Minha pequena companheira

Capítulo 3

De longe eu a olhava, ela era completamento linda. Quando eu a vi, fiquei surpreso, depois de tantos anos eu encontrei a mulher que foi predestinada a mim. Ela é bem jovem, eu a admirava enquanto bebia um whisky forte, já estava acostumado.

De longe eu vi um homem conversando com ela, ele seria morto ainda hoje. Eu não quero que ela saiba que eu existo, não quero uma companheira, ainda mais ela sendo uma pantera. Eu segurava um sorriso em meu rosto, ela era completamente linda. Infelizmente minha vida é bem diferente de antes, antes meu maior sonho era encontrá-la, mas acho que nessa época ela ainda era uma criança, ou estava entrando na sua adolescência.

Tenho 39 anos, mas não me acho velho para minha idade, estou muito bonito e tenho todas as mulheres que eu quero, mas acho que não poderei ter ela... É melhor assim, mas meu coração dói, esperei pelo dia em que eu a encontraria.

Ela sorria para o homem que conversava com ela, isso me deixava puto, eu queria ir até ele e mata-lo, envenena-lo, sufoca-lo. Queria matar ele de todas as formas.

Ela deixa qualquer homem se aproximar? Já teria se entregado a outro homem? Eu espero que não.

Eu queria ir até ela e agarra-la, levá-la até minha casa e me satisfazer em seu corpo branquinho, queria cheirar aqueles cabelos ruivos ondulados. Nunca imaginei que minha companheira fosse ruiva.

Olhei para o meu celular quando recebi a mensagem do meu detetive particular, ele fazia serviços criminosos, assim como eu.

Eu já tinha todas as informações sobre ela, sabia que ela havia nascido em um circo já que sua mãe ficou presa por anos, sabia onde ela passou a metade de sua vida, muitos de mim gostam de ficar em florestas, mas eu sempre gostei da vida mais arriscada na cidade, até porque ninguém mexe comigo aqui. Não são loucos.

Ela tem 25 anos, tem seu próprio negócio junto com o seu irmão. Ela parece ser inteligente, até porque dispensou o idiota quando ele tentou beija-lá. Vi um homem se aproximar dela e depois sair com uma mulher, eu fiquei bem bravo, mas em minhas informações já sabia que eles eram melhores amigos. Isso não diminui muito o meu ciúmes.

Ela foi embora sozinha, eu sei disso porque a acompanhei o caminho todo. Fiquei um pouco surpreso quando vi que ela realmente andava de moto, achei que fosse mentira. Ela anda bem rápido, foi um pouco difícil de acompanhá-la de carro.

__ Quero que vocês vigiem ela o tempo todo, se alguma coisa acontecer com ela, vocês todos morrem.__ falei pros dois homens que estavam junto a mim no carro.

Safira:

O carinha era bem bonito, sua voz era muito gostosa de se ouvir, mas não me interessei. Isso já era normal, para mim dar um beijo em alguém eu tinha que conhecer bem, tenho um pouco de vergonha.

Eu fiquei com a sensação de estar sendo vigiada o tempo todo, fiquei super agoniada, mas deixei para lá. Eu não parei de sentir o cheiro de cigarro com menta, esse cheiro ficou em minha mente, minha pantera estava agitada e um pouco agoniada.

Eu até achei que ela queria sair, mas ela disse que queria outra coisa, mas não me disse o que. Cole estava dormindo na sala quando cheguei, quando fechei a porta ele pulou vindo até mim e olhando as horas no celular.

__ Está bem tarde, sabia?

__ Eu não sou uma criança, Cole. Para de me encher, eu já estou ficando puta com isso! Eu não me meto na sua vida e muito menos vigio a cada canto que você vai.

Dei as costas para ele indo em direção ao meu quarto, ele veio atrás de mim, ouvi seus passos duros e firmes.

__ Isso se chama preocupação, Safira.

__ Não!__ me virei apontando o dedo em seu rosto.__ isso se chama controle, eu sou sua irmã, não sua posse. Eu sei que você tem medo, eu sei okay! Mas vocês precisam parar com isso, não vai mais acontecer porra.

Entrei em meu quarto batendo com força a porta. Eu odiava esse controle todo, eles não precisavam saber tudo o que eu fazia, para qualquer canto que eu vou, eu não vou fazer tudo de novo!