| YUU, Point of view |
O resto da semana está sendo sem novidades.
Eu me acostumei a rotina das aulas. Hoje eu já sou capaz de reconhecer, se não nomear, quase todos os alunos da escola.
Ah, e claro! Mika não voltou à escola.
Todos os dias eu observo ansiosamente os outros irmãos entrarem na cafeteria sem ele. Então eu meio que acabei tendo que me acostumar com sua ausência, tentar relaxar e aproveitar a conversa da hora do almoço. Não iria estragar toda minha experiência escolar por causa daquele idiota. Além do mais, se ele não quer falar comigo, não irei ficar me arrastando em seus pés esperando que mude de ideia. E se quer irei ousar em perguntar, a qualquer um que fosse, onde ele mora. Seria humilhação demais, não, obrigado. Fora que irei parecer um stalker ou sla o quê.
Estou feliz por ter com quem finalmente conversar na hora da escola. Na maioria das vezes a conversa é sobre uma viagem ao Parque Oceanográfico, dentro de duas semanas, que Shinoa está planejando. Eu fui convidado e aceitei, mais por educação que por vontade. Praias têm que ser quentes e secas, e aqui, bom... não é exatamente assim.
Hoje, sexta-feira, eu já me sinto confortável entrando na sala de Biologia, sem ficar ansioso me perguntando se Mikaela está ou não lá.
Isso mesmo M-I-K-A-E-L-A. Eu me recuso a chamá-lo pelo apelido carinhoso, que o dei na infância, se ele ao menos se quer tentou falar comigo!
Até onde eu sei, ele desistiu da escola. Eu tento não pensar nele, mas eu não posso suprimir totalmente a mínima preocupação de que algo aconteceu com ele ou sla, por mais ridículo que pareça. Vai ver ele se resfriou de repente e por isso não pode vir falar comigo! Nunca se sabe.
Não que eu esteja defendendo-o! Só é possível acontecer...
[...]
Meu primeiro fim de semana em Nagasaki está sem nada de especial até agora. Humiya, desacostumado a ficar na casa, provavelmente irá trabalhar a maior parte do fim de semana. Eu irei limpar a casa, adiantar o dever da escola e escrever mais e-mails com bobagens alegres para a minha mãe.
[...]
Dirijo até a biblioteca pública, mas o estoque é tão pobre que eu nem me incomodo em fazer um cartão; eu tenho que arranjar uma data pra visitar Nishiurakami ou Urakami em breve e achar uma boa loja de livros ou qualquer outro divertimento.
Eu penso à toa quantas milhas a caminhonete faria com um litro de gasolina...e tremo com o pensamento.
A chuva permanece leve até agora, quieta, então eu posso dormir bem, finalmente.
[...]
As pessoas me cumprimentam no estacionamento da escola hoje, segunda-feira. Eu não sei todos os nomes deles, mas eu aceno de volta e sorrio pra todos. Esta manhã está mais fria, mas felizmente não chovendo. Em Inglês, Shinoa senta no assento de costume ao meu lado.
Estamos tendo um debate sobre It – a coisa, eu estou adiantado, muito fácil.
Tudo por tudo, estou me sentindo muito mais confortável do que eu imaginei que sentiria a esse ponto. Mais confortável do que eu jamais esperei me sentir aqui.
Saímos da sala. O ar está cheio de pedaços brancos rodando.
Eu posso ouvir as pessoas gritando excitadamente umas para as outras. O vento morde minhas bochechas e meu nariz.
Shinoa: Uau. Está nevando!
Eu olho para os pedacinhos de algodão que estão se alojando na calçada e dançando erroneamente enquanto passam pelo meu rosto.
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INTO YOUR ARMS
Fanfic𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐀𝐑𝐌𝐒 ᴍɪᴋᴀʏᴜᴜ livro único, +12 Já sentiu a dor de perder algo profundamente significativo? Quando o coração se despedaça e o sentido parece desvanecer? Imaginou uma vida eterna ao lado desse alguém, mas o destino se interpôs. E...