XIII.

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oii gente como vocês estão?

já adianto um feliz natal pra vocês viu 😘
capítulo hoje grandinho

sobre uma att dupla: vocês preferem que seja hoje ou próximo sábado?
bjs ♡




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Era uma vez e então viveram felizes para sempre.

Viver um conto de fadas, sonhar em ser uma princesa e ter o seu príncipe, viver uma história em que em algum momento a existência de um vilão ou vilã se fará presente, mas que no final isso não importa já que tudo será resolvido, os maus resolvidos e então viverão felizes para sempre.

Mas não, não é bem assim. Na verdade nada é assim, Harry admite que quando criança sonhava com isso, em um dia poder ter seu príncipe e assim viverem felizes para sempre. Mas nem tudo é como o esperado, nada é como os sonhos de quando criança em que os obstáculos da vida parecem ainda mais difíceis do que enfrentar os vilões. E no final... o final bem, ele nunca se sabe quando se chega, não se sabe quando o "para sempre" deu início e muito menos se ele será "feliz".

Com os anos a perspectiva e os sonhos de criança pareciam mais distantes para Harry, e ainda são. As histórias contadas por Mary para um Harry criança, aquelas cheias de príncipes, princesas e heróis são como lembranças agridoces, como as folhas recém caídas de uma árvore na qual elas continuam ali, tudo vai depender se com a mudança e o passar do tempo se vai deixar que ela sirva como lembranças enfeitando o chão com cores ou se irá destratá-las, passar uma vassoura tratando-as como lixo.

É essa a perspectiva a qual Harry vê, das folhas. Ele gosta de observar os tons em laranja das folhas e as flores que mais parecem colorir, muito colorido sim pois eram assim que seus sonhos eram e eles os manteve. Os manteve como uma doce e amarga memória, doce por se lembrar dos tempos bons onde sua inocência se quer imaginava que um dia seus sonhos se tornariam um sonho amargo em que por mais difícil que seja não foram realizados. E nem serão.

Nunca se imaginou estar como agora, apesar de estar feliz com o rumo das coisas não era como o imaginado, não era o esperado estar grávido em plenas dezessete semanas, convivendo com um homem o qual tem lutado contra suas próprias vontades para não se deixar levar. Mas sua mãe está bem e é isso que importa, está longe de ser a realização de seu conto de fadas, puff... ele nem se quer ao menos consegue imaginar um alguém como seu príncipe.

Ao despertar dos devaneios de seus sonhos, esses que nunca os teve dessa forma, como se dialogasse consigo. Ele sente mãos em sua barriga proeminente, seus olhos passam a se acostumar com a claridade do dia.

É dia, Harry nem se quer se lembra quando exatamente foi dormir, era noite? Não sabe, a gravidez tem lhe dado tanto sono e ele está tão perdido.

— É isso mesmo. Você gostaria de panquecas com chocolate? Aposto que em breve quando seu pai acordar ele vai querer também. E ah, estive pensando em alguns nomes para você, sei que está do lado do papai aqui e que é uma menininha, o que você acha minha princesa? Já tenho uma lista, mas ainda tenho que conversar com seu outro pai.

Harry tem raiva, muita raiva de verdade. Mas ele não consegue odiar Louis, de jeito nenhum. Ele consegue até mesmo ficar bonito enquanto fala com sua barriga, tentando uma comunicação com a bebê deles como se fosse possível. E caramba... Harry fez, se deixou levar pelas insistências do outro ao se referir em seu bebê como "a bebê". Ele está rindo, seu corpo começa a se mexer e a risada esganiçada a se fazer presente e assim Louis nota que ele está acordado.

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