpo contra o seu para sempre.

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