nathan
2003- 20 anos atrás...
marta- nathan aonde você está?- sua voz ecoou assim que atendi a ligação cheia de preocupação- já está tarde meu filho, estou preocupada.
nathan- já estou indo para casa mãe, não precisa se preocupar, consegui o dinheiro para a sua consulta.
marta- como você conseguiu nathan?- falou alto, com um tom de raiva e eu suspirei sabendo que teria que mentir.
minha mãe está com câncer de mama, infelizmente o dinheiro do nosso trabalho não está dando para sustentar todos os gastos e eu não vou perder a única pessoa que eu amo.
nathan- fiz hora extra-menti- por isso estou chegando tarde em casa.
marta- então vem para casa logo, espero que você não esteja mentindo para mim.
nathan- meia hora eu estou em casa, vou desligar aqui.
marta- ta bom meu filho, amo você.
sabia não era isso que ela planejou para a minha vida, nem eu planejei, infelizmente foi o que restou, dois motivos que está me fazendo entrar para essa vida errada, vingança pela morte do meu irmão e a falta de dinheiro.
se passaram 6 anos de tudo, cresci, muitas coisas mudaram, mas o meu ódio não, depois daquele dia minha inocência foi embora e no lugar veio a dor, revolta e o ódio, nesses 6 anos minha mãe tentou de todas as formas não fazer esse ódio me dominar, mal sabe ela que ele está guardado aqui no peito e eu não consigo viver em paz, sabendo que quem destruiu minha família, vive bem, desfilando e esbanjando por aí.
mas hoje eu iria acabar com isso, já estava me envolvendo nessa tinha uns 3 meses, mas so estava transportando drogas para uma favela lá de são gonçalo, um risco do caralho ser pego com carga de droga, mas não era um bicho de 7 cabeças, você sabendo os dias certos, não corre risco nenhum.
antes de me envolver nessa, tinha feito um trabalho de garçom em um hotel em niterói, fiquei mais ou menos 1 mês indo para lá direto, até me acusarem de roubar e eu ter que sair, depois de 1 mês atravessando a ponte, peguei o macete e meti a cara nessa, mas não era sempre que eu ia, não queria que minha mãe soubesse, porém inevitável, mas não quero que ela saiba por agora.
ajeitei capuz do meu casaco, entrando no beco indo em direção a boca da rua 34, já me passaram a visão que aquele arrombado do viegas estava lá, o filha da puta que tirou a vida do meu irmão, no relógio batia para mais de meia noite, pouco movimento na rua, já tinha conversado com o gerente daqui, ele que me emprestou a pistola.
ele cresceu com o meu irmão e tinha o mesmo ódio que eu, só que ele não podia fazer nada contra o viegas, se não perdi seu cargo, ele até queria ajudar nessa missão, mas eu tenho que resolver essa parada.
respirei fundo assim que cheguei perto da rua, vendo viegas sentado em uma cadeira que estava na esquina da rua, ele estava com uma mochila nas costas e um radinho na mão, de costas para mim.
me ajeitei atrás do poste, sentindo minhas pernas tremer e a minha mão formigar, me perguntei se deveria fazer isso mesmo, mas logo veio a cena do corpo do meu irmão jogado naquela quadra sem vida e me subiu um ódio fazendo eu puxar a pistola da minha cintura e mirar bem na sua cabeça e atirando 5 vezes sem pensar, não demorou muito para o seu corpo cair no chão sem vida e escorrer sangue para todo o lado.
assim como o do meu irmão.
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1988-Vivaz
Teen Fiction"Na maioria, se deixou envolver Por uns cinco ou seis que não têm nada a perder" ©