XII.

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oii gente boa noite
beijinhos e boa leitura ♡






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É confuso quando Harry acorda, nada está calmo e ele tem beijinhos sendo depositados em seu pescoço.

Ao abrir os olhos preguiçosamente a luminosidade o faz fechá-los de uma vez, mas depois volta a repetir o processo com o maior cuidado possível para que seus olhos não se irritem. Ele os pisca diversas vezes, os cílios longos cada vez menos precisando proteger devido a adaptação com a iluminação, mas como se até mesmo eles estivessem surpresos com o que acontece.

O mais velho tem um corpo em cima de si, faz alguns poucos minutos desde que acordou e o notou, isso não o irrita e nem o atrapalha de maneira alguma, de certa forma acha engraçado e fofo que em algum momento de seu sono Harry tenha vindo parar em cima dele.

— Ops... como vim parar em cima de você? — a voz lenta e rouca de Harry ecoa pelo quarto, um sorrisinho envergonhado é deixado no final em seus lábios.

— Se não sabe, imagine eu — Louis responde. E antes de dar atenção ao outro espreguiça os braços e coça os olhos, antes de abri-lo bem para poder ver melhor a criatura em sua frente.

Eles se encaram, no completo silêncio calmo de uma manhã um pouco fria, mas que ainda sim é possível de se ouvir o canto de alguns passarinhos lá fora.

— Pare de me olhar assim.

— Assim como?

— Desse jeito todo estranho. Apenas pare.

Harry bufa, deita a cabeça no peito de Louis apenas para evitar encará-lo ou ter os olhos hipnotizantes cor de safira sobre si. Ele as vezes se odeia por ter seus momentos de timidez com o alfa, sempre foi de criar certas barreiras devido a coisas que ouviu ou passou durante sua vida e com o outro é como se elas não existissem, como se pudesse se fazer invisível e de repente ele se vê como um filhote de gato minúsculo. Talvez a resposta de tudo seja a gravidez, Harry não sabe ao certo mas odeia se sentir um manhoso e carente de atenção de Louis.

— Tudo bem. Como se sentem?

Louis apesar de focado na conversa tem sua expressão aérea, voltada para a direção da porta do quarto de Harry aberta. Uma de suas mãos pousa discretamente nas costas do homem em cima de si, com uma necessidade absurda de precisar sentir Harry ainda mais.

Quase dois dias desde a consulta e há algo incomodando Harry, não o incomodando mas como se tivesse uma pedrinha em seu sapato, a qual consegue suportar. Em certo ponto de vista não foi algo péssimo, mas ainda sim é algo que vem ocupando seus pensamentos desde segunda, o deixando confuso e o faz se sentir perdido no mundo da lua e pensativo. Ele não responde a pergunta do outro, na verdade é como se nem a tivesse escutado.

— Por que chamou o bebê de nossa princesa?

Ah, então era isso que fez Harry ficar olhando para o nada o tempo todo e no último dia ficar distante.

Harry se senta na cama, afim de encontrar uma melhor posição. Resolve encarar a pergunta e o rosto do outro de frente, mesmo que ainda receoso.

— Você se incomodou com isso? Me desculpa Harry eu não-

— Não é isso, é que foi algo tão... de repente, nós não conversamos sobre.

— E era por isso que estava todo aéreo? Oh Harry, o que eu disse? Seja sincero comigo que serei com você — disse o alfa carinhoso, alcançando a mão esquerda de Harry e a enlaçando com a sua — quer conversar sobre? Nós podemos.

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