royalty pregnancy • l.s [abo]

III.

beijinhos pra vocês e boa leitura xx

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Qual foi a primeira decisão que você teve que ter hoje? Qual foi a primeira escolha que você fez em seu dia?

O simples fato de levantar pela manhã para ter o seu dia, ou talvez não, decidir passar o dia na cama é uma escolha. Escolha essa que é movida por algo, por influências, ocasiões e até mesmo outras pessoas. Escolhas essas que podem ter influência para que situações aconteçam ou não e escolhas que podem influenciar na vida de outras pessoas.

É tudo uma questão de escolha, escolhas simples como escolher aquilo que se toma no café da manhã ou escolher a faculdade que se pretende fazer e que futuramente irá implicar em sua carreira. O ato de escolher "isso" ou "aquilo" e quem sabe talvez até "aquilo outro" é algo tão comum do dia a dia, que fazemos o tempo todo, das coisas mais banais às mais importantes.

As escolhas mudam tudo, mudam um caminho, um dia, uma vida e até o fim dela. Algumas implicam em um futuro mais próximo e já outras em um distante.

Harry agora está preso em suas próprias escolhas, não sabe o que fazer enquanto dirige com sua bicicleta até a floricultura da família, que costumava trabalhar antes mais vezes. Sabe que tomou as piores escolhas do dia até agora, seu humor está péssimo, o café lhe causou enjoos, seu cabelo está pior do que nunca e principalmente não deveria ter saído de casa.

Sua mente vagueia e se mescla em lembranças, lembranças bem antigas e algumas recentes vagando por um vasto campo. Andar de bicicleta o faz lembrar de sua infância, das vezes que ia com suas mães as acompanhar na Fazenda da família, sempre haviam as reuniões de finais de semana que envolviam os negócios da floricultura ou uma simples reunião para rever os entes, mas Harry sempre foi apaixonado por aquele lugar e implorava para Mary que o deixasse levar sua bicicleta na caminhonete da família, ele sempre foi mais adepta a fazer os desejos do ômega desde sempre do que Anne, Harry sabia muito bem como abordar e ter suas vontades. Então lá estava ele, correndo pelos campos de girassóis sozinho, rindo do vento conforme ele balançava seus cabelos e as flores, pedalando sua bicicleta com toda a velocidade possível que conseguia botar em suas pernas.

E foi naquele mesmo lugar que se viu entregue a um alguém que praticamente nem conhecia e que se viu desnorteado com isso.

Sua mente vagando pelo vasto campo um tanto vazio mas preenchido por lembranças e girassóis.

Já é tarde para pensar em algo ou sair dali quando estaciona sua bicicleta nos fundos da loja e entra, sua tia Dorothea está o encarando com um par de esmeraldas curiosas.

— Menino! O que faz aqui hoje? Seu tio me disse que começou a trabalhar, não achei que fosse mais voltar.

— Não tia, na verdade posso trabalhar no escritório daqui? Só tenho duas consultas para hoje, posso ajudar depois.

— Você não deveria, garoto. Mas você que sabe — a senhora se aproxima dele, segurando em suas bochechas e deixando um beijo em cada lado de seu rosto — e é claro que não posso recusar sua ajuda, vai ser muito preciosa no dia de hoje.

— É... quero distrair a cabeça.

Fingiu sorrir, a mulher de cabelos caramelos ainda o encara com olhares estranhos. Harry se sente suando em ansiedade de repente. Sua tia sempre pareceu o ler com facilidade, na infância e adolescência era sempre a primeira a descobrir suas traquinagens ou o que estava escondendo, teria ela descoberto a gravidez? Estava tão aparente em seu rosto? Seu rosto parece de alguém grávido? Seu feromônio está mudado?