Capítulo 23

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Sete meses depois:

Safira estava a coisa mais linda desse mundo, mas para ela estava parecendo mais uma melancia. A melancia mais bonita e gostosa de comer que eu já vi.

Eu a ajudava em tudo, resolvi deixar uma pessoa de confiança no meu cargo no "trabalho" e fico em casa com ela. Eu ainda tenho que resolver algumas coisas as vezes, mas a maioria das vezes é em casa.

Seus pais são avós bem babões e Cole é um tio bem preocupado. Eu me sentia um pouco mal por não ter família e eles não participarem disso comigo, mas a família da Safira se tornou minha família também.

Em um dia desses o pai dela me perguntou o que eu fazia. Eu respondi que tráfico drogas, sou agiota e comando a porra da máfia do meu pai idiota. Ele ficou com os olhos arregalados, mas disse que eu fui sincero com ele e sabia que eu não deixaria Safira ou meus filhos em perigo.

Estávamos nós dois deitados juntinhos no sofá enquanto assistíamos um filme. Eu estava em minha forma de cobra em cima das suas pernas, minha cobra se sentia bem estando ali e era até bom para ficar próxima dos dois bebês que estavam dentro da sua barriga.

__ Estou com muita vontade de comer um chocolatezinho, mas eu não aguento mais caminhar com essa barriga enorme.__ ouvi ela resmungar e dei risada esfregando minha cabeça contra a sua barriga. Eu conseguia ouvir o coração dos bebês assim.

Ouvimos um barulho alto na porta da entrada e minha cobra entrou em alerta. Safira rapidamente se levantou pegando a sua arma e apontando para a entrada enquanto eu me escondia para dar o bote em quem passasse.

Safira ficou bem mais atrás de mim na outra entrada, eu fiquei em alerta esperando que alguém passasse, mas nada acontecia...

__ Eliel!!!__ ouvi ela gritando e quando olhei para trás ela estava sendo levada por homens com máscaras pretas.

Eu corri atrás deles, mas eles estavam muito longe de mim... Não, não, não, não!

Eu não consegui fazer nada! Eles levaram ela de mim e eu não consegui fazer porra nenhuma. Eles estavam bem mais distantes.

Me transformei em humano e corri até o meu celular lingando para o Diego.

__ Rastreia esse carro! A placa é ******

__ Tabom, mas paga que?

__ Anda logo caralho! Eles levaram a Safira! E ela está grávida, grávida! Grávida de dois!__ gritei e joguei o celular na parede com todo o ódio que eu estava sentindo dentro de mim.

Logo Diego passou a localização do carro e eu vi que estava se locomovendo ainda. Estavam indo para a porra da fronteira, mas não vão sair mesmo!

Liguei para os policiais que trabalham para mim enquanto eu colocava uma roupa para ir atrás deles. Eu só conseguia pensar na minha ruiva, o quê diabos eles queriam com ela!? Por que não pegaram a mim.

Entrei no carro a milhão, eu iria até o fim do mundo para encontrá-la. Peguei minha arma antes de sair de casa, eu deveria ter protegido ela, deveria ter levado ela lá para cima e não ter deixado ela lá comigo. Eu fui um idiota!

Logo vi o carro de Diego e dos homens que trabalhavam para mim se aproximando, eu iria destroçar quem estava fazendo isso com a minha mulher

Quando chegamos na fronteira, vi o mesmo carro que levaram a minha mulher dentro parado e logo um homem saiu dele apontando uma arma paga a ruiva que eu conhecia perfeitamente.

__ Filho da puta!__ bati no volante com força.

Os policiais que trabalham para mim apontaram as armas em direção dele, mas eu sabia que se acontecesse qualquer coisinha errada, meus filhos e a minha Safira poderiam morrer ou se ferirem. Eu já vivi isso e não saiu nada bem.

Saí do meu carro me aproximando com a minha arma apontando para o filho da puta. Logo vi uma mulher saindo do carro e Diego apontou a arma para ela. Ele me olhou de canto de olho e eu entendi tudo, sabia muito bem quem era ela.

Minha pequena companheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora