IV.

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Capítulozinho pra encerrar esse feriado horrível de quente ♡






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Diga-me, você ainda se lembra de se sentir jovem? Se lembra de quando era forte o suficiente para errar sem sentir medo de ser julgado?

Olhe para dentro e ascenda essa memória de você, de um passado em que não se existia o medo, o julgamento, o passado que corresponde à aquele momento em que era feliz e o amanhã não importava, porque você era feliz e era essa a única coisa que realmente valia a pena. Se lembra disso, dessa felicidade inabalável de se ser jovem e não sentir medo? E agora, o que importa de verdade? Você sente falta do seu eu jovem, não necessariamente daquele que possui seus traços novos da idade, mas do seu eu jovem de espírito, livre de medos e que não se importava com a opinião dos outros?

Quando foi que tudo exatamente mudou? O que mudou? Você? O que não te faz mais sentir jovem como antes?

São questionamentos esses que Louis se vê perdido neles, perdido entre suas memórias do passado e sua situação de agora, se perguntando e entrando em um questionamento sem fim.

Se lembra então de uma das últimas vezes que se sentiu jovem, com quase vinte anos, antes de todo o grande segredo que sua família, a família mais importante da Inglaterra passaria a esconder.

Naquele dia, em uma tarde chuvosa ele corria com seu conversível, com seu pai ao seu lado no banco do passageiro, os dois gritando e cantando animados as músicas que tocavam no aparelho de som. Teria sido uma tarde perfeita se a chuva não tivesse feito sua presença, o carro de Louis não possuía um teto que cobrisse suas cabeças. Foi divertido, tirando a chuva claro. Era essa uma das suas últimas lembranças verdadeiras, a última vez que se sentiu jovem de verdade. Isso uma semana antes, que tudo se desmoronasse.

Lá estava então, perdido em memórias doces e amargas, sentado de frente para a mesinha do seu computador, observando diversas fotos pregadas em um mural, algumas delas polaroides e outras fotos comuns. Duas em especiais lhe causando sentimentos ambíguos, uma foto de sua família, não da família real que todos conhecem e não uma foto que está exposta para qualquer veículo de comunicação, mas uma de sua família que eles estavam de férias em uma fazenda na cidade natal de seu falecido pai... Louis se lembra de ter doze anos, e a outra foto... foto de um campo de girassóis, se pegou pensando então no rapaz bonito com quem passou o cio alguns meses antes.

No instante que tenta varrer seus pensamentos a porta de seu quarto bate como se adivinhasse, ela é severa, ele imagina ao menos quem deva ser, ou melhor, quem não é.

— Louis? — é a voz de Perrie. Quando ele se vira lá está ela, sua irmã mais velha.

— Pezz! Entre, você sabe... feche a porta.

A alfa faz o que lhe foi pedido, animada e com um sorriso no rosto.

Louis a conhece muito bem, como a palma de sua mão. Perrie é um ano e quatro meses mais velha que Louis, cresceram juntos, muitos até acreditavam que eles eram gêmeos quando criança.

— Consegui o que me pediu.

— Aquilo... aquilo?

— Sim.

O mais novo pulou no colo da irmã, ela o agarrou com toda a força que pode.

— Porra! Você é incrível, Pezz. Obrigado.

— Não foi nada, Lou — ela beija então a ponta de seu nariz, é um costume bobo que eles mantêm desde criança.

Mais um segredo entre eles, Perrie é como a chefe que busca e consegue as coisas para eles. Como de costume ela faz tudo que está em seu alcance para agradar Louis.

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