Capítulo 04

291 12 83
                                    

                         • Horas depois •

Sérgio estacionou em frente a enorme casa do seu irmão e Raquel observou o lugar percebendo que Andrés tinha um enorme bom gosto.

— O seu irmão é rico? — o comentário fez Sérgio rir.

— Digamos que o Andrés herdou o melhor lado da família. — ele respondeu e saiu do carro, fechando a porta assim como Raquel. — Vem, ele está nos esperando.

Raquel acompanhou Sérgio até a entrada da casa, percebendo que até o carpete na frente da porta era chique. Ela só saiu dos seus pensamentos ao ouvir a porta sendo aberta e um riso preenchendo o lugar.

— Hermanito! — Andrés puxou Sérgio para um longo abraço. — Quem é vivo sempre aparece!

— Eu também senti saudades suas, Andrés. — Sérgio deu três tapinhas nas costas dele e se afastou dando espaço para ele ver Raquel. — Essa é a Raquel que eu te falei no telefone pela manhã.

Andrés olhou Raquel dos pés a cabeça e não disfarçou o sorriso de contentamento.

— Então você é a minha nova cunhadita? — puxou Raquel para um abraço. — É um prazer te conhecer.

A loira deu risada e Sérgio passou as mãos pelo cabelo. Ele sabia que Andrés não iria perder tempo com as piadinhas.

— É um prazer conhecer você, Andrés. — ela comentou após o abraço. — Sobre a questão da cunhada, eu não sei. — sorriu e olhou para Sérgio. — Eu sou a cunhada dele, Sérgio?

O moreno tocou os óculos novamente: — Vamos entrar? Está frio aqui fora. — desconversou e entrou na casa deixando os dois do lado de fora.

— Não se preocupe, eu vou fazer ele admitir! — Andrés trocou um olhar cúmplice com Raquel, que sorriu colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Vamos entrar, está frio aqui fora.

Eles entraram na casa e Raquel se encantou ainda mais pelo bom gosto de Andrés. A casa era linda, espaçosa e muito bem decorada. Andrés com certeza tinha uma boa condição de vida — Raquel pensou.

— Eu sou um amante da arte! — ele comentou notando que Raquel olhava para os quadros na parede. — Gostou?

— São lindos! — ela parou para observar um quadro em específico ao lado do piano. A pintura retratava uma mulher nua com pétalas de rosas pelo corpo. — Foi você quem fez?

Andrés olhou para o quadro e sorriu. Era sua tela preferida.

— Sim! — sorriu orgulhoso.

— Você tem muito talento, parabéns!

— Muito obrigada. — ele caminhou na direção do corredor e chamou por Raquel. — Vem, o Sérgio deve estar por aqui.

Raquel acompanhou Andrés pelos corredores e ao chegarem em uma das portas do final eles viram Sérgio sair pela mesma.

— Sentiu saudades do seu quarto? — Andrés perguntou.

— Confesso que senti. — Sérgio colocou as mãos no bolso, com vergonha. Ele ainda se sentia culpado pelo afastamento com do irmão.

— Você morava aqui? — Raquel não conteve a curiosidade e Sérgio assentiu.

— Quando eu comprei essa casa eu fiz um quarto para o Sérgio, mas ele não passou nenhum mês morando comigo. — Andrés contou e Sérgio percebeu mágoa em seu tom de voz. — Bom, eu vou te mostrar o seu quarto, Raquel.

Andrés cortou o clima estranho que ficou e abriu a porta ao seu lado, revelando o quarto de hóspedes que Raquel ficaria, e ela amou é claro. Assim como todos os cômodos da casa, o quarto era lindo e bem decorado. Raquel se perguntava se Andrés era arquiteto ou apenas tinha um enorme bom gosto mesmo.

IncandescentOnde histórias criam vida. Descubra agora