Sob seu caminho ( Lésbico ) +🔞

Capítulo - 6

( MARCELA )

" Uma fresta de segundo é o suficiente para tudo acontecer, um simples momento que nem era pra tanto, me deixou sem saída, mas para algo bom, gostoso e um tanto quanto interessante. "

Verônica termina aquela frase doce encarando meus lábios e eu apenas retribuo encostando-os próximo aos dela e com um beijo suave acompanho sua língua. O álcool nos proporciona coisas inimagináveis, sinto-a completamente, é uma coisa quente, passo uma de minhas mãos sob seu cabelo e dou uma puxada sutil. Ela sorri mordendo os lábios. Ando com minha boca a caminho de sua orelha e solto uma frase: " - Desse jeito vou ter que te levar pra casa "  Ela só me retribui, percebo que a cada toque meu ela se entrega ainda mais, não foi apenas um beijo. Pareceu como se não víssemos a hora de nos encontrar, mesmo sem eu nunca ter a visto, o que será que havia dentro daquele copo ? A viro de costas e jogo seus cabelos para o lado, ela movimenta seu corpo junto ao meu em ritmo da música e é quando avistamos nossos amigos se aproximarem.
- Galera foi demais ! Esse menino dança muito, onde vocês estavam que fiquei igual louca procurando. -Diz Melanie toda eufórica.
- Aqui, vi que ela estava sozinha e quis fazer companhia, já que você saiu beijar a festa inteira. - Digo um pouco sem graça.
- Amiga você tá muito parada, cadê a beijoqueira de sempre ? Vamos !
- Deixa ela aqui, fiquem com a gente, quero beber mais e entrar nessa disputa junto.
Diz Verônica me puxando para seu lado e logo eles desconfiam que rolou algo entre a gente, fiquei sem palavras naquele momento, mas só assenti.
- Disputa? Se eu saio beijando aqui eu só paro na porta do motel, gostei desses caras, principalmente o dj! - Melanie completa a frase terminando de virar seu copo.
- Você pegou o dj? - Digo inconformada.
- Peguei o número dele, mas quero.
- E você Valter ? - Digo entre risos com Verônica.
- Fiquei com três, tem um feio que está toda hora atrás de mim, mas eu estou fugindo.
Todos rimos daquela cena, os dois estavam completamente descabelados e suados por conta do calor que estava lá dentro. Não demora muito até que vem a pergunta:
- E vocês ? Não beijaram ninguém?
Olhamos muito sem graça uma pra outra e percebo Verônica corar, mas como uma hora ou outra ambos saberiam solto em meio a roda.
- Já sim, nós ficamos.
- O quê? Mentira ! - Valter indaga surpreso, Melanie só abre a boca olhando para meu rosto com ar de risos e seguro na cintura de Verônica erguendo meu copo para cima. Todos dançamos até não aguentar mais, porém não fiquei com mais ninguém além de Verônica, vi muitas pessoas conhecidas naquela noite que me olharam com um ar de " você por aqui ? " e já tinha a absoluta certeza de que chegaria aos ouvidos de Denise. Porém não estava nem um pouco preocupada com isso. Olho no relógio e vejo que são por volta das 3:30 da madrugada, chamo Melanie para irmos embora e ela rapidamente convida-os para irem conosco.
- Vocês vão do quê? - Melanie indaga olhando para Verônica.
- Vamos de Uber. - Diz Verônica.
- O uber agora sou eu, vem que eu deixo vocês em casa.
Melanie os convida e vamos em direção ao seu carro, Valter pede para se sentar no banco da frente e nos deixam sentar no banco de trás, com certeza tudo combinado, pois eles não viram quando nós nos beijamos.
- Querem uma saideira na casa da Marcela?
- O quê? - Arregalo meus olhos não entendendo nada e fico inconformada com a cara de pau de Melanie.
- Bora ! - Diz Valter batendo palmas e aumentando o volume do carro de Melanie.
- Amigo, meus pais vão me matar, preciso avisá-los.
- Eu acho melhor levá-los Melanie, esqueceu que não são adultos? - Digo já para provocar entre risos.
- Claro que somos adultos, só vou mandar uma mensagem.
- Então fechou, avisa eles que você vai dormir na casa da Marcela e que amanhã ela deixa você na sua casa.
- Melanie ! Tá doída ? - Dou um tapa em seu ombro me arqueando para frente, ela quando bebe sempre quer pagar de cupido e não sabe ver o fim das coisas.
- Não imagina, amanhã preciso trabalhar bem cedo, depois do after eu peço um Uber e vou pra casa. - Verônica diz encarando a tela de seu celular e digitando um texto rapidamente. Seguimos em direção a minha casa, claro que eu não liguei muito por conta da bebida que já estava circulando por toda minha corrente sanguínea, mas eu sabia que no dia seguinte provavelmente eu iria me arrepender.
- Chegamos. - Melanie para o carro e destrava as portas, todos nós descemos e começo a procurar a chave certa no meio de tantas outras num só bolo.
- Amiga pra que tanta chave ? Pegou as da Denise de volta?
- Não, é a reserva da reserva.
- A claro, você deixa a reserva junto com a original e quando perde já perde todas juntas, muito esperto isso.
- Eu nem tive tempo de pensar nisso, entrem gente.
Digo já acendendo as luzes da sala que já entregava a cozinha. Fiquem a vontade, vou pegar alguns drinks...