capítulo 1

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Azriel estava sentado a mesa bebendo a sua segunda xícara de café observando a sua família a mesa como sempre fazia todas as manhãs.

As últimas semanas estavam sendo estressantes para o mestre-espião, estava atolado de trabalho e relatórios para revisar, seus espiões nas outras cortes enviavam e pediam atualizações. E tinha que lidar com Cassian e Nestha se bicando toda manhã, Rhys e Feyre com seus flertes descarados e Mor xeretando a vida alheia.

Ele gostava, apesar dos apesares. Era muito melhor do que levar assuntos sobre problemas a mesa no único momento bom em que toda a sua família estava bem e reunida no dia.

– Ainda acho que eu ficaria lindo usando um tutu – Disse Cassian, enfiando um pedaço de bolo na boca – Poderia lutar, dançar e seduzir todos os machos que eu quiser.

– Quem seria seduzido por um brutamonte vestido de palhaço? – Mor provocou.

– Seria mais fácil você seduzir a um cão Cassian –  Amren falou.

Um leve sorrisos saiu do mestre-espião, Nestha revirou os olhos enquanto enchia um copo de suco mas era possível ver a sombra de um sorriso e Elain soltou uma risadinha baixa.

– Será que foi fácil para Varian seduzir um gnomo? – Cassian divertido rebateu.

Amren revirou os olhos.

– Continue e verá a mãe ainda hoje, anta.

O assunto se tornou leve a mesa. Teria logo que sair pra se encontrar com seus espiões que cercam os arredores da corte dos pesadelos. Por que os de dentro, tinham sumido a cerca de duas semanas e os relatórios daquela parte desapareceram de uma hora pra outra. Já fazia algum tempo que Azriel não ia até lá. O último relatório havia sido sobre símbolos peculiares feito nas paredes de bar e becos e nos corpos encontrados. Teria que ensina-lós a fazer o seu trabalho e não se distraírem com qualquer coisa.

Provavelmente estariam ocupados demais com bebidas e mulheres para prestarem atenção em outras coisas. Eram novos e estavam treinando, já havia lidado com essa situação antes, mas não os dispensou porque na corte dos pesadelos as coisas sempre eram ruins. Mas iriam ser punidos por isso.

Não era necessário que o círculo íntimo soubesse, era seu trabalho e resolveria sozinho. Não se importara muito com o que acontecia lá de qualquer maneira, odiava com todas as suas forças aquele lugar, mas precisava ter informações sobre as cortes e os últimos acontecimentos com as mortes nas últimas décadas. Aquilo vinha lhe dando grandes dores de cabeça por não ter conseguido nenhuma informação relevante do miserável assassino. Estava até quieto nos últimos anos mas nos últimos meses se tornou insuportável.

O encantador de sombras já estava a caminho do seu escritório quando sentiu alguém lhe chamar, já tinha sentido antes de ouvir e as suas sombras já haviam o alertado. O cheiro doce misturado com flores e os passos leves quase inaudíveis.

– Az, bom dia - Elain comprimentou – Fui ontem há uma floricultura comprar algumas sementes pro meu jardim. Gostaria de me ajudar a plantar mais tarde?

Suas sombras sempre ficavam em silêncio perto da fêmea, neutras. Não sabia o real motivo mas gostava quando elas não os atrapalhava.

– Olá Elain,  hoje não tenho muito tempo – O sorriso tímido dela vacilou e Azriel foi capaz de ver um pingo de tristeza passar por seus olhos – Mas se desejar, posso te ajudar amanhã.

Não era mentira o que dissera. Apesar de querer passar um tempo com a irmã da sua grã-senhora, precisava urgentemente colocar o seu trabalho em ordem. Ele vinha em primeiro lugar. E também tinha Rhys, que deixou bem claro abolir qualquer tipo de relacionamento com a fêmea que já tinha um parceiro.

Corte de Espadas e Sombras • Azriel •Onde histórias criam vida. Descubra agora