Capítulo 23

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Algumas semanas se passaram desde que voltei para casa.

Voltei a fazer e vender os docinhos, minha mãe arranjou um emprego e meu pai viajou para fora a negócios, as coisas estavam finalmente melhorando. Joshua ainda continuava morando por lá, mas raramente parava em casa. Teve uma semana que eu só vi ele uma vez.

Desde que caí na real o fato de estar apaixonada por ele, as coisas ficaram um pouco estranha. Falamos muito pouco um com o outro, não sei mais como anda a sua vida direito, os negócios. A única pessoa da máfia que continuo mantendo um pouco de contato é o Krys, que vira e mexe compra alguns doces na minha mão.

Mas confesso que sinto a sua falta, do seu toque. E eu estava decidida a abrir o jogo, não aguentava mais essa distância entre a gente. É horrível estar no mesmo lugar que a pessoa que amo, e ficarmos nos tratando assim, como se não tivéssemos vivido nada. Óbvio que ele não sabe o que sinto, mas mesmo assim.

Eu estava fazendo alguns churros quando ouvi o barulho da porta se abrindo. Beauchamp estava entrando na casa, tirou seus sapatos e se jogou em cima do sofá. Respirou fundo.

Pensei duas vezes antes de ir até ele, não queria tomar nenhuma decisão impulsivamente, porém não me aguentei e fui diretamente ao loiro.

- Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem? - perguntei com um tom de voz desesperado

- Nada que você tenha que se preocupar, Heyoon. - levantou-se do sofá e nem me olhou nos olhos, foi em direção as escadas

- Não precisa me tratar tão friamente, poxa vida, Joshua. - continuou em silêncio, então  resolvi alfinetar - O que eu sou para você? Nada?

- Não é isso, Heyoon. Não comece com seus dramas, a questão não é essa. - dizia simples, dava pra ver que estava ficando chateado

- Então qual é? Desde que resolvi voltar a minha vida normal, você criou uma barreira entre a gente. Pra que isso?

- Não jogue a culpa toda em cima de mim. Não aja como se não tivesse me evitado nos primeiros dias. - ele tinha razão, eu tinha passado a ficar mais na minha, refletindo e isso poderia ter mexido com ele de certa forma, mas nem era proposital

- Josh, eu sinto sua falta, pra ser bem sincera. Sinto falta de como a gente era ou... de como poderíamos ser. Você não consegue enxergar isso?

- Heyoon... - ele se virou para mim, e começou a se aproximar lentamente - Você é uma garota incrível e merece as melhores coisas possíveis. Eu estando ao seu lado, não sou capaz de proporcionar essas coisas. Eu só permaneço vindo para cá, porque há possibilidades dos meus rivais ainda depois de tanto tempo, vierem te atacar, e eu não quero isso.

- Josh...

Eu me aproximei dele e fiquei admirando seus lindos olhos azuis, que penetravam os meus. Senti uma coisa diferente e gostosa passando por todo o meu corpo. Seu rostinho preocupado demonstrava mais que suas próprias palavras, sorri.

- Eu não aguento mais ignorar isso que eu sinto. Eu quero estar ao seu lado, Joshua Beauchamp. Eu quero ser a primeira pessoa a qual você irá procurar quando precisar de alguém, a primeira pessoa a qual você irá querer dividir todas suas conquistas e derrotas. Não quero distância entre a gente. Eu quero você. E eu sei que você também sente algo, é impossível que seja um sentimento de apenas um lado. Você também sente essa conexão, não sente?

Ele não demonstrou reação nenhuma, apenas encarava meus olhos e depois de algum tempo, sorriu de lado.  Aproximou-se de mim um pouco mais, vagarosamente. Levou seus olhos em direção a minha boca e então nossos lábios se encontraram, e eu, finalmente, pude sentir o sabor da sua boca doce e macia depois de tanto tempo.

Era um beijo de saudade e ternura, sem nenhuma maldade. Ele passou a mão pelo meu pescoço e eu me arrepiei completamente, deu um sorriso e um selinho demorado.

- A verdade, Heyoon, é que eu tentei evitar a todo custo. Mas eu te desejo, eu te desejo em todo momento, em qualquer lugar. Eu quero que você seja minha, na mesma proporção em que eu quero ser seu.

Senti meus olhos lacrimejarem de emoção, meu coração pulsava rapidamente e então nos beijamos novamente. Dessa vez, um beijo um pouco mais caloroso. Ele começou a dar vários beijos por todo o meu pescoço e eu me senti um pouco fraca, perdendo os sentidos.

Desceu a mão pela minha cintura e a puxou para perto, deixando nossos corpos totalmente colados. Soltei um gemido baixo quando este deu um chupão no meu pescoço e levou a mão até a minha bunda e a apertou.

Joshua era o homem que eu desejava, era aquele que conseguia mexer com todos os meus sentidos, mesmo que eu não quisesse. E eu não podia mais negar essa conexão que nós tínhamos, e o que me confortou foi perceber que eu não era a única a me sentir assim.

Ele retirou o vestido que eu usava, deixando-me apenas de lingerie e sorriu.

- Você é perfeita. - sorriu malicioso e retirou meu sutiã, deixando meus seios nus. Em seguida, ele levou a boca até estes me causando um enorme prazer.

Não demorou muito para que levasse seus dedos até a minha vagina e começasse a brincar por lá. Eu me encontrava completamente arrepiada. Meus braços envolviam seu pescoço, então ele me pegou em seu colo e me levou até meu quarto.

Colocou-me em cima da cama e sussurrou no meu ouvido:

- Confia em mim? - sua voz rouca e grossa provocou em mim um misto de sentimentos

- Não precisa perguntar duas vezes. - disse falhadamente - Faça o que quiser comigo.

- O que eu quiser? - provocou sorrindo maliciosamente - Tem certeza?

Encostou seus lábios molhados em meu pescoço, e eu praticamente me tremia. Começou a dar beijos pela região e foi descendo vagarosamente, chegando até a minha vagina que estava completamente molhada e começou a fazer movimentos com a língua por lá.

Depois de um tempo, resolveu me penetrar e puta que pariu, que dor gostosa e satisfatória! Joshua realmente sabia causar prazer em uma mulher, desejei que aquele momento não acabasse tão rápido e assim foi.

Com uma mão só, prendeu meus dois braços, segurando pelos pulsos, colocou-os acima da minha cabeça, e enquanto me penetrava em movimentos rápidos, chupou o meu pescoço, e eu soltei gemidos fracos, completamente excitada.

Logo depois me trocou de posição, deixando-me de quatro. Deu vários beijinhos nas minhas costas e em seguida voltou a encaixar seu membro na minha região voluptuosa. Iniciou com movimentos mais lentos e depois acelerou, encaixava-se perfeitamente. E diga-se de passagem, seu membro não era nem um pouco pequeno.

Apertou a minha bunda e depois deu leves tapas, fazendo-me enlouquecer.

Levou uma das mãos ao meu clitóris. E foi nesse momento que eu cheguei ao orgasmo.

Puta que pariu.

Eu nunca havia chegado ao ápice antes, nem sozinha, muito menos com outra pessoa. Ninguém nunca tinha chegado a me deixar tão fraca daquele jeito. Perdi todos os meus sentidos, não respondia mais por mim.

Não demorou muito para que ele ejaculasse também. Sim, nós dois chegamos ao ápice praticamente ao mesmo tempo.

Ele se jogou na cama ao meu lado e suspirou. Um sorriso rebelde insistia em sair do seu rosto, então olhou-me e nossos olhos se encontraram.

Eu também me encontrava feliz, muito feliz. Não só por aquele momento com ele, mas pelas palavras que soaram de sua boca e insistiam em não sair da minha mente. "Mas eu te desejo, eu te desejo em todo momento, em qualquer lugar. Eu quero que você seja minha, na mesma proporção em que eu quero ser seu".

Ele tinha dito aquilo para mim, e tivemos um momento de intimidade indescritível. Joshua Beauchamp era meu, e eu, sem dúvidas nenhuma, era completamente sua.

Éramos um só.

O Inquilino - Heyosh (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora