Capítulo 22

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Alguns meses haviam se passado e eu não achei que diria isso, mas vim morar com o Eliel em sua casa. Bom, não na sua casa antiga, ele comprou uma nova de frente para o mar.

Eu lhe contei que o meu maior sonho era ir em uma praia, eu nunca fui para praia já que a minha mãe tem medo. Meu pai nunca me levou, me levava apenas para rios o que eu acho bem mais perigoso. Quando eu disse que nunca fui, no outro dia ele apareceu com uma casa na praia em meu nome.

Mas como nada é de graça para essa cobra safada, ele disse que só iria me dar a casa as eu fosse morar com ele nela. Como eu não sou besta, aceitei de bom grado, mas me despedi do meu irmão não foi fácil.

Descobri a pouco tempo que ele já conheceu a sua companheira, mas ela ainda é uma criança, ele irá esperar por ela. Isso na verdade é bem comum, aconteceu com o filho mais velho da Amora.

Meu irmão chorou quando se despediu de mim, mas disse que estava muito feliz e que gostava bastante do Eliel. Eu fiquei bem surpresa em ver que todos se dão bem com ele, mas me deixa bem mais tranquila.

__ Eu não aguento mais!__ falei levando a última caixa para o nosso quarto.

__ Eu já lhe disse que não precisa pegar caixas, amor. Deixa que eu pego junto com o Diego.

__ O Diego já foi, a bolsa da mulher dele estourou.

__ E ele não me disse nada!?

__ Ele saiu nas pressas. Parece que outra cobrinha vai entrar na sua família.__ falei sorrindo abraçando o seu pescoço.

__ Isso é bem legal na verdade.

__ E se... Uma pantera entrasse nela, você iria achar legal?

__ Eu já tenho uma pantera. Ela é linda, tanto quanto humana, tanto quanto animal.__ ele distribuiu alguns beijos pelo meu ombro.

__ Você não entendeu amor...__ peguei sua mão e ele se endireitou parando de me abraçar. Levei sua mão até a minha barriga e coloquei ela em cima.__ você prefere uma cobra, ou uma pantera? Vai ser ruivo ou loiro...? Talvez seja uma menina.

__ Você... V-você está brincando, né?

__ Não. Fiz o teste ontem, deu positivo.

Achei que ele iria ter qualquer reação, me beijar, me abraçar ou até ficar bravo. Mas ele começou a chorar enquanto se sentava na cama.

__ Ei bebê. O que foi? Por que está chorando? Você não quer o bebê, é isso?__ me sentei ao seu lado o abraçando enquanto esfregava suas costas.

__ Não! Não é isso. Eu sempre sonhei em ter uma família, agora eu tenho você. Eu estou com medo, Sá. E se eu não for um bom pai para esse bebê, eu não tive bons espelhos.__ beijei sua face enquanto limpava as suas lágrimas.

__ Vamos ser novos nisso. Eu tive bons espelhos, mas também não acho que serei a mãe mais maravilhosa desse mundo. Temos erros, isso já vai ser um bom ensinamento para o nosso filho.__ ele sorriu abaixando os olhos para o seu colo.

__ Eu deveria te abraçar e dizer o quanto eu te amo. Isso está sendo bem rápido, não acha?

__ Você se incomoda?__ perguntei e ele negou com a cabeça.

__ Eu estou feliz. Estou tão feliz que eu quero gritar alto para todo mundo ouvir que eu encontrei o amor da minha vida e que ela está grávida.__ sorri beijando a ponta do seu nariz.

__ Eu amo você.

__ E eu amo vocês.

Abracei seu pescoço beijando sua bochecha várias vezes enquanto ele me colocava em cima do seu colo. Me virou na cama ficando em cima de mim e beijando meus lábios calmamente, logo o beijo se aprofundou se tornando de língua e com algumas mãos bobas.

__ A gente tem...__ um beijo.__... que terminar...__ um beijo.__ anda Eliel!

Ele bufou saindo de cima de mim.

__ Temos a noite toda para fazermos isso.

__ A vida toda.__ ele me corrigiu enquanto me ajudava a levantar da cama.

__ A vida toda teremos então.

Minha pequena companheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora