— 𝑉olta aqui, Innie! — Corri pela casa tentando alcançar o maior, mas não dava. Ele corria muito rápido!
— Cuidado para não se machucarem, bebês. — A mãe de Jeongin pediu, mas não demos muita atenção, correndo do mesmo jeito de sempre. Sempre acabava tudo bem, igual os filmes da Barbie! — E desliguem a TV se não forem assistir mais. — Apontou para a televisão grandona da sala, onde passava Barbie e as Três Mosqueteiras. Paramos de correr na hora e nos encaramos ao mesmo tempo, tristes de ter que desligar, mesmo sem assistir direito.
— Mas mãe~ — Jeongin tentou convencer a sua mamãe, mas não deu nada certo. — Vamos. — Apontou para a sala com a boquinha torta num sorriso desajeitado. Ele não sabe fingir sorrir quando não quer sorrir, e é fofo. Me aproximei e pus meus dedos entre os dele, tentando fazer ele sorrir pelo menos um pouquinho, mas ele só ficou vermelho e abaixou a cabeça.
— Tá tudo bem, Innie. — Dei batidinhas em sua cabeça com a mão livre. — Depois a gente assiste tooooodos os filmes da Barbie! — Ele finalmente sorriu direito e fiquei com a sensação de trabalho cumprido.
Depois de desligar a TV e tirar o DVD do receptor, começamos a correr pela casa de novo, reiniciando a brincadeira antiga. Paramos pra beber água, ouvindo a mãe dele gritar o irmão mais velho. Ela pediu para ele estender as roupas da máquina de lavar, mas ele tava fazendo uma coisa muito chata que eu, quando for adolecente também, vou me recusar a fazer: estudar! Ele estava fazendo essa coisa, então ela pareceu pensativa sobre o que fazer, já que tinha comida no fogo e, mesmo que não, tinha um bebezinho em sua barriguinha, não ia poder estender as roupas. Eu e Jeongin montamos um clube de ajuda ao próximo na semana trasada, então nos encaramos e decidimos: a mãe dele também fazia parte do próximo. Segurei sua mão novamente —— Ele ficou vermelho de novo, mas não perguntei nada. —— e paramos bem na frente da mulher, batendo continência. Ela riu da ação, mas eu não achei a graça.
— Estamos aqui para ajudar, senhor...ita!
— Oh, vão me ajudar, então? — Ela achou graça mais uma vez. — Só acho que vocês são pequenos demais pra alcançar... Todavia, não vejo problema algum se usarem os varais mais baixos ou cadeiras.
— Toda... Via...? — Perguntei tombando a cabeça para o lado.
— É tipo um "mas". — Jeongin me respondeu olhando para cima como se lembrasse de algo. — Mamãe fala isso toda hora!
— Vão me ajudar, que é melhor! — Balançou as mãos para que fôssemos logo e saímos correndo até a parte do quintal onde tinha onde pendurar as roupas.
Jeongin me mostrou onde ficava a máquina de lavar e disse que a gente tinha que tirar as roupas de dentro dela e jogar por cima do fio. Eu já sabia de tudo isso, todavia ele parecia muito feliz explicando, como se soubesse de tudo que existe no mundo. O ajudei a tirar as roupas de dentro da máquina e começamos a pendurar. Depois da terceira roupa começou a ficar chato, talvez principalmente para meu melhor amiguinho. O sorriso que sempre estava em seu rosto (mesmo que desajeitado) desapareceu por completo, deixando apenas seus olhos apertadinhos pelo sol formando uma meia lua neles. Logo me veio uma ideia muito boa em mente.
— Innie! Vamos brincar de esconde-esconde? Temos lençóis e... Esconderijos! — Ele pensou um pouco na ideia, e temi por um curto tempo que recusasse. Mas meu incrível parceiro de brincadeiras não me deixou na mão, topou na hora e fizemos pedra, papel e tesoura para descobrir quem iria contar e se esconder. Eu ganhei, então eu iria me esconder primeiro, o que é, com certeza, a coisa mais legal! Fiquei atrás de um pano azul enquanto ele contava até algum número que ele sabia.
Fiquei um bom tempo ali despreocupada, até ver sua sombra se aproximar cada vez mais, então me desesperei tentando não aparecer o máximo possível. Ele ficou exatamente na minha frente e então o maldito vento balançou o lençol, me deixando ver seu rostinho brincalhão.
— Achei você! É a sua vez de procurar! — Sorriu e correu para longe, suspirei e comecei a contar até onde eu sabia.
Depois de contar, avisei que iria começar a procurar por ele. Não ouvi nada, ele tomou cuidado para não fazer nenhum barulho só pra fazer meu trabalho mais difícil! Procurei por todo canto, mas nada de achar o Yang. Será que ele desapareceu? Ou ele me deixou aqui sozinha? Oh não... Ele sumiu! O que... O que eu vou dizer pra mamãe e pro irmãozinho dele? É tudo culpa minha... Me sentei no chão e desatei a chorar baixinho. Senti algo se aproximando e me levantei, com medo de se ser a mãe dele e ela me ver chorando porque perdi seu filho. Todavia não era ela, era um pano branco com alguma pessoa dentro, exclamei assustada quando o pano me puxou para dentro dele, mas logo fiquei bem quando vi que era apenas o Innie.
— Innie! Onde você tava?!
— Lá atrás.
— Você sabe que eu tenho medo de ir lá! Sua casa é estranha...
— Desculpa. Agora para de chorar.
— Não dá! Você me assustou!
— Posso tentar fazer você feliz?
— Pode.
Ele parou pra pensar um pouco e ficou vermelho e abaixou a cabeça de novo, levantei uma sombrancelha, mas não disse nada. Ele levantou e olhou para os lados sorrindo muito. Se aproximou mais e começou a sussurrar.
— Eu gosto de você.
Dessa vez fui eu que fiquei vermelha. É por isso que ele fica envergonhado quando eu pego na mão dele! Ai... que fofinho... Sorri muito também e o abracei bem forte.
— Também gosto de você!
『𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬』
Eu tentei pensar em várias formas de fazer esse capítulo, já que não me vinha nada em mente sobre ele, mas acho que essa foi a versão mais aceitável. Ia ser narrada em terceira pessoa, mas eu tô seguindo um padrão, mesmo que narrar do ponto de vista de uma criança seja muito complicado pela minha escrita. Mas deu tudo certo, e se não deu eu vou só fazer a egípcia.
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𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬 ‡ 8 SKZ one-shots
Fanfic━━ 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐄𝐘𝐄𝐒 🦋 "Tire o dia de hoje apenas para ficar na sua, mas não deixe de sorrir de novo amanhã Exceto para aqueles que você não quer encontrar„ Se divirta com oito fanfics inspiradas em Your Eyes ♡