Capitulo 08 - Ultimos Capítulos

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A sensação de formigamento nos ombros de Kushina avisou-a de que seria sábio sair do sol. Eram
quase 4h da tarde. Logo, Minato voltaria à suíte, e ela entraria no quarto frio, onde eles fariam amor, como vinham fazendo todos os dias da última semana desde que tinham chegado a Mykonos.
Ela moveu a espreguiçadeira para baixo do guarda-sol e pegou seu livro — o terceiro que lia naquela semana —, mas não conseguiu se concentrar na história, e, após alguns momentos, largou-o, olhando para as portas francesas. Seu coração disparou quando descobriu que ele tinha saído do terraço e a observava, a expressão escondida atrás dos óculos escuros. Minato inclinou a cabeça num
cumprimento antes de entrar, e, como uma marionete controlada por fios invisíveis, ela levantou-se e o
seguiu.
Na suíte master, encontrou-o nu, estendido sobre os lençóis de seda como um sultão esperando
por sua concubina favorita. Isso era tudo que ela significava para ele, pensou Kushina. Mas Minato a
tratava com respeito e consideração agora, e, dia após dia, ela caía mais e mais nos encantos dele.
Era ridículo ainda se sentir tímida quando ele já explorara cada centímetro de seu corpo com mãos e boca, mas ela não podia tirar seu biquíni, e ficou parada, observando-o, até que Minato estendeu uma mão e murmurou com a voz rouca:

— Venha aqui.

Os momentos seguintes foram de uma dança sensual que levou ambos ao êxtase simultâneo.
Depois, Kushina permaneceu deitada ao seu lado, sabendo que Minato logo iria tomar um banho e se vestir, antes de retornar a outra de suas intermináveis reuniões. Mas, para sua surpresa, ele apoiou-se sobre um cotovelo e estudou-a.

— Então, o que você fez hoje?

Kushina deu de ombros.

— Tomei sol, nadei, li... o mesmo que tenho feito todos os dias — respondeu ela, incapaz de disfarçar o tom de frustração na voz.

Minato estreitou os olhos.

— Você poderia ir às compras. Há excelentes butiques na cidade, e eu lhe disse para usar o dinheiro que lhe dei.
— E eu falei que não quero seu dinheiro — disse ela com firmeza. — Além disso, você já comprou muitas roupas. Não preciso ir às compras.
— A maioria das mulheres que conheço não compra por necessidade.
— Bem, sou diferente de suas outras mulheres.

O comentário picante de Kushina o preencheu com um misto de divertimento e frustração. Ele fizera amor com ela todas as noites — e a maioria das tardes —, e conhecia cada curva do corpo deleitável. Todavia, a mente de Kushinq continuava fechada para ele.

Minato traçou uma mão preguiçosamente pelo corpo dela, sentindo uma onda de triunfo quando
lhe abriu as pernas e a fez arfar.

— Se você está entediada, terei de passar mais tempo... entretendo-a.
— Não é possível fazer sexo mais vezes do que já fazemos — disse ela. — Não há um trabalho de escritório que eu possa fazer? Qualquer coisa, contanto que isso me dê uma ocupação. Não estou acostumada a passar o dia sentada, sem fazer nada.

Kushina era tão diferente da mulher que ele acreditara que ela fosse, reconheceu Minato. Não tinha esperado gostar dela, reconheceu, mas, para sua surpresa, pegava-se pensando em Kushina quando sua mente deveria estar concentrada em margens de lucro, e, pela primeira vez na vida, lamentava as horas que estava no escritório, porque preferia passá-las com ela.
Minato levantou-se da cama, pegou suas roupas do chão e pausou para olhá-la em seu caminho para o banheiro. A luz do sol que se infiltrava pelas persianas dava um brilho aos cabelos ruivos, que caíam como seda ao redor dos ombros delgados, a pele dela ainda rosada da paixão que haviam compartilhado. Ele devia estar louco por considerar trabalhar com Kushina quando ela distraía seu processo de pensamento, mas seu cérebro lógico insistia que ela poderia lhe ser extremamente útil.

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