Capítulo 7

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Eu saí arrasada do motel. Permiti que minha pantera corresse como nunca, eu estava extremamente frustrada, eu nunca imaginei que meu companheiro fosse uma cobra. Uma cobra grande e preta.

Enquanto eu corria, avistei de longe um coelho machucado. Minha pantera parou de correr indo em direção ao filhotinho, ele tremeu quando me viu tentando correr.

Eu o peguei com a minha pata, o levaria para minha casa e cuidaria dele. Ele não era um shifter, era só um coelho mesmo.

Quando cheguei em casa, Cole não estava lá, dei graças a Deus. Enquanto eu cuidava do filhote, ouvia o meu celular tocando repetidas vezes, já estava ficando nervosa enquanto as lágrimas caiam dos meus olhos.

Deixei o filhote em cima da minha cama e peguei meu celular, era meu pai.

__ Oi filha, você está bem? Não estou sentindo uma coisa boa...__ ele falou assim que eu atendi.

__ Estou bem pai.

__ Está chorando...? O que houve minha ruivinha?

__ Eu não quero falar pai, eu vou ir dormir agora.

__ Alguém te machucou? Você não está fazendo tudo de novo não é....

__ Para! Eu já falei que eu não vou mais fazer isso cassete! Pelo menos uma vez na minha vida da pra você confiar em mim, eu não aguento mais essa sua desconfiança.

__ Sassá...__ ouvi ele suspirar.__ não é desconfiança, eu só fico preocupado...

__ Pois não fique, eu já aprendi a lição uma vez, okay? Boa noite.

Desliguei e suspirei. Eu odiava brigar com o meu pai, mas ele tinha que parar de ficar enchendo o meu saco com todas essas merdas, isso só me machucava mais e mais. Ele me machucava, Cole me machucava e eles nem se quer se importavam com isso.

Eu fiquei internada por um ano inteirinho, eu lutei para não me afundar novamente, e não foi pouco. Quando eu inventei de ir atrás do meu pai biológico e descobri a verdade do que havia acontecido com ele e com a minha mãe, eu me senti tão mal que me afundei em drogas e muito álcool. Eu comecei a me sentir culpada pelo o que havia acontecido com meu pai, ele morreu para me salvar... Eu fiquei extremamente revoltada com a minha mãe por ela ter escondido isso de mim por anos.

Meu pai ficou extremamente triste, eu não entendia na época, era muito nova. Mas ele sentia como se eu não quisesse mais ter ele como o meu pai, ele achava que não havia sido um bom pai para mim, mas ele estava completamente errado, ele foi e é o melhor pai do mundo inteiro.

O pior de tudo foi quando eu tive uma overdose, meu pai viu tudo e me socorreu. Depois desse dia, vendo a decepção no olhar dele e da minha mãe, eu tive a iniciativa de me internar. Não avisei para ninguém, eles ficaram muito preocupados, mas a clínica avisou quando eu cheguei lá.

Eu só tinha 18 anos na época, saí com 20.

Eu fiz o que eu havia prometido não fazer nunca mais. Em dos lugares do meu guarda roupa, havia maconha e cocaína. Nos armários da cozinha tinham bebidas caras de Cole, irá servir.

Quando eu dei por mim, estava extremamente drogada e alguém me levava até o banheiro. Eu sabia quem era, eu reconhecia o seu cheiro dês do primeiro dia em que senti dentro do meu quarto.

__ O-o que... está fazendo aqui?__ perguntei extremamente mole.

__ Eu senti que você não estava bem, não podia deixar você sozinha aqui.

__ Isso é tudo sua culpa sabia? Eu achei que nunca encontraria o meu companheiro, pelo menos eu não queria.

__ Pois saiba que eu muito menos.

__ Então por quê você está aqui...? Cobrinha.

Minha pequena companheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora